A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES MATEMÁTICO
Por: Fernanda Hirata • 22/11/2016 • Artigo • 1.801 Palavras (8 Páginas) • 413 Visualizações
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES MATEMÁTICO 3.2 PROVINHA BRASIL 3.3 EXPLORANDO JOGOS MATEMÁTICOS 3.3.1 Conhecimentos prévios 3.3.2 Desenvolvimento e habilidades 3.3.3 Estratégias na resolução de situações problemas 4 METODOLOGIA 5 RESULTADOS E DISCUSÃO 6 CONCLUSÃO REFERENCIAS APÊNDICES E ANEXOS |
OBJETIVOS
GERAL:
- Desenvolver estratégias para resolução de situações-problemas com a utilização de jogos, fazendo com que os alunos tenham uma aprendizagem mais significativa, relacionando a teoria com a prática.
ESPECÍFICOS:
- Utilizar os conhecimentos prévios dos alunos na realização das atividades;
- Reconhecer conceitos matemáticos e sua aplicabilidade;
- Possibilitar o desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas com a utilização de jogos;
- Identificar as operações matemáticas na resolução de problemas;
- Desenvolver o raciocínio lógico através da resolução de problemas;
- Desenvolver diferentes estratégias para resolução de problemas;
- Compreender a finalidade dos jogos para com os conteúdos de matemática;
- Compreender as situações-problemas, partindo de vivências significativas por meio de jogos.
REVISÃO DE LITERATURA
3.1 A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES MATEMÁTICO
Para compreendermos melhor o jogo como recurso essencial para o desenvolvimento da matemática, faz se necessário abordar alguns dados sobre a educação como processo de ensino aprendizagem.
Observa-se então que o ensino passou por diversas etapas até alcançar a educação atual, como descreve FIORENTINI e MIORIM (2004), até o século XVI, a educação das crianças era estruturada na ideia de que a capacidade de assimilação da criança era idêntica a do adulto, desta forma, a criança era considerada um adulto em miniatura. A escola tinha como concepção, submeter severas disciplinas, transmissão de conhecimentos e formação da moral. A aprendizagem era considerada passiva consistindo basicamente em memorização de regras, fórmulas, procedimentos ou verdades localmente organizadas.
Para o professor desta escola (cujo papel era o de transmissor e expositor de um conteúdo pronto e acabado) o uso de materiais e objetos era considerado pura perda de tempo, uma atividade que perturbava o silêncio ou a disciplina da classe.
A partir do século XVIII passou-se a ter uma nova visão da educação, alterando-se significativamente a maneira como as crianças eram vistas, passando a serem entendidas como seres que precisam de cuidado, escolarizado e preparado para vida futura. Considerando a educação como um processo natural do desenvolvimento da criança, valorizando os aspectos biológicos e psicológicos, como cita KRAMER (2009):
A escola torna-se um espaço de desenvolvimento integral da criança, possibilitando desenvolver-se por meio da diversidade de relações que cria com o mundo e outras pessoas, tornando assim, a escola um lugar essencial para a brincadeira, a liberdade, a autonomia, a leitura e o movimento, sendo um lugar de encantamento e prazer.
Tendo em vista esse novo conceito de educação, observa-se que a utilização de jogos matemáticos é um dos métodos onde se aprende brincando, pois ao mesmo tempo em que trabalha conteúdos matemáticos, trabalha-se também o raciocínio lógico dos procedimentos, capacidade de resolver problemas, entre outros; pois se trata de uma atividade dinâmica que os coloca em movimento e ação, onde a prática (concreto) torna a teoria (abstrato) significativa.
Segundo JOSEPH, in KAMI (2005, p. 97).
A aritmética é aquilo que as crianças constroem a partir de suas experiências de vida real, e não algo que é colocado nas suas cabeças por meio de livro didático. (...) não é só durante as aulas de matemática, temos de estimulá-las a criar relações entre as coisas e estar alertas e curiosas do começo ao fim do dia.
Para BICUDO e SILVA JUNIOR (1999), é indiscutível o papel do adulto como mediador das descobertas das crianças, onde a escola torna-se um ambiente de interação, com práticas educativas de qualidade que visam o desenvolvimento integral da criança, sendo que o educar significa propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagens de forma orientada, levando em consideração os contextos sociais, ambientes, culturas e linguagens no qual o aluno esta inserido.
Deste modo, é importante valorizar o momento da brincadeira do educando, pois se observa que as mesmas contribuem de forma significativa na aquisição do conhecimento, auxiliando no processo de aprendizagem, como relata KRAMER (2005), “a historia vivida é preciosa, a teoria, os estudos, as discussões se misturam, se costuram aos conhecimentos vivenciais aos saberes que vem da prática”.
No mundo do brinquedo e dos jogos o educando aprende a ditar regras, comandar uma nova realidade, estabelecer normas, tornar-se criador, capaz de estabelecer múltiplas relações de forma significativa.
O jogo, em seu sentido integral, é o mais eficiente meio estimulador das inteligências, pois o espaço do jogo permite que a criança realize tudo quanto deseja, tornando-a protagonista do conhecimento adquirido. Constroem possibilidades, por meio das relações de interação estabelecida entre a criança com as outras pessoas e o mundo.
Assim, o ensino da matemática por meio de jogos deve priorizar o avanço do conhecimento perante situações significativas de aprendizagem, desenvolvendo habilidades nos eixos: números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. Além disso, os jogos proporcionam a interação social, permitindo a construção de opiniões e situações de confronto, onde conceitos e princípios irão se formar.
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