A Gestão Democrática
Por: damila martins • 14/5/2021 • Resenha • 508 Palavras (3 Páginas) • 91 Visualizações
UNASP – Centro Universitário Adventista de São Paulo
Curso de Pedagogia- Organização do Trabalho Pedagógico
Prof. Giza Sales
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Damila Martins Pereira Ramos
Ao assistir os três vídeos, falando sobre a gestão das escolas, os métodos e práticas utilizados no processo da aprendizagem, fiquei impressionada com a realidade de muitas escolas brasileiras e também com a Escola da Ponte em Portugal, que hoje é referência para muitas outras. A Escola da Ponte trabalha de forma muito diferente daquelas que fazem o uso do ensino tradicional. Ela tem um fundamento, sobretudo, na coerência entre valores e o uso de alguns dispositivos que controla toda a atividade. Ela se organiza em trabalho de equipe, estruturando de modo a centrar na relação entre pessoas toda a aprendizagem. Possui excelência acadêmica e inclusão social. Eles não dividem os alunos em salas de aula, ciclos e séries. É como se fosse uma graduação. Tem um currículo para ser cumprido e eles se organizam para dar conta de tudo. O aluno escolhe o que vai trabalhar a cada 15 dias e o objetivo é que eles aprendam autonomia. Você escolhe o que tem habilidade para aprender e a forma como será avaliado. Os alunos não podem ficar passíveis, cada um faz a sua parte. Os professores ficam à disposição ajudando a pesquisar, ensinando selecionar a informação, a criticar e analisar, avaliar e comparar; então transformar a informação adquirida em conhecimento e esses conhecimentos passa para a ação em projetos concretos, transformação social e pessoal, que são competências básicas. É uma aprendizagem personalizada. Onde uns aprendem com os o outros. O lado positivo é que formam alunos que saibam gerar seu próprio tempo, espaço, recursos, a serem mais críticos e independentes. Aprendem a ter gosto pelo conhecimento, e isso traz sentido para todos os envolvidos nesse processo.
No Brasil, a maioria dos alunos não aprende e reprova. Com base no que José Pacheco que é o idealizador das práticas da Escola da Ponte diz “não faz sentido que os alunos do século XXI sejam ensinados com professores do século XX e modelo epistemológico do século XIX. Dá pra sair desse ciclo vicioso de reprodução escolar social, sociedade injusta e analfabetismo. O Brasil tem tudo o que precisa, e é necessário mudar a política pública e o modo como hoje se vê a educação. É preciso respeitar o tempo de cada pessoa, aproveitar os seus conhecimentos e dar a elas a possibilidade de se modificarem, condições para se transformarem.
Dá pra notar claramente a gestão democrática ativa nessas escolas que se basearam nas práticas inovadoras de aprendizagem. Não é necessário o professor usar sua autoridade, todos os alunos trabalham com todos os professores. A gestão horizontal do conselho em que a decisão é sempre consensual. Eles aprendem com as discordâncias de idéias. Assim, o processo de aprendizagem tem mais clareza para as crianças que aprendem muito de várias formas. Tornam-se mais solidárias e levam essas práticas aprendidas para outros lugares. Enxergam pessoas como pessoas que contribuem para a vida delas e elas se sentem capazes de contribuir para a vida dos outros.
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