A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO PROCESSO DA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

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FACULDADES INTEGRADAS DE VÁRZEA GRANDE FIAVEC

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO PROCESSO DA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

SANTOS, Simone da Silva

SOUZA, Vanessa Ferreira de

RESUMO

Brincadeiras fazem parte da vivência de mundo das crianças. O presente artigo aborda a importância do psicopedagogo utilizar a ludicidade no processo de ensino e aprendizagem das crianças que apresentam algumas dificuldades na aquisição do conhecimento. O lúdico possibilita as crianças desenvolverem a percepção e a imaginação do mundo que os cercam, além de estabelecer relações sócias e construir conhecimentos, proporcionando uma aprendizagem significativa durante a troca de saberes.

PALAVRAS – CHAVES: Conhecimento, atividades lúdicas e aluno.

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais é de suma importância que o educador procure métodos educativos para transformar o ensino de forma mais atrativa aos alunos, tornando o conhecimento significativo aos estudantes.

As atividades lúdicas proporcionam ao ensino maiores possibilidades de auxiliar o aprendizado dos discentes de uma forma mais criativa, de fácil entendimento, se adequando a realidade cotidiana do aluno, além do caráter de diversão, uma vez que são realizadas dinâmicas e jogos.

Neste sentido, ao trabalhar com crianças, ainda mais em casos com dificuldade de aprendizagem, é primordial que o docente esteja capacitado para auxiliar tanto a criança como também a sua família. Desta maneira a utilização do lúdico é uma metodologia que vem favorecer o método de ensino e aprendizagem.

Verificar a contribuição da educação lúdica no desenvolvimento das habilidades e competências da criança, principalmente em casos com dificuldade de aprendizagem, são atribuições do psicopedagogo nas intervenções educativas.

Este projeto visa analisar teoricamente a importância da ação lúdica no desenvolvimento da criança que apresenta problema de aprendizagem, apontando o papel do psicopedagogo nas intervenções psicopedagógicas.

Nesta ação, serão objetivos específicos: definir dificuldade de aprendizagem, comparar o método tradicional com o construtivista e definir o papel da psicopedagogia no atendimento da criança com dificuldade de aprendizagem.

1. JUSTIFICATIVA

Na década de 60, baseado nos PCNs (BRASIL, 1998), a Educação Brasileira era tomada pelo método tradicional de ensino, onde o conhecimento era “transferido” aos alunos por meio da reprodução de informações e conceitos repassados pelos professores.

Em relação à ação lúdica, o brincar era visto nesse período como maneira de passar o tempo, sem ter uma educação direcionada aos objetivos educacionais. Diante das pesquisas teóricas atuais, a educação lúdica passa a ser vista como instrumento de ensino e aprendizagem de forma atrativa e prazerosa, meio facilitador no qual o educador deve ater em sua prática pedagógica, propiciando a criança com dificuldade de aprendizagem em construir o saber de forma significativa.

1. METODOLOGIA: LEVANTAMETO DE LITERATURA

Para CRUVINEL (2009), o psicopedagogo permite observar a importância de buscar sabedoria e teoria o qual estabelece a prática, estudo do sujeito e processo de aprendizagem e seu desenvolvimento perante múltiplos fatores que interferem para que um aprendiz tenha sucesso no desenvolvimento da aprendizagem.

Segundo LAROUSSE 1982, P.3

As palavras jogo, brincadeira, brinquedo e lúdico se apresentam num sentido mais amplo. Por isso, a necessidade de definir esses termos: Brincadeira basicamente se refere à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada; Jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras; Brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar; já a Atividade Lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores.

Brincar é uma atividade que facilita o desenvolvimento físico, cognitivo, psicológico, estimula o desenvolvimento intelectual, possibilita as aprendizagens (MODESTO e RUBIO, 2014).  

Para SCALZER e SILVA (2016), o psicopedagogo deve ter a consciência de observar o indivíduo como um todo: coordenação motora ampla, aspecto sensório motor, dominância lateral, desenvolvimento rítmico, desenvolvimento motor fino, criatividade, evolução do traçado e do desenho, percepção espacial e visível motora, relação espaço temporal aquisição e articulação dos sons, elaboração e organização mental, atenção e coordenação, bem como expressões, aquisição de conceitos e, ainda, desenvolvimento do raciocínio lógico matemático.

Através dessas observações será mais fácil diagnosticar a dificuldade, podendo adequar os conteúdos conforme a necessidade de cada um, possibilitando uma melhor aprendizagem e desenvolvimento do aluno. 

É na infância que desencadeia/desperta a vontade de brincar, através da música, o brinquedo e os jogos propicia a criança a entender o mundo real através das ações imaginárias, ou seja, através da ação lúdica, desenvolvendo assim potencialidades e inúmeras habilidades. Nessa fase, o individuo poderá imaginar, criar, recriar e associar esse novo conhecimento e desenvolvendo novas habilidades de forma atrativa e prazerosa (CORRÊA e BENTO, 2009).

Segundo Modesto e Rubio (2014), o lúdico, ferramenta importante na construção do conhecimento, estimula a criança enquanto trabalha com material concreto, jogos, ou seja, tudo o que ela possa manusear refletir e reorganizar; a aprendizagem acontece com mais facilidade e entusiasmo, pois ela aprende sem perceber, aprende brincando.

        Para Piaget (1975) e Winnicott (1975), conceitos como jogo, brinquedo e

Brincadeiras são formadas ao longo de nossa vivência. É a forma que cada um utiliza para nomear a sua brincar. No entanto, tanto a palavra jogo quanto a palavra brincadeira podem ser sinônimas de divertimento.