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A História da Educação Especial no Brasil e no Mundo

Por:   •  15/6/2020  •  Resenha  •  1.170 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

ALUNO: WAGNER TEIXEIRA GLÓRIA

RA: 8058919

CURSO: GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA: Fundamentos da Educação Inclusiva

TUTOR: Ana Maria Tassinari

CAMPINAS – 2020

História da Educação Especial no Brasil e no mundo

 A Fase da Negligência /Exclusão

A fase da negligência ou também conhecida como a fase da exclusão, remonta a idade antiga onde era comum na sociedade a eliminação da criança com alguma deficiência.

Sabe-se que as sociedades greco-romanas eram fundamentadas na valorização da estética, que remonta a uma ideia de perfeição, e logo o deficiente está fora desse ideal. Crianças que estavam fora do padrão eram deixadas para serem mortas por animais, e ou era praticado o infanticídio.

Temos na idade média a influência da visão teocêntrica, onde se via a deficiência como algo sobrenatural. Eram vistos como pessoas possuídas por demônios, sendo assim passiveis de serem maltratadas e marginalizadas pela sociedade. No filme Corcunda de Notre Dame, se passa dentro desse contexto histórico, onde por causa de sua aparência fora do padrão, o personagem Quasimodo era julgado pela sociedade, por suas deformações no rosto e corpo – uma boa representação daquele período.

Percebe-se que a resistência social às pessoas deficientes vem de longa data.

A Fase da Institucionalização

Com o avanço da medicina a deficiência passa ser associada a doença, vista por alguns como algo contagioso, logo essas pessoas precisavam ficar distantes da sociedade, isoladas, segregadas em instituições com o objetivo de excluir do convívio social.

No Brasil, até o ano de 1800 prevaleceram as fases da negligência e institucionalização, marcadas pelo abandono e o descaso com a educação especial. A partir do século XIX a sociedade ciêntifica passa a interessar-se pelo tema, superando a visão da deficiência como algo sobrenatural ou uma doença.

A Fase da criação de serviços educacionais ou fase da integração

A partir do século XIX a sociedade passa a tomar consciência da necessidade de prestar apoio as pessoas com deficiência. Iniciativas tanto particulares como oficiais passaram a fundar escolas e institutos que existem até os dias de hoje e muitas são consideradas referencias nacionais. Temos a mais conhecida APAE que apesar do caráter segregacionista e assistencialista, contribuí muito para o atendimento colaborando com a inclusão das pessoas com necessidades especiais no ensino regular.

A Fase Atual

O movimento de educação inclusiva começou a se fortalecer, no Brasil, a partir da década de 1990. Pouco a pouco os serviços prestados as pessoas com deficiência aumentam e também a sociedade de um modo geral passa a olhar de forma diferente. A inclusão não é algo natural, precisa ser construída através de políticas públicas para se garantir os direitos e deveres, mas também é algo que deve ser ensinado, pois todas as pessoas são iguais.

Alguns documentos são considerados importantes para a Educação Especial: 1) Constituição Federal de 1988. 2) Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n. 8.069/90. 3) Declaração Mundial sobre a Educação para Todos (1990). 4) Declaração de Salamanca, elaborada a partir da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais - acesso e qualidade, promovida pela UNESCO e realizada em Salamanca, na Espanha, de 7 a 10 de junho de 1994.

A Educação Especial no contexto brasileiro

Art. 205. A Educação, direito de todos e dever do Estado e colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, p.89).

A educação especial no Brasil, não é um capitulo a parte de nossa constituição, conforme o Art. 205. “ A Educação é um direito de todos e dever do Estado”

Porém na História do Brasil, sabemos que os deficientes não tinham nenhum tipo de atenção e ou atendimento do poder público, viviam deixados de lado na sociedade, viviam marginalizadas. Nesse cenário a filantropia se organiza, antes do próprio estado, e foram fundados institutos e escolas em sua maioria no Rio de Janeiro e São Paulo com vistas a atender essas pessoas.

