A Homofobia, diversidade e bullying na educação
Por: Eddifaria • 9/5/2017 • Artigo • 6.963 Palavras (28 Páginas) • 326 Visualizações
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INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – ISES
Bianca Espíndola da Cunha RA 1713059
Carlos Eduardo Ciríaco RA 1715529
Edilaine Cristina Faria Amaral RA 1713177
Patrícia de Oliveira Soares RA 1716620
Renato Meira Ueoka RA 1716442
Sara Rodrigues Félix dos Santos RA 1716481
Homofobia, Políticas Educacionais e Diversidade na escola:
Desafio do Século XXI
Trabalho apresentado à Faculdade Sumaré como exigência da disciplina de Política, Sociedade e Educação Contemporâneas– ministrada no Curso de Segunda Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação da Professora Marta Lucia da Silva
São Paulo
2017
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RESUMO
Para construir uma sociedade democrática e livre de preconceitos, há de se garantir acesso à educação, mas que esta se desenvolva como espaço de liberdade, diversidade e cidadania.
Nosso objetivo é problematizar a questão da homossexualidade na escola e em consequência o bullyng. A não formação de profissionais conhecedores do tema gênero e educação, tende a contribuir com o aumento da exclusão em detrimento dos direitos dos alunos enquanto sujeitos. Impedir que alunos continuem sendo ridicularizados, é nosso dever, pois é humilhante para uma criança ouvir uma característica sua sendo exposta. Neste sentido é importante compreender o campo da linguagem como reprodutor desse fenômeno, as implicações de classe, a “perpetuação da violência”, baseadas em características como: a criança ser pobre, negra, magra, gorda ou particularidades ligadas à sexualidade, o fato de que nossa formação pedagógica deveria nos propor, informações que concebam o docente como um agente de transformação desse fenômeno que chega a passar “despercebido” na sala de aula.
Palavras-chave: homofobia; direitos fundamentais; educação sexual; políticas educacionais; bullying.
In order to build a democratic society free of prejudice, access to education must be ensured, but it must be developed as an area of freedom, diversity and citizenship.
Our aim is to problematize the issue of homosexuality in school and consequently the bullyng. The lack of training of professionals who are knowledgeable about gender and education tends to contribute to increasing exclusion at the expense of students' rights as subjects. Preventing pupils from continuing to be ridiculed is our duty as it is humiliating for a child to hear a trait of his being exposed. In this sense it is important to understand the field of language as a reproducer of this phenomenon, the class implications, the "perpetuation of violence", based on characteristics such as: the child being poor, black, thin, fat or peculiarities linked to sexuality, Which our pedagogical training should offer us, information that conceives the teacher as an agent of transformation of this phenomenon that even passes "unnoticed" in the classroom.
Keywords: homophobia; fundamental rights; Sex education; Educational policies; bullying.
Introdução
Ao longo da história as mais graves violações aos direitos humanos tiveram como fundamento a oposição do “eu” versus o “outro”, em que a diversidade era utilizada como elemento para extinguir direitos. Nesta direção merecem ressalva as violações da escravidão, do sexismo, da homofobia ,do racismo, do nazismo, da xenofobia e de outras práticas de intolerância.
A escola necessita contribuir com esse movimento de emancipação, de fazer com que a diversidade sexual algo discutido, conversado tranquilamente, para que o ser humano possa relacionar-se melhor com ele próprio e com os demais. É possível viver democraticamente em uma sociedade heterogenia, é preciso respeitar os diferentes culturas e grupos que a constituem.
Nesse mesmo pensamento, Garrido, Pimenta e Moura (2000, p. 92) afirmam que as organizações escolares são “produtoras de práticas sociais, de valores, de crenças e de conhecimentos, movidas pelo esforço de procurar novas soluções para os problemas vivenciados”.
Diante disso, está a importância das dinâmicas resultantes da prática do professor, seja em qualquer disciplina. Uma fato que os educadores devem se aperfeiçoar no seu molde de agir profissional e de ampliação do seu conhecimento, assim como uma reflexão aprofundada nas revisões das políticas e práticas educativas .
Assim, continuam presentes os desafios à escola, postos pelo PCN, em meados da década passada:
O grande desafio da escola é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional e dar a conhecer a riqueza representada por essa diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, investindo na superação de qualquer tipo de discriminação e valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade. Nesse sentido, a escola deve ser local de aprendizagem de que as regras do espaço público permitem a coexistência, em igualdade, dos diferentes. (BRASIL, 1997a).
Devemos questionar que modelo de escola pretende-se criar em nosso país. Já se reconhece de forma quase consensual entre os educadores que a educação não deve ser feita, por exemplo, somente para alunos brancos, de classe média e cristãos (PRADO, 1984). Seguindo os mesmos pensamentos, parece pertinente o questionamento: acaso, deve o ensino ser direcionado apenas para alunos heterossexuais? As diferenças dos alunos homossexuais são desprezíveis quando é proposto elaborar um ensino plural e multicultural que respeite valores cívicos e democráticos como a tolerância e o respeito às minorias? Muito se discutiu sobre as questões da diversidade cultural e seus impactos na educação em um país multicultural como o Brasil, que não possui uma lei específica para a Educação Sexual, contudo as escolas brasileiras utilizarem, desde 1997, com a proposta inovadora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), criados pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC). Estes documentos oficiais indicam que os chamados “temas transversais”, como por exemplo, a sexualidade, sejam trabalhados de forma integrada, contínua e sistemática, incorporados às áreas já existentes e ao trabalho educativo da escola:
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