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A História que se ensina no Ensino Infantil: Práticas e Currículos

Por:   •  5/3/2019  •  Artigo  •  4.640 Palavras (19 Páginas)  •  243 Visualizações

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A História que se ensina no Ensino Infantil: Práticas e Currículos

Edimara da Rocha

Paloma da Silva Jácome

Resumo:

Ao decorrer do presente artigo apresentaremos uma visão acerca dos desafios e os contextos do ensino de história nos anos iniciais, fontes de nossas indagações que tem por finalidade levar-nos a uma reflexão de dificuldades significativas que comprometem a educação como um todo em nosso país, não tão somente nesta área. Com intuito de remeter a raízes mais profundas do que aos primeiros olhos parece ser, a realidade com que se trata o ensino e tudo que se possa envolvê-lo. As pesquisas aqui descritas baseiam-se em textos pautados sobre temas abordando o ensino de história nos anos iniciais dos educando, vendo que o ensino de história tem grande importância na formação individual do aluno com ser social e crítico.

Palavras-chave: Ser social, reflexões, desafios, contextos, anos iniciais.

ABSTRACT

In the course of this article we present a vision about the challenges and contexts of history teaching in the early years , sources of our inquiries that aims to lead us to a significant difficulties reflection that compromise education as a whole in our country , so not only in this area. In order to refer the deeper roots than the first eye seems to be the reality that it is the teaching and all that you can wrap it. The research described here are based on guided texts on topics addressing the history of education in the early years of schooling , seeing that the teaching of history is very important in individual student education with a social and critical.

Keywords: Being social, reflections, challenges , contexts , early years.

Introdução

A disciplina Ensino de História I teve por propostas nos apresentar temas para nortear nossa pesquisa sobre uma gama de interesses significativos para o ensino de história. Nesta perspectivas buscamos embasar nossas pesquisas nos anos iniciais para o ensino da disciplina, além de discutir questões que norteiam a educação infantil direcionada para a área não somente especifica de história mas tendo em vista uma visão do aluno como um todo, como ser social que somos.

         É indiscutível que trabalhar o ensino de história nos anos inicias torna-se um desafio e tanto para os professores dessa faixa, uma vez que se trata de uma faixa etária ainda presa de representações. Nesta perspectiva o ensino de História nas Séries Iniciais, deve buscar envolver as crianças num sentido de valorização de sua própria história, alicerçando-se assim, para a aquisição de história local e do mundo. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (BRASIL, 1997), um dos objetivos mais relevantes quanto ao ensino de História relaciona-se à questão da identidade. É de grande importância que os estudos de História estejam constantemente pautados na construção da noção de identidade, através do estabelecimento de relações entre identidades individuais, sociais.

O ensino de História deve permitir que os alunos se compreendam a partir de suas próprias representações, da época em que vivem, inseridos num grupo, e, ao mesmo tempo resgatem a diversidade e pratiquem uma análise crítica de uma memória que é transmitida, claro que se tratando dessa faixa etária especifica, as atividades são desenvolvidas conforme suas necessidades. Perceba o que o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil fala sobre a concepção de criança:

A concepção de criança é uma noção historicamente construída e consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. (RCNEI, Vol 1, 1998, p. 2)

O profissional que trabalha com a educação infantil deve sabe mediar as experiências da criança pequena de modo a contribuir positivamente para o seu desenvolvimento e sua aprendizagem.

Quando se fala no processo de ensino e aprendizagem muitas vezes é idealizado que em meio a esse processo os sujeitos envolvidos agem de forma isolada sem uma troca de saberes e uma relação recíproca. Assim, pensa-se que para haver a efetivação da aprendizagem é necessário apenas haver um educador qualificado, com um bom planejamento para executar, tendo conhecimento sobre os conteúdos abordados e o método pedagógico previamente estabelecido para que se tenha condições satisfatórias e significativas na relação entre professor e aluno. A relação professor aluno deve considerar que o educando também tem saberes para compartilhar e conhecer o que o mesmo tem a dizer é de grande relevância. Assim como diz, CORDEIRO:

A relação pedagógica transforma as crianças em alunos mediante a estrutura do diálogo ou da conversa entre estes e o professor, Os tipos de perguntas que são feitas, os modos como elas são formuladas, a observação de que respostas são aceitas, toleradas ou rejeitadas pelo professor e do retorno (feedbcack) que é dado a cada uma delas, tudo isso vai fazendo, aos poucos, com que as crianças aprendam a ser alunos (CORDEIRO, 2013, p. 99).

É óbvio que, se houver melhora no relacionamento aluno-professor, a tendência é o ganho de qualidade e aprendizado. Para isso, é preciso pelo menos a vontade de uma das partes. Se houver das duas (aluno e professor ou turma e professor), é mais difícil, se houver apenas de uma, será preciso iniciativa e paciência, mas também, dará certo mais cedo ou mais tarde.

EDUCACÃO INFANTIL: ESPAÇO DE DESCOBERTAS (ENTENDENDO CONTEXTOS)

Considerando de grande relevância a concepção de criança e infância passou por grande evolução ao passar do tempo, a preocupação com a criança é bastante recente no contexto histórico, ver a mesma com o olhar direcionado para suas reais necessidades e torná-las com um ser de direitos, foi ocorrendo a partir do momento que passou a vê-la diferente do adulto.

A própria ideia de criança, tal como definimos atualmente, como um ser de singularidades, necessidades específicas, interesses e modos de pensar distintos, não existia antes do século XVIII.

Antes do século XVIII a criança era comparada e considerada como o próprio adulto só que em miniatura. Segundo Andrade e barnabé (2010, p.59) “A criança pertencia ao universo feminino até que pudessem ser integradas ao mundo adulto, ou seja, quando apresentassem condições para o trabalho, para a participação na guerra ou para reprodução”.

Devido ao alto índice de mortalidade infantil na época fazia com que as várias mortes de crianças fossem considerada normais e o período de ser criança e ter infância passou a se tornar um tempo muito pequeno.

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