A Comunicação Não Violenta Nas Escolas
Por: Wolney Hosken • 13/6/2018 • Artigo • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 240 Visualizações
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA EM SALA DE AULA
INTRODUÇÃO
Vivemos em uma sociedade onde a violência não só é evidente, mas em muitos casos é um comportamento esperado e/ou aceiro.
Para que está chocado com esta observação, ou mesmo para quem não concorda, preste atenção a diálogos entre estudantes nos intervalos das aulas, não importa se os estudantes são dos ciclos iniciais ou da graduação, nem mesmo se é da escola pública ou privada. Basta que os alunos não possam vê-lo, mas que você possa ouvi-los.
Outra boa vitrine de como a violência é tratada na sociedade são os programas jornalísticos onde um reporte e/ou um apresentador “dissecam” as mazelas defronte dos telespectadores.
A Violência pode interferir nos relacionamentos interpessoais, pode ser no trabalho, pode ser disseminada nas redes sociais ou nas escolas.
Todavia a pergunta principal deve ser nós realmente precisamos conviver com a Violência?
A Comunicação Não-Violenta, processo de pesquisa contínua desenvolvido por Marshall Bertram Rosenberg e uma equipe internacional de colegas apoiam o estabelecimento de relações de parceria e cooperação em que predomina comunicação eficaz e com empatia.
Ou seja, NÃO PRECISAMMOS CONVIVER COM A VIOLÊNCIA.
A forma violenta com que nos relacionamos é apenas uma das formas possíveis que existem para nos relacionarmos. E a forma não-violenta deve ser uma decisão consciente, uma prática contínua, que tem métodos preestabelecidos, uma mudança de hábito.
A proposta deste artigo é analisar os principais pontos da Comunicação Não-Violenta, de forma que seja possível a sua aplicação em um contexto escolar. Bem como provocar no leitor uma reflexão sobre como adotar uma postura de Comunicação Não-Violenta, especialmente em sala de aula.
O QUE É A COMUNICAÇÃ O NÃO-VIOLENTA?
CNV ou Comunicação Não-Violenta, é um método comunicativo (abordagem no ensino que prima pelo foco no sentido, no significado, na interação entre os interlocutores) desenvolvido nos anos 90 pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg e uma equipe internacional de colegas, ao longo de anos como mediador de conflitos.
A intensão é substituir nossos velhos padrões de comportamento violento: defesa, recuo ou ataque diante de julgamentos e críticas.
A CNV tem quatro componentes básicos: Observação, Sentimentos, Necessidades e Pedido.
OBSERVAÇÃO
As observações precisam são isentas de qualquer tipo de julgamento ou pré-conceitos e devem ser as mais precisas possíveis. Evitar generalizações que acabam transformando em característica fixa algo momentâneo e/ou pontual.
Qual professor lá não ouviu “Fulano de tal é um aluno problemático” ? Porque não substituir por “O aluno Fulano de Tal às vezes tem um comportamento agressivo e isso pode causar problemas”.
Percebem as diferenças? Senão vejamos:
1. – “ Fulano de Tal “ por “ o aluno Fulano de Tal ”, assim pré-qualificamos o objeto do comentário e preparamos o cérebro do nosso interlocutor para receber o comentário.
2. – “ aluno problemático ” por “ às vezes tem um comportamento agressivo e isso pode causar problemas “, não foi agressivo, expressou a ideia e/ou o argumento, bem como as consequências do comportamento.
SENTIMENTOS
Expor nossos nos sentimentos é muito mais complicado do que parece. Nós não expressamos nossos sentimentos clara e objetivamente. Por medo da exposição ou por qualquer outro motivo.
Vejamos um exemplo: O aluno Fulano de Tal diz que não quer participar da aula de Educação Física porque sente que é um mau jogador.
Onde está expresso o sentimento nessa frase?
“Mau jogador” não é um sentimento, mas está escondendo, mascarado até, o que ele sente de verdade. Ele se sente triste, desapontado, frustrado e quem sabe excluído. Mas tem ainda mais vergonha de expor os seus sentimos, prefere se passar por mau jogador e sofrer sozinho.
Para a CNV é imprescindível distinguir com clareza o que sentimos.
NECESSIDADES
Nossos
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