A Corporeidade como uma das Dimensões Humanas
Por: gil.edson • 14/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.649 Palavras (11 Páginas) • 520 Visualizações
GIL EDSON DIAS DA CONCEIÇÃO
A Corporeidade como uma das Dimensões Humanas
SÃO PAULO
2018
GIL EDSON DIAS DA CONCEIÇÃO
A Corporeidade como uma das Dimensões Humanas
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SÃO PAULO
2018
Sumário
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- Introdução
A corporeidade é um conceito que se refere ao conhecimento humano e os métodos que o indivíduo utiliza para se desenvolver. Como conhecimento e métodos que o indivíduo constrói na relação com o meio em que vive, compreende as grandezas do indivíduo. As características humanas desenvolvidas durante a passagem de forma (biológica) e a aprendizagem (cultura), formam as proporções humanas conhecidas como: social, política, emocional, biológica e cultural.
A atividade corporal muitas vezes é abordada como parte secundária na formação humana; um auxílio banal no desenvolvimento da compreensão. Neste cenário, o entendimento da corporeidade se faz necessário para que as atividades corpóreas em sala de aula possam ser compreendidas através de inúmeros significados que agregam, como também pela capacidade de crescimento humano que contém. A corporeidade, base que sustenta nossa ponderação, pode ser compreendida como definição que “(...) integra tudo que somos: corpo, mente, espírito, emoções, movimento, relações com o nosso próprio ‘eu’, com outras pessoas e com o mundo a nossa volta” (FIORENTIN et al, 2004, p. 336).
As conexões determinadas entre a corporeidade e as manifestações do indivíduo provocam experiências vividas nos aspectos culturais e sociais que resultam no desenvolvimento dos procedimentos que diz respeito às características do processo mental e a sua relação com o meio social. O estudo do evento da corporeidade percorre pelo entendimento de concepção implícita, entre eles: corpo, consciência corporal e unilateralidade.
- A aprendizagem na Infância: O Corpo e o Movimento no Desenvolvimento da Criança
Existem diferentes interpretações nas culturas e períodos históricos. Da atividade com movimentos automáticos e da que envolve raciocínio, do corpo como ferramenta de trabalho. Desde a antiguidade, os gregos procuravam o equilíbrio entre corpo e mente com exercícios artísticos e atléticos. Na Modernidade existe uma prerrogativa do pensativo, e o participante é compreendido como menos significativo. Logo, existe uma separação entre corpo e alma, o corpo é separado. Ao estabelecer-se como um ciclo de aprendizagem, a infância precisa de mecanismos didáticos que viabilizem o alcance de competências nas inúmeras dimensões do desenvolvimento do ser humano (intelectual, social, emocional, corporal), estendendo-se não exclusivamente aos cuidados fisiológicos e afetivos, mas também de cuidados educativos (GARANHANI, 2005).
Uma característica relevante da educação da criança refere-se ao desenvolvimento das inúmeras linguagens que ela emprega e, entre elas, está o uso do corpo e do movimento como condição de expressão e comunicação. Nesse segmento, autores como Levin (2004), Freire (2006), Pereira e Silva (2008) ressaltam a carência de uma atividade pedagógica que leve em consideração a capacidade de aumento das oportunidades educativas contidas no movimento corporal. Wallon (1975), em suas analises sobre o desenvolvimento infantil, aponta que o movimento corporal é um fator importante para a formação do indivíduo; o movimento caracteriza ao mesmo tempo uma expressão corporal e psíquica, uma vez que, através do movimento, a criança desenvolve conceito para o mundo exterior, evoluindo-se em suas características afetivas, cognitivas e motoras. Ainda sobre esse assunto, Levin (2004, p. 20) explica que “o corpo, os movimentos e a imagem que se tem desse corpo são fundamentais na aprendizagem e na formação geral do adulto”. Para o autor, a desde o nascimento, a criança faz uso da linguagem corporal para conhecer a si mesma e para conectar-se com o mundo a sua volta. Galvão (1995, p. 70) analisa que, “antes de agir diretamente sobre o meio físico, o movimento atua sobre o meio humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo”. Para Freire (2006), o movimento corporal estabelece um precioso processo pedagógico nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental.
O autor adverte para a necessidade de refletirmos sobre a junção entre corpo e mente nas atividades com as séries iniciais do Ensino Fundamental, pois, “nessa fase, a ação física e ação mental estão de tal forma associadas que examinar um desses aspectos isoladamente causaria graves prejuízos, não só para a aprendizagem escolar, mas para todo o desenvolvimento da criança” (p. 78). Um dos grandes obstáculos quando se pensa na educação da criança, provavelmente, seja o de planejar um executar pedagógico que respeite suas necessidades educativas, atendendo as necessidades básicas para o seu crescimento psicomotor, cognitivo, social, entre outros, ao mesmo tempo em que propicie a viabilidade de obtenção do saber. Dessa forma, as peculiaridades da aprendizagem e do desenvolvimento infantil são da educação da criança que necessitam ser apreciados por educadores em seu desempenho docente.
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