A FORMAÇÃO DE DOCENTE

A formação inicial docente do historiador oportuniza aos licenciandos uma prática formativa, acadêmica, educacional e profissional que os envolve nos contextos escolares. Problematiza seus desafios e proporciona uma atuação cercada de ensino e pesquisa, teoria e prática, formação e atuação, docente e discente. Possibilita um processo de formação significativa baseada na dinamicidade e estreitamentos de proximidade entre a universidade e a escola, entre a formação e a profissão. O Programa da Residência Pedagógica proporciona o adentramento das universidades nas escola e vice-versa, ao passo que viabiliza os licenciandos a terem (re)conhecimento do seu futuro espaço de exercício profissional, através da dialogicidade entre as vertentes teóricas e práticas.

Carrega em si a etapa de construção e preparação do profissional de maneira inteligível, desvencilhando-se do discurso de “mero alcance de um diploma e inserção de mercado de trabalho”, para a criação de meios de inserção e sentidos plurais, advindos da reflexão do campo de atuação: a escola, imbuída de vivências e experiências educacionais, principalmente, as dos alunos.

O programa, de maneira prévia, efetiva o conhecimento téorico em congruência com o prático, ou seja, articulando as concepções dos saberes do processo de formação com o exercício profissional, com a finalidade de promover um profissional capaz de lidar com as adversidades do ambiente escolar, tais como a precarização de recursos metodológicos ou as pluralidades dos alunos.

e insere o licenciando no contexto escolar, a Residência proprociona a imersão do licenciando nas realidades escolares, os quais não apenas ministram aulas, mas também planejam, desenvolvem projetos nesses espaços, bem como participam de suas rotinas, como as reuniões de pais, planejamento, eventos escolares, conselhos de classe e demais atividades internas e externas ao espaço da sala de aula.

Com base nessas insurgências formativas de preparação acadêmica e profisssional para a docência proporcionada pela Residência Pedagógica na construção do professor de História em um trabalho teórico e prático para proporcionálo a convivência, aquisição de experiências e saberes condizentes a sua profissão, problematizamos e apresentamos a música via celular como meios de efetivar a prática docente através da ação metodológica.

A formação docente e discente também é humana, na medida em que são resultantes de práticas sociais, culturais e políticas. É primordial que haja a percepção do cotidiano, das vivências e experiências em sala de aula, independentemente de ser professor ou aluno. A partir disso, o espaço da sala de aula se ressignifica por meio do processo de iniciação à docência permitido pela residência, reconfigurando os espaços, as aprendizagens, as formações, como assinala Ricci (2015):

 [...] sala de aula [....]. De lugar de reprodução de conhecimento, é alçada à condição de lugar de construção de significados e experimentações singulares. [...]. O mundo acadêmico, enfim, de definidor e lugar de produção do saber reconhecido socialmente, é redefinido como parceiro de jornada das práticas de ensino. (RICCI, 2015, p. 34).

Enquanto que a sala de aula da Educação Básica abre as portas para a construção de sentidos, significados, experimentações, vivências e experiências internas e externas; a universidade também o faz.

Nesse sentido, esta pesquisa se constituiu desses princípios de natureza aplicada, já que foi de acordo com a observação em sala de aula, do uso não pedagógico do celular nas aulas de História, no nível básico, que se pensou uma maneira de trabalhar essa questão na formação docente, preparando o futuro professor para lidar metodologicamente com essas novas linguagens, seja a música ou celular, em específico. Para isso, propusemos uma aplicação prática, como defende Silveira e Córdova (2009),

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