A ESCOLA E A EXCLUSÃO FRANÇOIS DUBET
Por: zizi312 • 12/5/2015 • Resenha • 669 Palavras (3 Páginas) • 1.404 Visualizações
[pic 1] UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO- UFOP
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO- ICHS
AVALIAÇÃO ESCOLAR-EDU 512
ROSILENE LEITE SIMPLÍCIO FILHO
A ESCOLA E A EXCLUSÃO
FRANÇOIS DUBET
École des Hautes Études en Sciences Sociales – Cadis Université Victor Segalen 2 – Bordeaux francois.dube@sociologie.u-bordeaux2.fr Tradução: Neide Luzia deRezende
Dubet aborda dois problemas existentes na França: o desemprego que muitas vezes é causado pela má formação, ou por uma formação inadequada para determinado emprego, o que significa que a formação existente nas escolas não prepara o aluno para o campo de trabalho, é o primeiro ponto apontado pelo autor; o segundo problema apontado pelo autor é que alunos de escolas consideradas boas estão aptos ao mercado de trabalho, colocando este fato como responsável pela desigualdade social.
O autor enfatiza que desde o modelo da escola republicana, onde predominava a promoção dos alunos considerados melhores, via-se presente a reprodução das desigualdades sociais fora das escolas, tendo assim um caráter excludente. Contrariando essa posição de Dubet sobre a exclusão advinda das escolas surge a Teoria do Capital Humano que defende a idéia de que o investimento escolar é produtivo para toa a sociedade, refutando a idéia de que a escolarização em massa reproduz as desigualdades.
Defende ainda a junção destes modelos- a massificação e a reprodução- afirmando que a escola de massas, apesar de ser uma escola de igualdades aumenta ,devido à influência dos diplomas, a prevalência no ingresso ao emprego,ou seja, aqueles menos favorecidos terão cada vez menos chances na sociedade. Lembra ainda que existem casos onde o contrario ocorre:alunos menos favorecidos conseguem se ascender socialmente por meio da escolarização e alunos mais favorecidos se vêem frente ao fracasso escolar.para que esse insucesso não ocorra é necessário que seja feita uma análise minuciosa acerca dos mecanismos de exclusão escolar.
Um dos mecanismos existente, ainda hoje, é que a trajetória escolar do aluno já está pré-definida socialmente, pelo contexto social em que vive,sendo assim orientado pela escola a seguir seu destino, deixando assim explicito que alunos menos favorecidos e de pior desempenho têm uma trajetória escolar mais curta e consequentemente profissões menos valorizadas, que sejam concentrados em uma mesma classe, sendo muitas vezes estigmatizados pelo professor e por outros da escola, aumentando assim a desmotivação destes, o que ocorre de forma contraria com alunos de meios favorecidos e com um desempenho melhor.
Já o sistema de massificação defende que todos são iguais e tem os mesmos direitos, que depende do esforço de cada um para que alcance o sucesso almejado, que por meio de esforços próprios o aluno só será excluído se não buscar por resultados satisfatórios para si e para a escola. Exime-se assim a culpa da escola pelo fracasso escolar de seus alunos que por si mesmos traçam a sua trajetória social. Outro fator que aumenta essa desigualdade social é a localização da escola, e para amenizar os efeitos desse fator foram criadas zonas de educação prioritárias (ZEP), uma medida preventiva onde são dados incentivos aos professores, como cursos especiais para auxiliar o professor a lidar com tais problemas.
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