A Gestão Escolar
Por: ale81sandra • 27/9/2015 • Exam • 1.174 Palavras (5 Páginas) • 269 Visualizações
CURSO DE PEDAGOGIA – EAD
DISCIPLINA: GESTÃO ESCOLAR I
Gestão Escolar
Na discussão acerca das formas de distribuição e exercício do poder na escola, produzida a partir de
um estudo empírico referenciado na teoria foucaultiana da tramalidade do poder, Martha Lucchesi
levanta aspectos relativos à função do dirigente escolar que traduzem questões levantadas anos
antes por Vitor Paro na reflexão acerca da Utopia da Gestão escolar.
Por outro lado, seu texto nos revela outros mecanismos que presentes na dinâmica interna do
cotidiano escolar afasta a instituição da realização da chamada Utopia da Gestão Democrática
discutida por Vitor Paro.
A partir do estudo de do texto de Lucchesi, releia o texto de Vitor Paro, e analise-os conforme
orientado abaixo:
1. Destaque do texto de Lucchesi elementos que apontem para a existência, no contexto por ela
estudado, de indícios da “dupla contradição” apontada por Paro na função do diretor
Contradição 1: “Quando a gestão é autoritária, a resistência manifesta –se por confrontos, transparentes ou não, na tentativa de subverter o grupo que detém o poder.”
Contradição 2: “Se lhe falta habilidade para lidar com o pedagógico, o diretor recorre ao jurídico institucional e, para sentir maior segurança, transforma seu cargo num pequeno feudo, tranca – se no emaranhado da burocracia e, amparando – se na letra da lei, submete, coage, provoca apatia ou a resistência da comunidade escolar.”
2. Ao refletir sobre a utopia da gestão escolar democrática Vitor Paro discute os limites entre
autoridade e autoritarismo mostrando que este último consiste em um das mais graves implicações
de um modelo de organização do poder fundado na centralidade da figura do diretor. A leitura do
texto de Lucchesi mostra que no tocante a este aspecto encontramos, ainda nos dias atuais, a
presentificação deste dilema posto que o modo como o poder é distribuído nas escola dá margem
para a emergência de práticas autoritárias.
2. Destaque do texto duas situações apresentadas pela autora nas quais se percebe a manifestação
do autoritarismo no exercício da direção escolar:
Situação 1: “Na escola Arlindo Campos, alunos e professores, a diretoria e funcionários estavam em pé de guerra. De um lado, havia um grupo de professores a favor da diretoria. De outro, vários professores articulam com os alunos um movimento intitulado ‘Fora ,diretora’, acusando – a de autoritária, de incompetente. (Supervisora,25 anos de carreira no magistério (D.C)
Situação 2: “A diretora, apesar de sua competência técnica, não possui habilidade política para articular as diversas forças no interior da escola. Essa idéia se traduz no seguinte: ela tem as condições para diagnosticar o problema, mas não sabe como enfrentá –lo . As medidas utilizadas por ela baseiam – se na legislação, o que a leva a colidir o tempo todo com diversos grupos dentro da escola. O seu excesso de legalidade e inabilidade política causa sua saída da escola. (Supervisora ,25 anos de carreira no magistério(DC).”
3. Discutindo os tipos de relação no interior da escola por ela pesquisada, Lucchesi mostra que a
alienação burocrático-funcional e a alienação docente emergem como duas formas de se lidar com
a questão do poder e da autoridade no interior daquela instituição. Considerando a Utopia da
Gestão Escolar Democrática, tal como apresentada e discutida por Paro, responda:
(a) Apenas a alienação burocrático-funcional contribui para a realização desta utopia;
(b) Apenas a alienação docente contribui para a realização desta utopia
(c) As alienações docente e funcional contribuem para a realização desta utopia
(d) Nenhuma das duas formas contribui para a realização desta utopia
Justifique sua resposta:
Letra d, nenhuma das duas formas contribui para a realização desta utopia, pois dessas formas de gestão é impossível construir a escola como instituição que possa contribuir para a transformação social.
O gestor democrático precisa ter perfil mediador, político, capacidade de comunicação e interação com os outros profissionais da escola, pais e alunos. Deve ser um articulador para lidar com as tensões entre alunos, corpo docente, comunidade e Estado.
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