 No quadro abaixo tem-se uma ideia das iniciativas oficiais e particulares no atendimento as pessoas com necessidades educacionais especiais.

Ano

Fatos Significativos ( CRC pag.59)

1854

Início do atendimento escolar especial no Brasil, com a fundação no Rio de Janeiro, do Imperial Instituto dos Meninos Cegos.

1857

D. Pedro II funda, também, no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos.

1874

Início da assistência aos deficientes mentais no Hospital Estadual de Salvador, hoje denominado Hospital Juliano Moreira.

1890

O Imperial Instituto dos Meninos Cegos passa a chamar-se Instituto

Nacional dos Cegos.

1891

O Instituto Nacional dos Cegos passa a chamar-se Instituto Benjamin Constant.

1900

Apresentação da monografia intitulada Da Educação e Tratamento Médico-Pedagógico dos Idiotas durante o 4º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro.

1905

Criação, no Rio de Janeiro, da Escola Rodrigues Aves, estadual regular para deficientes físicos e visuais.

1909

Fundação, no município de Joinville, do Colégio dos Santos Anjos, de ensino regular e particular com atendimento a deficientes mentais.

1915

Publicação de três importantes trabalhos sobre a educação de deficientes mentais: A Educação da Infância Anormal da Inteligência no Brasil, Tratamento e Educação das Crianças Anormais da Inteligência, e A Educação da Infância Anormal e das Crianças Mentalmente atrasadas na América Latina.

1925

Criada, em Minas Gerais, na capital Belo Horizonte, a Escola Estadual São Rafael, especializada em ensino de cegos.

1926

Criado o Instituto Pestalozzi na cidade de Porto Alegre, sendo transferido para Canoas no ano seguinte, como internato especializado no atendimento de deficientes mentais.

1927

Fundação, na cidade de São Paulo, do Instituto de Cegos Padre Chico, escola residencial que atende crianças com deficiência visual em idade escolar.

1929

Fundação, na cidade de Campinas, do Instituto Santa Terezinha; sendo em 1933 transferido para a cidade de São Paulo. Atende alunos com deficiência auditiva. Até o ano de 1970, funcionou em regime de internato para meninas com deficiência auditiva.

1931

Registro do início do atendimento especializado, com propósitos

educacionais, a deficientes físicos, em São Paulo na Santa Casa de Misericórdia.

1932

Fundação da Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, graças ao trabalho da Professora Helena Antipoff .

1935

Criado, em Belo Horizonte, o Instituto Pestalozzi.

1936

Criada a Fundação Dona Paulina de Souza Queiroz, particular especializada em deficientes mentais.

1943

Criada a Instituição especializada particular Lar-Escola São Francisco para atender deficientes físicos, particular, sediado na cidade de São Paulo.

1944

Criado, na cidade de Taubaté-SP, o Instituto São Rafael, particular e  especializado no atendimento de deficientes visuais.

1948

Fundação no Rio de Janeiro da Sociedade Pestalozzi do Brasil, também, por iniciativa da Professora Helena Antipoff .

Criado, na cidade de São Paulo, o Instituto Estadual de Educação Padre Anchieta, com atendimento a pessoas com deficiência auditiva.

1950

Fundada, em São Paulo, a Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD). Instituição particular especializada no atendimento e deficientes físicos, de modo especial aos portadores de paralisia cerebral e pacientes com problemas ortopédicos.

1952

Fundada, em São Paulo, a Sociedade Pestalozzi de São Paulo.

1954

Fundada, na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Educacional São Paulo, particular e especializada no ensino de crianças deficientes auditivas.

1954

O Imperial Instituto dos Surdos-Mudos passa a denominar-se Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

1957

Fundado, na cidade de São Paulo, a primeira Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE).

1961

Fundada, na cidade de São Paulo, a Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE).

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