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A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

Por:   •  10/6/2018  •  Artigo  •  4.079 Palavras (17 Páginas)  •  570 Visualizações

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INSTITUTO COTEMAR

ARMANDO FALCÃO DE MENDONÇA

A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

ITAÚNA-MG

2017

INSTITUTO COTEMAR

ARMANDO FALCÃO DE MENDONÇA

A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo Científico, apresentado ao Núcleo de Trabalhos de Conclusão de Curso do Curso de Pós Graduação Lato Sensu do curso de Especialização MBA Docência do Ensino Superior como requisito obrigatório para a obtenção do grau de Especialista.

ITAÚNA-MG

2017


A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

Armando Falcão de Mendonça[1]

RESUMO

O estudo da Didática, como parte essencial do processo de ensino-aprendizagem no Ensino Superior, vem levantando diversas discussões, principalmente no que tange a importância de ser levar em consideração as dificuldades do aluno já em fase adulta. Por muito tempo, acreditava-se que para ser um bom professor para esse público, era necessário apenas boa oratória e conhecimentos técnicos e específicos na área na qual iria atuar. Nesse sentido, esses alunos não precisariam de apoio pedagógico, pois já possuíam uma personalidade formada, o que fazia necessário que o professor tivesse somente competência para transmitir o conhecimento e capacidade de sanar dúvidas. Essas crenças errôneas, por diversos anos, fizeram com que os profissionais da educação não se preocupassem com preparação de professores para o Ensino Superior. O presente artigo foi elaborado utilizando-se de diversas literaturas de renomados autores, no qual foi feito anteriormente um levantamento teórico sobre o assunto, e posteriormente, foram selecionados somente os materiais considerados mais abrangentes no assunto tratado.

 

Palavras-chave:  Didática, Formação, Docência, Ensino Superior.

1 INTRODUÇÃO

Durante muito tempo, houve a crenças de que um bom profissional da educação do Ensino Superior, precisava unicamente de saber falar bem, transmitindo seus conhecimentos, dominar o conteúdo através de vasto conhecimento, e sanar possíveis dúvidas de seus alunos. Entretanto, com o passar do tempo, os profissionais da Educação, começaram a perceber que não é tão simples como parecia, que os alunos de cursos superiores também possuem suas dificuldades, dúvidas e medo de questionar, como qualquer outro aluno de outras fases do ensino, o que mostra a necessidade do auxílio pedagógico.

Torna-se notório que o professor do ensino Superior, precisa se qualificar cada vez mais, principalmente quanto à Didática utilizada e conhecimentos pedagógicos, para que possa viabilizar o processo de ensino aprendizagem com maior eficiência.

Assim, o presente artigo vem para efetuar uma pesquisa no assunto proposto, conscientizando o leitor do papel do docente universitário, da necessidade da Didática voltada para os discentes de cursos superiores da atualidade.

2 O QUE É A DIDÁTICA

O termo Didática deriva do grego didaktiké, e significa arte de ensinar, e seu uso foi difundido com o surgimento da obra de Jan Amos Comenius (1592-1670), Didática Magna, ou Tratado da arte universal de ensinar tudo à todos, que foi publicada no ano de 1657. Atualmente, existe diversas definições de didática, entretanto, quase todas as definições, a apresenta como, ciência, técnica ou arte de ensinar (GIL, 2015).

Até o final do século XIX, a Didática teve seus fundamentos baseados praticamente apenas na Filosofia, o que pode ser constatado em trabalhos de diversos autores como Jean Jacques Rousseau, Johann Heinrich Pestalozzi e Johann Friedrich Herbart, obras essas que se apresentavam consideravelmente adiantadas quando comparadas às concepções psicológicas dominantes de seu tempo. A partir do fim do século XIX, a Didática passou a ser fundamentada também na ciência, principalmente na Biologia e na Psicologia. No começo do século XX, surgiu diversos movimentos de reforma escolar, e com isso, tanto na Europa quanto a América, passou-se a reconhecer que a Didática tradicional era insuficiente, e que os aspectos psicológicos deviam ser levados mais em consideração ao se tratar de ensino (GIL, 2015).

Essa tendência pedagógica surgida no século XX, costuma levar o nome de Escola Nova, ou Escola Ativa, e segundo a concepção de Gil (2015, p. 3):

A ideia básica da Escola Nova é a de que o aluno aprende melhor por si próprio. A atenção as diferenças individuais e a utilização de jogos educativos passaram, portanto, a ter maior destaque. Dessa forma, a Didática da Escola Nova passou a considerar o aluno como sujeito da aprendizagem. O que caberia ao professor seria colocar o aluno em situações que fosse mobilizada a sua atividade global, possibilitando a manifestação de suas atividades verbais, escritas, plásticas, ou de qualquer outro tipo.

        Nesse sentido, torna-se notório que o centro da atividade escolar é o aluno, e não o professor ou a disciplina a ser ministrada, tornando-se um indivíduo crítico, investigador e ativo.

        Somente na década de 1920, que as ideias da Escola Nova tornaram-se conhecidas, e após a Revolução de 1930 tornou-se bastante prestigiada com os trabalhos de educadores como Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo. Porém, essas ideias foram muito criticadas por educadores mais conservadores, que acusavam a Escola Nova de não exigir nada dos alunos, além de abrir mão dos conteúdos tradicionais e ser muito crédula quanto à sua espontaneidade (GIL, 2015).

Para Libâneo (2013, p. 13), “Didática é uma disciplina que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais, que são sempre sociais, ela se funde na Pedagogia; é assim uma disciplina pedagógica”.

Dessa forma, pode-se perceber que a Didática não é somente uma ciência teórica, mas também prática, que envolve diversos aspectos intrínsecos à educação.

Por ser o principal ramo de estudos da Pedagogia, a Didática busca investigar os fundamentos, condições e modos de as diferentes formas de realização da instrução e do ensino, cabendo à ela converter os objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, realizando uma seleção desses objetivos de modo a estabelecer vínculos entre o ensino e a aprendizagem. Se encontra ligada de forma íntima à Teoria da Educação e à Teoria da Organização Escolar, e especialmente à Teoria do Conhecimento e à Psicologia da Educação. Assim, a Didática e as metodologias específicas das matérias de ensino, fundem-se tornando-se uma única unidade, mantendo relações recíprocas (LIBÂNEO, 2013).

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