A Educação de Jovens e Adultos - EJA
Por: Izadora Almoster • 16/5/2016 • Resenha • 569 Palavras (3 Páginas) • 1.878 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CCSo
CURSO DE PEDAGOGIA
IZADORA VERAS ALMOSTER
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
Análise Crítica
SÃO LUÍS – MA
2016
IZADORA VERAS ALMOSTER
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS- EJA
Análise Crítica
Trabalho apresentado a disciplina Metodologia e Práticas da EJA para obtenção parcial da primeira nota, orientado pelo Prof. Dr. José Fernando Manzke.
São Luís- MA
2016
A educação de jovens e adultos até bem pouco tempo, não era vista como uma educação necessária, o analfabetismo era visto como causa do atraso econômico e não como efeito do mesmo, já que não haviam políticas governamentais voltadas para a educação de jovens e adultos, mas com as mudanças trazidas pelo capitalismo no processo de trabalho essa visão muda e surgi a necessidade de operários capacitados. Mesmo com as primeiras ações governamentais para acabar com o analfabetismo, como o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA e o I Congresso Nacional de Educação de Adultos, a EJA continua desvalorizada, problemas como a falta de recursos, de infraestrutura, de qualificação docente, entre outros, persistem até hoje.
A história da EJA é repleta de altos e baixos, parecendo estar em alguns momentos na direção certa para uma educação de qualidade, mas em outros, essa oportunidade parece escapar, principalmente pela falta de interesse dos governantes. Um momento essencial e significativo que buscava uma nova prática pedagógica para esse educação foi trazida pelo chamado Método Paulo Freire. Neste método o educador traz para o processo de ensino-aprendizagem a realidade do aluno, com temas geradores retirados do seu meio social. O método de Paulo Freire traz não só uma nova concepção de educação para a E.J.A, mas também para a educação de um modo geral, pois, educar para além da sala de aula é proporcionar ao aluno a oportunidade de ver o mundo de um modo diferente, de se perceber como um cidadão participante e atuante. Com o Golpe Militar de 1964 a EJA é abandonada, mas com a críticas feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU) a ditadura cria o Movimento Brasileiro de Educação (MOBRAL) que estabelecia uma educação mecânica, e distante da realidade do aluno, ou seja, o oposto do Método Paulo Freire. Logo após a ditadura a EJA passou a ganhar mais notoriedade, sendo realizados diversas conferências internacionais para discuti-la, mas ainda assim, com as mudanças em seu conceito, a EJA sofre avanços e retrocessos.
Grandes passos já foram dados pelo Brasil em relação a alfabetização de jovens e adultos, mesmo estando entre os países com a maior taxa de analfabetos. É preciso se inspirar em países que conseguiram de forma eficaz, acabar com o analfabetismo, com CUBA, por exemplo, e realizar políticas públicas voltadas para esta modalidade de ensino, pois a educação é a maior ferramenta de mudança, proporcionando ao ser humano compreender a si mesmo e o mundo em que vive.
REFERÊNCIA
MANZKE, José Fernando. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA. Propuesta curricular de la educación de jóvenes y adultos campesinos em asentamientos de la Reforma Agrária. Tese de Doutorado. São Luís – MA, EDUFMA, 2009.
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