A INCLUSÃO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA
Por: 151850 • 17/8/2019 • Trabalho acadêmico • 5.146 Palavras (21 Páginas) • 140 Visualizações
A INCLUSÃO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA
As metodologias são inclusivas?
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo principal de elucidar o processo inclusivo e seus pressupostos no processo educativo, sem perder de vista a discussão sobre a prática pedagógica. Embora esteja presente no cenário educativo enquanto discurso, há muito que se evoluir para que as práticas pedagógicas contemplem a todos os alunos. Por isso, irá discutir sobre os pressupostos que deem nortear o planejamento para que as diferenças sejam incluídas e a todos seja garantido o direito de aprender e se desenvolver. Pois, o processo de inclusão é algo muito discutido e que alguns casos tem apresentado resultados não muitos satisfatórios: as crianças não têm conseguido aprender, não se tem metodologias adequadas, falta conhecimento, os ambientes não estão adequados. Nesse sentido, faz-se mister discutir para melhor compreender a inclusão, fazendo-a de fato acontecer no processo educativo. Para melhor compreender tal situação, o trabalho foi desenvolvido com a metodologia de pesquisa bibliográfica, onde se buscou levantar e contextualizar a fala dos principais teóricos no assunto, sem perder de vista a questão da função docente enquanto responsável por pensar e executar as práticas nesse cenário.
Palavras-chave: Inclusão. Prática. Pedagógica. Diferença.
1 INTRODUÇÃO
A sociedade na atualidade se estrutura de uma forma em que é impossível ignorar a existência da diversidade e o respeito que se deve ter por ela, entendendo que cada ser humano é diferente e tem o direito de manifestar essa diferença em seu contexto social.
Neste cenário, a escola precisa ser repensada e ressignificada, contemplando no fazer pedagógico a diferença. Mas, quando se fala em inclusão, é preciso ter em mente que a escola de certa forma pratica a exclusão, por exemplo, quando elege uma metodologia como adequada, como um único caminho pelo qual é possível se aprender. Neste sentido, ignora-se que é na escola e no direito à uma educação de qualidade que todos os sujeitos se tornam iguais, podendo compartilhar das mesmas oportunidades.
É neste sentido que este trabalho se torna relevante, uma vez que ele pretende entender como a diferença é trabalhada em sala de aula, quando ela se traduz em deficiência específica, ou se existe um padrão no qual todos devem encaixar-se. Pretende trazer elementos que possam estar esclarecendo a forma pela qual a inclusão é concebida e mais que isso, chamando a atenção do professor para a responsabilidade social que ele tem com o seu aluno.
2 A PROPOSTA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Segundo Vargas (2003, p.63), a Educação Especial sempre esteve voltada à educação de pessoas consideradas deficientes e, muitas vezes, essa proposta de diferenciar tais pessoas com “especiais” reforçou preconceitos e as colocou numa “vala comum” – os deficientes, como se todos fizessem parte de um grupo homogêneo.
...