A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO APRENDIZADO NAS ESCOLAS
Por: 950322 • 3/6/2021 • Trabalho acadêmico • 2.479 Palavras (10 Páginas) • 130 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO APRENDIZADO NAS ESCOLAS
Ana Paula e Silva
aninhaegus@hotmail.com
Lucia Helena Nunes Junqueira
RESUMO
Ao elaborar essa pesquisa foi encontrado diversas citações em relação a aprendizagem e a importância da musica nas escolas, ao qual foi feito uma releitura em relação ao tema e encontrou-se variados artigos científicos que mencionaram com respaldo esses conteúdos que mostraram de forma clara sobre como a música contribui para o crescimento e o desenvolvimento das crianças na educação. Nesse sentido, a música é um dos instrumentos pedagógicos importante para o desenvolvimento da criança, pois na música as crianças desenvolvem habilidades necessárias para o seu processo de alfabetização. Este trabalho teve como objetivo apresentar experiências pedagógicas diversas em relação ao ensino- aprendizagem, através da prática musical que é considerada como parte de um processo de ensino, no qual há uma integração social, cultural e cognitiva no contexto escolar. A metodologia utilizada foi através de pesquisa de reportagens e artigos da internet, que comprovou a importância da atividade como rica fonte de aprendizagem no âmbito educacional.
Palavras- chaves: Música. Prática Pedagógica. Aprendizagem.
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¹ Aluna do Curso de Pedagogia EAD / UNIUBE. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. .2 Professora Lucia Helena Nunes Junqueira Orientadora no Centro Universitário Internacional UNIUBE
INTRODUÇÃO:
Este artigo teve por objetivo discutir sobre a importância da música no processo de aprendizagem e no desenvolvimento das crianças .A música é uma forma de estimular o desenvolvimento de alunos no processo metodológico e da introdução da música na escola. Isso pode ser colocado em prática de diversas formas: desde a utilização de letras nas interpretações de texto em sala, até na realização de oficinas de música e instrumentalização com os estudantes. Essas são formas de apontar a sensibilidade, instigar a criatividade e aumentar a integração dos alunos no ambiente escolar.Um dos principais aspectos que a música representa no processo de ensino-aprendizagem é o estímulo ao uso dos sentidos pelo aluno. A experiência musical, independentemente do estilo e dos instrumentos utilizados, promove maior habilidade de observação, localização, compreensão, descrição e representação em quem toca e quem houve.
A criação musical, o uso de diversos instrumentos em sala de aula pode evidenciar habilidades desconhecidas, aumentar a interação com objetos e o “saber-fazer”, entre outras capacidades tão importantes nessa fase de desenvolvimento pedagógico. A partir da Lei Nacional 11.769/2008, o ensino da música nas Escolas de Educação Básica tornou-se obrigatório, alterando o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), onde os professores são convidados a refletir acerca do fazer arte na escola, que compreende as artes visuais, a dança, o teatro e a música. Nessa perspectiva, a música é compreendida como uma área do conhecimento que requer estudo, prática, reflexão e diversidade, devendo estar inserida no Projeto Político Pedagógico da escola, nos planejamentos pedagógicos, sendo trabalhada interdisciplinarmente, a fim de fomentar avanços significativos no desenvolvimento sociocognitivo e humano das crianças. As Diretrizes Nacionais para a operacionalização do Ensino da Música na Educação Básica (CNE/CEB nº12/2013 de 04/12/2013) apresentam a emergência de um Currículo que contemple uma Matriz de Conteúdos para o Ensino da Música, cujo enfoque seja constituir-se em um instrumento que contribua para o trabalho do professor especialista e não especialista no desenvolvimento da Educação Musical na Educação Básica e, sobretudo na Educação Infantil. O presente trabalho descreve a importância e a influência da música para a humanidade, o fascínio que causa para a criança, a descoberta da inteligência musical e a aprendizagem no nosso país. Em seguida, mostra como a vivência da música na sala de aula pode ser prazerosa. Espera-se que este trabalho venha suprir as expectativas de todos.
