A EDUCAÇAO DA CRIANÇA DE SEIS ANOS

RESUMO CAPITULO 04

A EDUCAÇAO DA CRIANÇA DE SEIS ANOS

Pensar numa proposta didática para o primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos requer mudança no processo educativo no interior da escola nos aspectos mais pragmáticos, metodológicos e relativos aos conteúdos quanto na discussão mais ampla da concepção de criança e infância num conceito epistemológico.

Para pensar na educação da criança de seis anos é preciso saber quem é esta criança. Não é porque estamos falando da entrada dessa criança na escola (Ensino Fundamental) que vamos deixar de vê-la com criança, descaracteriza-la.

Não é possível utilizar as mesmas propostas da educação infantil, porque esta tem uma rotina diferente da escola, assim como da proposta da primeira série – a alfabetização se torna inviável. É necessário fazer uma seleção do que é “relevante” como conteúdo escolar, considerando a idade e o desenvolvimento da criança.

Princípios Pedagógicos

Os princípios pedagógicos que devem orientar o primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos devem partir do pressuposto de que o conhecimento é adquirido por processo de construção, e não por absorção e acumulação vindas do mundo exterior.

O professor deve encorajar a criança a elaborar as próprias perguntas e responde-las por iniciativa própria e capacidade de invenção e não somente ensinar.

A intervenção oportuna do professor é necessária para ocasionar problemas uteis à criança, fazê-la refletir sobre as próprias conclusões e até duvidar delas.

Criar situações que originem problemas e desafios, faz com que a criança ao resolver realize sucessivas equilibrações que levam à construção de novas estruturas.

O Trabalho Pedagógico

Durante a interação com a criança, o professor deve cuidar para não induzir as respostas ou mesmo dar respostas “prontas”. Quando a criança dar a resposta correta, é preciso contra argumentar para verificar até que ponto está convicta.

O trabalho pedagógico para a criança de seis anos comporta diferentes tipos de atividades nas diferentes áreas do currículo, dependendo do objetivo que está sendo almejado. Em um dia de aula, existe períodos de atividades diversificadas, coletiva, independentes e individuais.

Atividades Diversificadas

A maior parte do tempo, a criança se dedica a atividades diversificadas escolhidas livremente, conforme as escolhas tenham ou não recaído sobre problemas, temas ou questões que apresentem algo em comum.

A proposta didática valoriza as atividades em grupo pois elas proporcionam interação social e a cooperação, como também provocam conflitos cognitivos, fazendo a criança refletir sobre sua hipótese.

As atividades diversificadas permitem a criança trabalhar de acordo com o próprio ritmo, satisfazer necessidades e interesses, aprender a dosar o tempo em que fica em cada atividade, realizar escolhas, tomar decisões e, consequentemente, progredir em direção à conquista da autonomia.

Atividades Individuais

Durante a atividade, o professor trabalha individualmente com cada criança, enquanto as outras fazem atividades diversificadas.

A atividade individual pode ser escolhida pela criança ou pelo professor. Essa atividade faz com que o professor interaja diretamente com a criança para acompanhar seu raciocínio e perceber a compreensão que ela tem sobre o que está trabalhando e, também para conhecê-la melhor.

Atividades Coletivas

As atividades coletivas são realizadas e escolhidas por toda a sala, com objetivos comuns, propiciam a troca de pontos de vista e oferecem a criança a oportunidade de ter experiência de vida democrática.