A GESTÃO ESCOLAR

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

GESTÃO PARTICIPATIVA EM EDUCAÇÃO

MÁRCIA DA SILVA TEIXEIRA – RA: 801454

INCLUSÃO ESCOLAR NA VISÃO DO GESTOR EDUCACIONAL

CAMPO GRANDE – MS

2010

MÁRCIA DA SILVA TEIXEIRA – RA: 801454

INCLUSÃO ESCOLAR NA VISÃO DO GESTOR EDUCACIONAL

LAUDA SOLICITADA PELA PROFESSORA MESTRA TÂNIA ROCHA DO NASCIMENTO PARA FINS DE AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PARTICIPATIVA EM EDUCAÇÃO.

CAMPO GRANDE – MS

2010

A escola regular vem recebendo alunos com deficiência, diante dessa situação, algumas questões emergem, principalmente com relação entre a gestão escolar, a educação inclusiva e as orientações dos documentos oficiais. Sabemos que educação inclusiva é um dos novos desafios impostos à gestão escolar, em face das novas demandas que a escola enfrenta, no contexto de uma sociedade que se democratiza e se transforma. A escola se encontra, hoje, no centro de atenções da sociedade, porque se reconhece que a educação, na sociedade globalizada e economia centrada no conhecimento, constituem grande valor estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade, assim como condição importante para a qualidade de vida das pessoas.

Muitos gestores, ainda apresentam dificuldades de aceitação e até de aprofundamento em estudos sobre a educação inclusiva, os quais põem sempre dificuldades em receber os alunos que tenham deficiências em suas escolas. Ainda são muito vagas as políticas que regem esta nova situação que a educação tem sofrido. Até pouco tempo existiam as escolas especiais, as quais eram habilitadas e ainda bem equipadas para atendimentos a estes alunos.

Não podemos também, colocar os gestores como sendo os vilões desta história, pois assim como eles, os educadores também sentem dificuldades em atender as estas necessidades.

No texto de Thaís Cristina Rodrigues TEZANI sobre A relação entre gestão escolar e educação inclusiva: o que dizem os documentos oficiais? à qual faz algumas citações sobre o gestor e a educação inclusiva.

À gestão escolar cabe muito mais do que uma técnica, cabe incentivar a troca de idéias, a discussão, a observação, as comparações, os ensaios e os erros, é liderar com profissionalismo pedagógico. Cada escola tem sua própria personalidade, suas características, seus membros, seu clima, sua rede de relações.

(TEZANI, 2004, p. 177)

Thaís considera que a educação inclusiva necessita proporcionar, em suas práticas cotidianas, um clima organizacional favorável que estimule o saber e a cultura, proporcionando aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos técnicos, éticos, políticos, humanos, para que se tornem emancipados e autônomos. Completa que isso só será possível se houver uma gestão escolar capaz de enfatizar os processos democráticos e participativos no cotidiano escolar. Há, portanto, a necessidade de promover uma mudança social e educacional, abandonando práticas individualizadoras e fomentando a ação coletiva.

Acredito que não só uma gestão participativa e capacitada, mas também políticas públicas que auxiliem e subsidiem os educadores, que serão os principais interessados, pois todos necessitam participar desta inclusão, mas para esta participação é necessário que se tenha uma mudança social e educacional, assim como Thaís faz sua citação.

Para Aranha (2001), a inclusão é a aceitação da diversidade, na vida em sociedade, e também é a garantia do acesso das oportunidades para todos. Portanto, não é somente com leis e textos teóricos que iremos assegurar os direitos de todos, pois esses, por si mesmos, não garantem a efetivação das ações no cotidiano escolar.

Rodrigues (2006, p. 306) afirma ser um desafio ao exercício da profissão do diretor a proposta de educação inclusiva, pois este profissional não é um técnico (no sentido de aplicar técnicas normalizadas e previamente conhecidas), um funcionário (que executa funções enquadradas por uma cadeia hierárquica previamente definida). “A profissão de gestor escolar exige imensa versatilidade, dado que se lhe pede que aja com grande autonomia e seja capaz de delinear e desenvolver planos de intervenção com condições muito diferentes. Para desenvolver esta competência tão criativa também uma formação profissional”.

Completa que a aquisição de competência para a gestão inclusiva só poderá ser adquirida por meio de uma prática continuada, reflexiva e coletiva, pois a educação inclusiva é o resultado do comprometimento com a educação de todos os alunos e de toda a escola. É preciso uma escola toda para desenvolver um projeto de educação inclusiva.

Quando Aranha diz sobre a aceitação da diversidade, e ainda comenta que a escola faz parte do cotidiano e é uma oportunidade para todos, quer dizer que a escola deve sim ser aberta, não fazendo vista grossa a esta nova situação do ambiente escolar. Diz que ainda, que não são os teóricos que ensinarão a gestores como tem que ser feita e inclusão da educação especial, mas sim como dizer os ditos populares “colocar a mão na massa” e ainda conseguir o que acredito que seja o mais difícil no papel do gestor, que é o de preparação, participação e orientação dos educadores, sejam eles professores, ou equipe técnica escolar.