A importância da música
É difícil pensar na história da humanidade sem música, pois esta sempre esteve presente de alguma forma influenciando e fluindo do homem, como fenômeno físico e psicológico. Hoje já se têm à disposição avançadas pesquisas científicas que consideram a música como uma força fisiopsicológica, uma ferramenta auxiliar da educação, de tratamentos recuperativos, integrando programas de desenvolvimento de condições físicas e mentais do indivíduo. Papiros médicos egípcios datados de 1500 anos a.C., já se referiam acerca da ação da música sobre o homem, retratando o encantamento da música sobre as mulheres, estimulando sua fertilidade. A Bíblia relata sua aplicação terapêutica, quando narra, no livro de Samuel, a história do rei Saul que quando atormentado por um espírito mal, chamava o músico Davi, que tocando sua harpa, afastava o tal espírito de Saul, acalmando-o. A arte musical era muito valorizada na cultura grega, filósofos como Platão e outros pensadores, foram os primeiros a ter uma “visão científica”, pesquisando a música sem um caráter místico. Para a cultura grega a música “era ordem, equilíbrio, harmonia, fruto da razão e da ordem intelectual que procuravam encontrar no mundo, usando entre outras coisas, para a catarse de emoções, contribuindo para o bem estar do indivíduo” (SEKEFF, 2002, p.93). Acreditavam que a música desempenhava papel importantíssimo na recuperação do indivíduo, para curar, para prevenir doenças físicas e mentais, para educar e também para aquietar o erotismo das mulheres cujos maridos estivessem na guerra. Com o Renascimento, o estudo da música como um recurso de saúde e comunicação toma um caráter racional, e desde então muito se tem descoberto sobre ela. No decorrer dos séculos, filósofos, médicos, psicólogos, teóricos, tentaram explicar o mecanismo de nossas respostas à música, constatando-se sempre quão difícil é dissociar, nessas respostas, os efeitos fisiológicos dos psicológicos (e vice-versa).Os pesquisadores oscilam entre duas teorias: a primeira afirma que a música afeta primordialmente as emoções e desperta estados de ânimo que acabam atuando sobre o corpo; ou seja, o movimento vai do psicológico ao fisiológico. A segunda defende o processo inverso, em que o movimento vai do fisiológico ao psicológico. Esta segunda teoria é compartilhada pela filósofa contemporânea Susan Langer, para quem a excitação nervosa origina a emoção. (SEKEFF, 2002, p.108) O que nos interessa, no entanto, é compreender que a música exerce uma influência no ser humano tanto por sua condição de vibração sonora (fisiológica), quanto por seu caráter de influência no estado de ânimo das pessoas. O som e o ritmo movem o ser humano desde sua fase intrauterina. Vários pesquisadores comprovaram que a música atua em nossas funções orgânicas, influenciando o nosso metabolismo. Seus 4 ENSAIOS PEDAGÓGICOS Revista Eletrônica do Curso de Pedagogia das Faculdades OPET ISSN 2175-1773 – Junho de 2014 estímulos conseguem interferir na respiração, circulação, digestão, oxigenação, dinamismo nervoso e humoral, marcha das operações mentais; induz a reações positivas e negativas e cria a consciência do movimento (como Dalcroze assinala). Tem ação em nossa capacidade de trabalho, estimula ou enfraquece nossa energia muscular, reduz e retarda a fadiga, favorece o tônus muscular (como pesquisou a fisiologista Fere). Segundo Susan Langer, há relações entre música e ritmo humano, pulso e tempo musical. Ouvindo música pode-se experimentar a sensação de estar executando movimentos rítmicos, ou seja, a música pode estimular em nossa mente imagens sinestésicas, imagens de movimentos que parecem reais. A música alimenta nosso poder de atenção e também se constitui num recurso contra o medo e a ansiedade. A música satisfaz algumas necessidades, permitindo ao indivíduo viver uma experiência que envolve fantasia e realidade, como é o caso da identificação do adolescente com o rock. Ela é também um ótimo recurso de catarse, favorecendo a liberação de emoções e sentimentos que são difíceis de expressar verbalmente, e ao mesmo tempo ela age como facilitadora de comunicação, por meio do qual o indivíduo consegue falar de si e de suas emoções. A música estimula a criatividade, e nas pessoas criativas a sinestesia tende a ser mais intensa. Ao mesmo tempo, acredita-se que um elevado potencial sinestésico parece desenvolver maior capacidade de memorização. A música estimula a inteligência de nosso “cérebro emocional”, do “cérebro racional” (neocórtex) e do “cérebro sentimental” (sistema límbico), todos integrantes do córtex, com funções diferentes. Além disso, sua prática estimula nosso equilíbrio afetivo emocional, propiciando um sentimento de bem estar, de calma e relaxamento.
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