A Cultura e Civilização
Por: JoannaG • 21/4/2016 • Trabalho acadêmico • 872 Palavras (4 Páginas) • 1.205 Visualizações
AD 1 Historia na Educação 2
Ao nos basearmos no material oferecido para iniciamos a nossa dissertação, logo de inicio constatamos que Cultura e Civilização são conceitos, importantes para definir e entender a Historia. Ao dividirmos e caracterizarmos esses conceitos, com uma de nossas ferramentas de busca, o dicionário, nós nos deparamos com nove significados diferentes.
Civilização abrange o civilizar-se, viver em uma sociedade, aceitando e respeitando regras e benefícios, exercendo o seu poder cível. O desenvolvimento aqui também frisado remete-se a cidadania. É essa agitação da cidade, essa falta de espaço e tempo, troca de informações constantes, tecnologia abundante, fatores ausentes em zonas rurais e países não-desenvolvidos, que tem como maior característica o conceito Civilização.
Tendo se tornado significante no século XVIII, com o Iluminismo, pois vinculados as suas ideias, Civilização, ganhou conceitos novos, sendo superior no desenvolvimento em diversos estágios: social, intelectual, tecnológico, cientifico e político. ‘Civilização é um padrão’ (pag. 13), as civilizações não-desenvolvidas deveriam ser dominadas, e tendo como exemplo a nação civilizada que as dominou desenvolver-se e civilizar.
O historiador define três premissas para o conceito de Civilização: (i) é preciso transformação para que se atinja a civilização; (ii) civilização implica hierarquia; (iii) o conceito minimiza as diferenças. Tais premissas nos ajudam a compreender o processo de desenvolvimento civilizatório.
Na definição de Cultura temos desde o ato de cultivar ate o refinamento de hábitos e modos. Inicialmente Cultura era o mesmo que cultivar a terra, logo se tornou a ideia de homens cultivados, o cultivo do espírito, homens que ao longo da vida foram bem instruídos, Cultura por um longo tempo foi um conceito, e ate hoje por equivoco de alguns, que se destinava a pessoas que passaram boa parte de sua vida estudando, assim com o tempo entende-se Cultura como material produzido por um grupo social, hábitos, músicas, roupas, língua tornam-se a Cultura de uma sociedade.
Tendo também três premissas definidas por historiadores, dividindo-se em: (i) tudo aquilo que foi transformado pelo homem; (ii) à identidade particular dos grupos, caracterizando-se por determinada vivencia social; (iii) a não-hierarquização, não há comparações entre culturas. Essas premissas nos ajudam a delimitar e identificar as principais diferenças entre Civilização e Cultura, o que nós deixa a seguinte pergunta seria alguma melhor, superior?
A Cultura é algo amplo, sem fronteiras, a Civilização retrata um conjunto especifico de criação cultural, grupos culturais formaram nações, ou seja, nossos ancestrais produziram primeiro a Cultura e depois a Civilização. Apesar de definidas separadamente, os conceitos não se sobrepõem, são equivalentes ao longo dos anos se misturam e mudaram de muitas formas. À cultura civilizada é um exemplo: organização espacial urbana: cidades; o Estado; a escrita e o trabalho foram fundamentais para o surgimento das diferenças sociais, características culturais complementares. Outro exemplo mudança foi a justificativa de domínio da cultura européia, que incutiu o conceito Civilização como elemento de superioridade cultural.
A apresentação de tais conceitos no Ensino Fundamental, em ambos os ciclos, permite um ‘iniciação’ do entendimento de Civilização e Cultura dentro da disciplina História, para ao longo do desenvolvimento do aluno ser trabalhado no Ensino Médio. Sendo o Ensino Fundamental dividido em ciclos, os PCN’s aconselham que esses conceitos também sejam divididos: 1º ciclo: Cultura; 2º ciclo: Civilização.
Há diversas formas de se trabalhar a Cultura em sala de aula, mas é fundamental que se comece a buscar informações no universo do aluno, logo sugere-se, trabalhar com ilustrações; identificar a função que os elementos culturais tem em relação a outros, ajudando o aluno a perceber que não há hierarquização na Cultura; trabalhar o tempo e a época em que cada objeto foi construído; questionar a utilização do objeto cultural com o contemporâneo do aluno; estabelecer relações de hábitos, comidas, músicas com o cotidiano do aluno, trabalhando também o imaterial.
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