A GUERRA DE GERAÇÕES É POSSÍVEL ADMINISTRA-LA?
Por: José Souza • 10/12/2016 • Artigo • 547 Palavras (3 Páginas) • 284 Visualizações
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José Pardinho Souza
A GUERRA DE GERAÇÕES É POSSÍVEL ADMINISTRA-LA?
Quem trabalha com adolescentes certamente já ouviu reclamações contra a autoridade dos pais. No dia a dia é comum ouvimos adolescentes desabafando: Minha mãe não me entende! Ufa meu pai está ultrapassado! O que se constata é um conflito de geração. Diante deste fenômeno mundial e histórico os atores são obrigados a problematizar para encontrar uma saída ou saídas para os conflitos. Quais são as causas deste conflito de geração? Pesquisadores da área comportamental em busca de um diagnóstico querem encontrar as principais dificuldades que os pais enfrentam para dialogar com seus filhos. Juntos fazem perguntas tais como: Que fatores são necessários para facilitar o diálogo familiar?
É interessante observar que, os conflitos grandes e pequenos entre pais e filhos estão levando a família a abandonar algumas práticas culturais e até mesmo religiosa. Diante deste gigante desafio surgem perguntas como esta: As comemorações familiares, como aniversários em casa, noivado e outros eventos estão em crescente queda e ficando "fora de moda". Como resgatar o cultivo das tradições familiares para fortalecer o diálogo?
Indivíduo conflitante é quem está em luta, oposição ou contrário num parecer, discussão ou situação. Pais e filhos, professores e alunos, muitas vezes vivem esta situação.
Os conflitos entre adultos e jovens existem devido ao desencontro de papéis. Os pais não se colocam como pais, e os filhos não vivem o papel de filhos. Os adultos têm dificuldades na colocação de limites, disciplina e lhes falta o adequado uso da autoridade, compreensão, amor e diálogo.
Os jovens tentam conquistar sua liberdade, não assumem responsabilidades e ainda não desenvolveram valores morais, ou estes são diferentes dos encontrados nos adultos.
Os pais não conversam entre si sobre a educação que desejam passar aos filhos, e se desencontram. A criança percebe e acaba ficando sem um referencial de apoio e segurança. Também estes pais já têm seus problemas pessoais ou econômicos que ocupam seu pensamento e acabam delegando a terceiros, como escola, psicólogos e outros, a educação de seus filhos.
Os adolescentes são influenciados pelos amigos, fazendo confrontos entre a sua vida e a deles. Vivem num mundo erotizado, com drogas disponíveis e desejam "aproveitar" bem este tempo, pois sabem que terão que enfrentar momentos competitivos no vestibular e no mercado de trabalho.
Os pais sentem-se ameaçados, inseguros com as saídas noturnas dos filhos que nem sempre avisam onde estão, não respeitam horários de retorno ao lar e estão sujeitos ao fumo, álcool, drogas, assaltos e até sequestros.
Todas essas aflições e angústias dos dois lados, direta ou indiretamente, levam às discussões e desencontros familiares.
Para se evitar ou amenizar tudo isso, há necessidade da formação de vínculos familiares de afeto, confiança e cumplicidade desde a infância, sempre com diálogo franco, amigo e esclarecedor entre adultos e jovens.
A união familiar se estabelece e se concretiza pelas pequenas coisas feitas em família, como as comemorações das conquistas dos filhos, sejam escolares, sociais ou domésticas. O quarto que foi arrumado, o dente escovado sem ter sido recomendado, o abraço carinhoso, coração a coração, feito pela simples vontade de abraçar. Afeto e amor não devem ser economizados.
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