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A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-EJA

Por:   •  15/9/2019  •  Resenha  •  441 Palavras (2 Páginas)  •  147 Visualizações

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Lorena Valéria Costa Barros

Manzke, José Fernando. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-EJA

02.09.20109

O texto aborda a origem e a trajetória da EJA no Brasil, e fala sobre a contribuição de Paulo Freire na construção de uma consciência crítica do educando, dentro desse aspecto é relembrado como o método de Paulo Freire foi impedido de continuar devido a Ditadura Militar, que abandonou a política e as práticas de educação dos adultos e não fez nada pra substituir a existente. Em 1967, com a criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL é que o Governo brasileiro passa a ter preocupação com uma política de EJA devido às críticas recebidas internacionalmente pela suspensão dos programas existentes antes de 64 e a falta de uma política de EJA. Porém, o MOBRAL tinha princípios opostos aos de Paulo Freire, o objetivo era uma alfabetização funcional e com qualidade duvidosa se tornando um fracasso. Com o fim da Ditadura em 1985 o MOBRAL é extinto, e após isso, é criada a fundação Educar, com objetivos mais democráticos.

A partir de 1949 são realizadas algumas conferências sobre Educação de Adultos, onde uma das pautas inseriu a EJA em um contexto de educação para os direitos humanos e a paz. A VI CONFITEA reconheceu que vem se construindo no Brasil uma política pública na área de Educação de Jovens e Adultos e que há um longo caminho a percorrer para uma “Educação como um direito universal e inalienável de todos”. Em relação a perspectiva atual da EJA, se fala sobre a união da educação popular com o Estado e organizações civis tem sido um fato corrente na vida brasileira e pensar na educação popular a partir da simples extensão da escola pública às massas populares é simplista, e a partir disso se fala sobre a reconstrução de uma concepção da EJA emancipatória, já que é uma modalidade que tem papel fundamental no atendimento de públicos excluídos da escolaridade infantil.

Percebe-se assim, que o público excluído de escolaridade são os que mais sofrem, pois permanecem dentro de seus limites de conhecimento e dessa forma ficam presos a um conhecimento limitado atendendo aos interesses da classe dominante.

Sendo assim, percebemos que a EJA está em um processo ainda muito lento de modernização, para alcançar o seu principal objetivo que é atender realmente quem precisa, que é o cidadão semianalfabeto ou analfabeto, dessa forma, o Brasil ainda caminha a passos lentos, como nos lembra o texto, para atender a real necessidade dos estudantes dessa modalidade, pois fica cada vez mais claro que permitir que as pessoas apenas subam um degrau a mais em seu nível escolar, não é necessariamente proporcionar uma educação de qualidade.

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