A Deficiência Linguística
Por: STHEFANY CHRISTIE • 24/4/2023 • Trabalho acadêmico • 801 Palavras (4 Páginas) • 78 Visualizações
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INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS
IFNMG - CAMPUS SALINAS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
CAPÍTULO 3: DEFICIÊNCIA LINGUÍSTICA?
SALINAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2022
FERNANDA ALVES CARDOSO
KARINE DIAS DE BARROS CUNHA
MARIA AUXILIADORA MENDES DA SILVA
SIMONE EURIDES DO AMARAL
SIMONE GOMES BRAGA
STHEFANY CHRISTIE BARBOSA SANTOS
DEFICIÊNCIA LINGUÍSTICA?
Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia do IFNMG-Campus Salinas, como parte integrante das exigências da disciplina de Alfabetização e Letramento, ministrada pela Prof.ª. Edna Guiomar Salgado Oliveira.
SALINAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2022
No capítulo 3: Deficiência Linguística, trata de discutir o conceito da deficiência linguística e os temas: a patologização da pobreza, a hipótese do déficit linguístico, a involuntária colaboração de Bernstein e A educação compensatória.
A Patologização da pobreza ou "Medicalização'' vista como ideologia da deficiência ou carência, surge nos Estados Unidos na década de 70, e posteriormente na década seguinte expandiu-se para outros países dentre eles o Brasil. No Brasil, na década de 70, segundo a ideologia da deficiência cultural, o fracasso escolar das crianças das camadas populares passou a ser atribuído, tanto no discurso oficial da educação quanto no discurso pedagógico, à “pobreza” do contexto cultural dessas crianças e às “deficiências” que daí resulta: carências afetivas, dificuldades cognitivas, déficit linguístico. O que muitas vezes pode ser observado é no processo de patologização da pobreza, é o processo de medicalização, ou seja medicam os alunos que não aprendem, aqueles tidos como dissidentes do padrão esperado pela instituição precisam ser rapidamente corrigidos por meio da medicalização. O termo medicalização, refere-se ao processo de transformar questões não médicas eminentemente de origem social e política, em questões médicas, isto é, entrar em contato no campo médico as causas e soluções para problemas dessa natureza.
Segundo a teoria do déficit linguístico, o principal problema está na linguagem deficiente usada pelos alunos das classes trabalhadoras, dos mais pobres. Essa linguagem se caracterizaria pelo vocabulário pobre, pelos erros de concordância e pronúncia etc. As crianças com déficit linguístico enfrentariam, um grande obstáculo de aprendizagem na escola e esse déficit estariam na origem dos problemas da educação popular. Sendo assim, por exemplo, seria errado dizer que se aluno A repete o ano escolar porque é desleixado, desligado ou incapaz para o estudo. Mas o certo seria dizer, que aluno A enfrenta grandes dificuldades porque, sendo pobre, não tem em sua família acesso aos mesmos recursos culturais e linguísticos que tem Aluno B, de classe média e com todos os privilégios. De acordo com Bernstein, Aluno A usa um código restrito, e Aluno B usa um código elaborado. Como afirma Magda Soares, a sociedade vê a escola como um espaço em que se possam superar as desigualdades sociais através do acesso de todos igualmente à cultura. Sociedade e escola precisam andar juntas, mobilizadas para que a mudança aconteça.
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