A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA
Por: KELLY VILLAR SANTOS • 2/5/2015 • Trabalho acadêmico • 666 Palavras (3 Páginas) • 815 Visualizações
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA
O papel da mulher na sociedade tem sido cada vez mais reconhecido, admirado e respeitado, contudo, ainda podemos verificar a existência de um pensamento contrário, que ronda a sociedade atual, não é difícil encontrar quem demonstre insegurança quanto o avanço feminino no mercado de trabalho, como quem ainda use a figura feminina como motivo de piada; contrapondo com a realidade observada no Brasil. Enxergamos esse posicionamento contrário à figura feminina, como uma visão distorcida de grande parte da sociedade, em sua totalidade masculina, deixando transparecer o preconceito no que concerne o envolvimento da mulher nas mais diversas áreas de nossa sociedade moderna; afirmamos que elas veem conseguindo romper com a barreira da exclusão e do preconceito de forma louvável, garantindo seu respeito e o reconhecimento de que tem elevado potencial para contribuir de forma direta ao desenvolvimento da sociedade.
Iremos compreender tal afirmação( de que ainda exista preconceito referente a figura feminina) se voltarmos no período Colonial brasileiro, e procurarmos a figura feminina no quadro social da época, veremos que a mulher vivia em um mundo masculinizado, onde sua figura era enxergada apenas como instrumento de satisfação sexual e meio de procriação, não sendo dada outra razão para sua existência que não fosse a de dar prosseguimento nas gerações futuras, por meio da gestação. Esta vivia isolada do convívio social, devendo manter-se ocupada em seus afazeres domésticos, não tinha voz, adotava a postura que seu marido lhe impunha, a ela também não era dada a oportunidade de felicidade, e de realização profissional, pois a felicidade era definida pelo que os outros lhe diziam não podendo escolher seu próprio caminho, quanto a sua profissionalização era mais um sonho distante, que talvez nem as próprias mulheres conseguiriam divisar dentre a realidade vivida. Sobre sua liberdade sexual, esta mais uma vez se encontrava sob constante vigilância, devendo primeiro a seus pais e depois a um marido que lhe fora arranjado, jamais alcançaria uma vida sexual plena, já que seria mais uma, usada para mera satisfação masculina. Definimos esta mulher do período colonial como apenas um objeto para a satisfação masculina.
Agora observamos a diferença da mulher nos dias atuais, como contrasta com a mulher do período colonial; a mulher da atualidade começa com sua liberdade de escolha, o poder de decisão; desde cedo esta usufrui desta liberdade começando pela escolha de seu primeiro namorado, ficando à seu cargo a decisão de se casar ou não, podendo optar por se dedicar aos estudos primeiro, coisas que não estavam a cargo das mulheres decidirem nos tempos da Colonização do Brasil. Outra das principais diferenças é a sua conquista no que se refere ao mercado de trabalho, sua profissionalização, abandonando a velha ideia de que não conseguiria desempenhar os mesmos serviços prestados pelo homem, hoje temos juízas, prefeitas, mecânicas, médicas, motoristas e delegadas, chegando ao cargo mais importante de uma republica, que é a de presidenta; provando sua eficiência e competência.
Claro, essas conquistas vieram de um longo período de sofrimento, lutando para que não fosse limitada a meio de satisfação sexual e de procriação, mas que fosse vista sua importância como pessoa, que também era dotada de capacidade, sonhos e sentimentos que deveriam ser buscados e realizados assim como o do homem. Muitas sofreram todo tipo de discriminação, dentro do lar como fora dele, chegando á violência física, mas corajosamente a mulher demonstrou força e garra deixando a imagem de fraqueza e desamparo, para uma realidade de força e amparo legal, onde agora lhe conferem o direito de liberdade, de escolha, contando com a proteção da justiça brasileira, uma das suas maiores conquistas. A lembrança da mulher na colonização brasileira ficou pra traz, (mas não que deva ser esquecida), agora, deve- se comemorar o presente e o futuro, pelas mudanças ocorridas, olhando para frente, divisando alcançar o total reconhecimento, digo o reconhecimento de toda a sociedade, extirpando os resquícios de preconceito ainda existente na atualidade. A mulher passou de simples coadjuvante para protagonista de sua própria história.
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