A Criança da Antiguidade
Por: 92440457 • 19/8/2019 • Abstract • 543 Palavras (3 Páginas) • 462 Visualizações
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Criança da antiguidade
- A criança na Antiguidade: o pai era a autoridade máxima, e a família da criança era seu referencial em relação à educação, à cultura, à saúde, à formação moral e à estrutura psicológica, a infância era como maléfica desastrosa, uma doença que requer cuidados especiais e educação para o futuro, sendo a criança incapaz e inoperante, cujo valor estava no potencial de desenvolvimento da infância. A criança torna-se indivíduo apenas quando atinge a idade adulta, e a infância seria uma fase em que ainda não há identidade, capacidade de discernimento para tomar decisões e pensamento autônomo. Essa fase necessita ser rapidamente superada para que o indivíduo ganhe autonomia e adentre o universo adulto, tornando-se apto para tomar decisões.
- A criança na Idade Media: Santo Agostinho afirmando que a criança pequena já traz consigo o pecado e que sua alma não é inocente ele realiza esse trabalho com afinco, no momento em que o Cristianismo se consolida como religião de grande importância sociopolítica e a Igreja se afirma como instituição. Quando surge a reprodução da criança em pinturas, ela aparece exatamente como um adulto em tamanho reduzido, e sua altura e proporção eram os únicos traços que as diferenciavam. Segundo Ariès, não se considerava que a criança fosse dotada de personalidade e alma, e ela vestia-se com trajes idênticos aos dos adultos, confundindo se com estes em ambientes públicos e privados. Na sociedade medieval, não havia consciência das particularidades da criança pela ausência de um tratamento próprio dirigido a elas, o que não significa que fossem desprezadas, abandonadas ou maltratadas por seus responsáveis.
- A criança na Modernidade: ocorrem significativas mudanças nas concepções sobre a criança e a infância, com grande ênfase e preocupação quanto à educação e à moral, que influenciaram o pensamento dos séculos posteriores. A criança agora era reconhecida como uma entidade separada, e havia tendências como a efeminação: tornou-se impossível distinguir um menino de uma menina até os cinco anos de idade. Nas famílias nobres e burguesas, os meninos foram os primeiros a ganhar uma particularização em seus trajes, enquanto as crianças do povo conservaram o antigo modo de se vestir que não as diferenciava dos adultos. Surgem moralistas e religiosos com idéias diferentes, iniciando-se uma revolução dos costumes que manifestava grande preocupação com as questões da infância, como educação, moral, pudor, comportamento sexual e hábitos.
- A criança na Contemporaneidade: A partir do século XVIII, as percepções sobre a infância sofrem profundas mudanças, de forma que alguns aspectos históricos da contemporaneidade colocam em questão o sentimento da infância e sugerem sua desvalorização. Uma análise da trajetória da criança da contemporaneidade no mundo ocidental traz à tona um declínio da valorização da infância, haja vista o relato de diversos atos de pedofilia e de crianças vítimas de estupro. Esse aspecto contrapõe-se a comportamentos tidos como desviantes, que enxergam as crianças como objeto de desejo. Além da submissão sexual, a criança esteve durante muito tempo sujeita à exploração do trabalho escravo, e até hoje a questão do trabalho infantil. No período da escravidão no Brasil, as crianças eram submetidas ao regime de escravidão e às práticas de crueldade e tortura. Em grande parte da infância escrava, a criança não tinha pai e mãe identificados.
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