A Educação Feminina - Ontem e Hoje
Por: Sucopi • 14/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.164 Palavras (9 Páginas) • 158 Visualizações
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
CURSO DE PEDAGOGIA – 1ª FASE
SUSANA CORREA PIRES DALSASSO
A EDUCAÇÃO DAS MULHERES - ONTEM E HOJE
SÃO JOSÉ 2018
INTRODUÇÃO
Atualmente as mulheres estão seguindo carreiras e ocupando cargos, mesmo sendo minoria, que antes eram culturalmente definidos como masculinos, mostrando sua força, competência e ao mesmo tempo sensibilidade, passando a desempenhar um novo papel, muito mais presente e ativo. Sabemos que nem sempre foi assim, a luta pelo reconhecimento vem desde a antiguidade, onde éramos tratadas como mero objeto de procriação e consideradas como propriedade dos homens aos quais devíamos obediência e subordinação; mas o importante é que valeu a pena. Neste trabalho cito alguns exemplos que marcaram a nossa história, como :Nísia Floresta, precursora do feminismo no Brasil; Malala, a garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã; Conceição Evaristo, candidata à cadeira sete da Academia Brasileira de Letras e a vereadora Marielle Franco, militante dos direitos humano que mobilizou o brasil. Além dessas grandes mulheres, temos que lembrar daquelas que não apareceram na mídia, mas estão cuidando da família, atuando em projetos sociais, trazendo novas ideias para a política, saúde e educação e que também fazem a diferença e ajudam a mostrar a força da mulher!
DESENVOLVIMENTO
Durante milênios foram os homens que determinaram a forma de agir e ser das mulheres. Elas não exigiam, não questionavam, só obedeciam, porque nasceram escutando que eram seres inferiores, frágeis, sem condições de pensar, criar ou sobreviver sem o homem, servindo apenas para realizar atividades manuais, gerar filhos, amamentá-los e criá-los. Em razão desses e tantos outros modos de discriminação, as mulheres se uniram para buscar maior respeito aos seus direitos, ao seu trabalho e por conta disso, as últimas décadas foram marcadas por profundas transformações que mudaram suas vidas. Podemos começar pelo dia 24 de fevereiro de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, onde o voto feminino no Brasil foi assegurado, após intensa campanha nacional, ou em 1962, quando a pílula anticoncepcional chegou no Brasil provocando a revolução sexual que permitiu às mulheres uma progressiva e forte inserção no mercado de trabalho. O dia 08 de março de 1975 também foi muito importante, pois foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas e culturais. Ainda em nosso país, há poucos anos, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da grande luta pelos direitos da mulher, garantindo bons tratos dentro de casa, para que não sejam mais espancadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais deles. As eleições em 2010 foram motivo de comemoração, no sentido de participação feminina na política, Dilma Rousseff torna-se a primeira mulher a ser presidente do Brasil, em um país machista, é um incentivo à ocupação de espaços de poder pelas mulheres, cuja presença na política é de apenas 9% dos cargos eletivos. O Brasil é um exemplo clássico de evolução da luta das mulheres ao longo do tempo. Podemos citar Nísia Floresta, que apesar de viver em uma época na qual a mulher desempenhava um papel submisso na sociedade, deixou registrada na história a sua contribuição para a formação da mulher num período marcado pela escravidão negreira e pela servidão feminina. Devido à sua personalidade arrojada, teve acesso à cultura e ao conhecimento influenciada por ideias concebidas em experiências fora do Brasil. A educadora, escritora e poetisa brasileira é uma das pioneiras do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher no país a publicar textos em jornais. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos e elaborou uma perspectiva sobre a possibilidade de autonomia da condição da mulher com base na educação, sob um ângulo diferente do que estava posto na sociedade daquele período. Ela desenvolveu seus trabalhos objetivando uma formação feminina e considerava importante e necessária uma educação com os mesmos conteúdos ensinados ao sexo masculino. Nísia escreveu cerca de quinze títulos que foram publicados não só em português como em outros idiomas; seus textos tinham o propósito de educar uma sociedade ideologicamente conservadora que tinha a mulher numa posição de inferioridade e incapacidade intelectual. Com muita audácia, ela usou todas as oportunidades possíveis para apresentar a sua concepção de educação à sociedade. Em 1997 nasce uma menina paquistanesa que também se tornou um exemplo de coragem e determinação: Malala Yousafzai (nome em homenagem a Malalai, corajosa guerreira afegã). Ela é um dos grandes nomes da luta pelos direitos das mulheres e seu engajamento fez com que se tornasse, aos 17 anos, a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2014. Malala cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Armados, eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras, como proibiram a música e a dança, banir as mulheres das ruas e determinar que somente os meninos poderiam estudar. A Escola passou por inúmeras dificuldades, que iam desde o preconceito exercido por grupos extremistas até as cheias da grande enchente de 2010, mesmo com tantas dificuldades seu pai sempre deu vagas gratuitas
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