A História entre a filosofia e a ciência
Por: ANE2907 • 4/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.408 Palavras (6 Páginas) • 332 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CLEIDIANE FARIAS LOPES
BELEM-PA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CLEIDIANE FARIAS LOPES
FICHAMENTO
A história entre a filosofia e a ciência
Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção de créditos da disciplina Abordagens Teorico-Metodologicas do Ensino de História, ministrada pela Professora Mestra Karla Nazareth Correa de Almeida.
BELÉM – PA
REIS, José Carlos. A história entre a filosofia e a ciência. 3.ed., São Paulo. ed. Ática, 1996.
“No século XIX, a consciência história emancipou-se do Idealismo e substituiu-o pela “ciência” e pela “história”. A “ciência da história”, incipiente tornou-se o centro da oposição ao Idealismo e uma força cultural orientadora (cf. Schnadelbach, 1984) [...] o século XIX possui um apriori: a metafísica e uma possibilidade; fora dos fatos apreendidos pela sensação, nada se pode conhecer [...] A partir de então, só se quis conhecer as relações de causa e efeito, expressas de forma matemática. É a isto que chamavam “conhecimento positivo”: “observar os fatos, constatar suas relações, servir-se delas para a ciência aplicada” ( Lefebvre,1971 p.31). Primeiro parágrafo (p.5).
Este “espírito positivo” antimetafísico, passa a predominar entre os historiadores, e inicia-se uma luta contra a influência da filosofia da história sobre a “ciência da história”. O método histórico tornou-se guia e modelo das outras ciências humanas [...] Como conhecimento das “diferenças humanas”, a história científica dará ênfase ao evento irrepetivel, singular, individual, com seu valor intrínseco e único. Segundo parágrafo (p.5-6).
[...] A idéia de que a história era mera exemplificação de formas gerais do ser ou de leis de eterno retorno foi abandonada pelo princípio da individualidade histórica, irredutível a qualquer princípio absoluto. [...] A razão se reduz à história. A consciência histórica é finita, limitada, relativa a um momento--- o que levará ao ceticismo quanto a possibilidade de um conhecimento histórico objetivo, válido para todos. Quarto parágrafo (p. 6-7).
[...] A rejeição da subordinação da história `a filosofia se assenta a uma nova atitude do historiador--- a “positivista”---- e em uma outra forma de tratar o seu material --- através do método crítico de purificação das fontes. Segundo parágrafo (p.7).
[...] No séc. XX, entretanto os Annales conseguiram afastar-se da influência metafísica da filosofia e optaram pelo apoio teórico das novas ciências sociais. Segundo parágrafo (p.9).
“Este esforço de constituição de uma história científica, no séc. XIX tomou três direções principais: a orientação rankiana, que quer aproximar a história do modelo científico da física; a orientação diltheyliniana, que quer descobrir o que há de específico no conhecimento histórico que o torne uma “ciência” diferenciada das ciências naturais; e a orientação marxista, que submete o conhecimento histórico-científico à sua relação com a realidade histórica, à práxis. São três projetos de história científica inteiramente diferentes entre si, mas que tem alguns pontos em comum: a recusa explícita da filosofia da história, a tentativa de dar um estatuto científico à história, o esforço de objetividade e a valorização do evento, percebido diferentemente por cada um.[ ] Depois, mostraremos o esforço ainda mais radical dos Annales para afastar a história da filosofia e aproximá-la das ciências sociais, tornando-a uma das ciências sociais. (p.9 parágrafo único).
1 CAPITULO ---A ESCOLA METÓDICA DITA “POSITIVISTA”
A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto: Hegel e Ranke,são respectivamente, os maiores representantes da filosofia da história e história científica, na Alemanha no inicio do séc. XIX que se desenvolveu a crítica histórica, utilizando o método erudito criados pelos franceses. [...] Ranke baseava-se principalmente nos documentos diplomáticos para fazer a história do Estado e de suas relações exteriores, pois acreditava que essas relações determinavam as iniciativas internas do Estado. Se interessava pela “originalidade” de um povo. Era um conservador, nacionalista e defendia as posições da nobreza alemã. Filosoficamente, considerava que a história era conduzida pelas idéias e que o historiador deveria descobrir as forças espirituais de que a história era uma realização. Primeiro parágrafo (p.10).
A história científica, portanto seria produzida por um sujeito que se neutraliza enquanto sujeito para fazer aparecer o seu objeto. Ele evitará a construção de hipóteses, procura manter a neutralidade axiológica e epistemológica, isto é, não julgará e não problematizará o real. Primeiro parágrafo (p.13).
A escola histórica científica Alemã era resistente ao socialismo e recusava a crítica social como função legítima do historiador. [...] A Alemanha foi o primeiro centro de erudição e serviu de modelo aos outros. Segundo parágrafo (p.14).
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