A Geografia no 5º ano de EJA

JUSTIFICATIVA

​O presente artigo busca ressaltar a importância da geografia na educação de jovens e adultos, visando facilitar o entendimento da disciplina na modalidade, considerando a diferença existente neste grupo e os diveros caminhos pelos quais a aprendizagem se dá.

​Buscamos fazer uma breve reflexão sobre o diferencial dos educandos, o papel dos docentes e as metodologias e materiais didáticos mais apropriados para tal ensino.

​Escolhemos como tema principal em nosso estudo; geografia para o 5º ano de EJA; tempo e clima.

​Pois entendemos que é um assunto tratado e vivenciado diariamente por todos, mas que nem sempre é bem compreendido.

​O tempo e o clima é de grande influência em nosso cotidiano e os nossos hábitos cotidianos também influenciam o seu andamento.

​Buscamos apoio na abordagem qualitativa, utilizando como procedimento a pesquisa bibliográfica.

​Após a contextualização inicial sobre o tema, com ajuda de algumas citações de autores consagrados contextualizamos e exemplificamos o tema em si.

​Primeiramente diferenciando e caracterizando o tempo do clima, seguida por os tipos de clima no mundo e especificamente os do nosso país, como funciona as estações do ano, e também a previsão do tempo.

​Posteriormente, quais são os fatores que influenciam o tempo, e a influência dele em nossa vida, trazendo também exemplos de atitudes que contribuam.

​



DESENVOLVIMENTO

​Com grandes mudanças ocorrendo na sociedade atual, se impôs a necessidade urgente de mudança de procedimentos nas escolas e nos educadores, no sentido de promover a formação de cidadãos pensantes, conscientes, críticos, criativos e participativos para desafiar a complexidade pela qual passa o mundo atual. Para isso é necessário a garantia de um ensino incrementando novas modalidades de ensino que estejam adequados à nossa época.

​Uma delas é a EJA Educação de Jovens e Adultos, que é uma modalidade de ensino público no Brasil que visa oferecer uma educação de qualidade para àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

​É uma modalidade da educação que possibilita ao indivíduo jovem e adulto regularizar o seu histórico escolar, ao mesmo tempo em que oportuniza retomar seu potencial para desenvolver suas habilidades e competências acumuladas na vida extra-escolar e na experiência da vida.

​É uma modalidade de ensino que se revela importância de imensurável envergadura que ganha uma grande dimensão de responsabilidade social e educacional em que recai um peso sobre os professores e administradores de ensino no seu papel de cumprimento da nobre missão, através de um eficaz planejamento e de sua execução no processo de mediar o desenvolvimento pessoal e da produção de conhecimento.

​Sabemos que a EJA, embora não seja novidade, ainda se encontra em processo de desenvolvimento.

​Infelizmente ainda existe professores lecionando de maneira inadequada ou até mesmo equivocada, com conteúdos e materiais muito infantilizados ou muito diferentes dos conteúdos do ensino regular e também muito distantes da realidade de cada um, o que acaba desmotivando-os.

​A educação de jovens e adultos deve trabalhar com os mesmos conteúdos vistos na escola regular, pois, caso contrário , estaríamos excluindo-os socialmente, uma vez que futuramente ficará difícil esses alunos concorrerem em concursos e vestibulares.

​O professor deve ser mediador, deve tentar manter uma relação harmoniosa com seus alunos, estabelecendo muito diálogo para melhor organizar, visando facilitar a assimilação dos conteúdos trabalhados. É essencial que tente aliar os conteúdos, com sua aplicação concreta e prática na vida dos alunos, facilitando o processo de aprendizagem e sua utilidade futura na vida dos educandos.

A lógica que preside a organização da escola e as propostas de trabalho que ela busca pôr em prática trazem embutidos valores, ideias e concepções de mundo bastante diferentes do público que a frequenta, o que dificulta imensamente ao educando realizar o enredamento daquilo que se diz e se propõe na escola com os saberes que traz de sua vivência. Com isso, os processos de aprendizagem não se efetivam de acordo com as expectativas, nem de uns, nem de outros (OLIVEIRA, 2007, p.91).

​Segundo Antunes (2012), a ação do professor será a de ‘’traduzir’’ as informações dos conteúdos, a fim de se aproximar do aluno: ‘’se for o caso empregando novo vocabulário, novas comparações, novos exemplos fazendo com que possam repetir o que leram com palavras e ideias próprias’’.

​Para isso o educador precisa buscar conhecer a individualidade e as circunstâncias que determinam a vida de seus alunos, bem como os seus anseios e expectativas, a comunidade e suas características que marcam a vida diária, só assim o professor poderá ter uma melhor compreensão de que é esse individuo e o que ele vem buscar na escola.

O conteúdo da Geografia, neste contexto, é o material necessário para que o aluno construa o seu conhecimento, aprenda a pensar. Aprender a pensar significa elaborar, a partir do senso comum, do conhecimento produzido pela humanidade e do confronto com outros saberes (do professor, de outros interlocutores), o seu conhecimento. Este conhecimento, partindo dos conteúdos da Geografia, significa uma consciência espacial das coisas, dos fenômenos, das relações sociais que travam no mundo. (CALLAI 200, p.93).

​O professor deve estar sempre em busca de uma boa aula em o protagonista seja efetivamente o aluno, onde se desenvolva estratégias que busquem o aprendizado significativos, com análise, propostas, curiosidades, sugestões, soluções, respostas e muitas perguntas.

​É importante ressaltar que para turmas de EJA, é imprescindível dar ênfase a conexão entre os saberes trazidos pelos educadores e os conteúdos geográficos ensinados na escola, tendo o educador que reconhecer o papel da educação aos currículos e as práticas.

​O professor na geografia deve se preocupar basicamente em decifrar o espaço em que o aluno vive, mas, sem esquecer do espaço global, pois decisões tomadas do outro lado do