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A INCLUSÃO ESCOLAR: COMO FAZER?

Por:   •  27/4/2016  •  Resenha  •  1.895 Palavras (8 Páginas)  •  432 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA[pic 1]

FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL

APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

PROF. MARIANE PEREIRA

NOME: PALOMA PAULA BARBOSA RODRIGUES

CAPITULO 3

INCLUSÃO ESCOLAR: COMO FAZER?

Neste capítulo discute as condições que colaboram para que as escolas se tornem ambientes educacionais realmente inclusivos. Na qual a autora ressalta-se que é típico de uma escola felicitar que todas as crianças são bem-vindas, indiscriminadamente. Argumenta-se que não há inclusão, quando a inserção de um aluno é dependente à matrícula em uma escola ou classe especial e que esta não está acontecendo corretamente devido à falta de políticas públicas de educação apontadas para esses novos rumos, por pressões corporativas, ignorância dos pais ou por acomodação dos professores.

É necessária uma mudança no âmbito escolar para revolucionar os sistemas educacionais, a fim de obter uma educação mais humana e democrática. A democracia da educação para todos, se ratifica nos sistemas educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas nos alunos com deficiência. No entanto, é necessária uma reestruturação especialmente nas turmas de nível básico, pois a escola assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada.

         A autora relata que é muito criticada pelo seu radicalismo, ao condenar as medidas pelas quais as escolas têm reagido às diferenças. Na qual destaca-se um momento em que presenciou, quando estava ministrando uma palestra, onde um professor tomou a palavra e disse se a escola a que a professora está se referindo não é uma utopia? Uma fantasia, ou melhor, a escola ideal? Nós enfrentamos todos os dias a realidade das nossas escolas e acho que estamos falando de escolas muito diferentes, não acha?”

Mesmo sendo criticada a autora enfatiza que é necessário mudar a escola e mais precisamente o ensino nelas ministrado e para essa mudança a escola terá algumas tarefas fundamentais. A reorganização das escolas depende das ações que estão no projeto político-pedagógico, na qual este é uma ferramenta importante para que as diretrizes gerais da escola sejam projetadas efetivamente e com responsabilidade. O projeto político-pedagógico contempla a comunidade escolar em todo sobre os recursos, humanos e materiais, de que a escola dispõe.

O estudo das disciplinas deve-se partir das experiências vividas pelos alunos, para chegar aos conhecimentos adequados. A inclusão não prevê a utilização de métodos e técnicas de ensino específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta essa condição e explorará favoravelmente as possibilidades de cada um. Há um grande desafio a ser enfrentado quando é proposto reorganizar as escolas, cujo padrão é meritocrático, elitista, condutista, e baseado na transmissão dos conhecimentos, não importa o quanto estes possam ser compreensíveis ou não aos alunos. Só o aluno que se adapta ao novo conhecimento e só ele que pode regular o processo de construção intelectual, mas a maioria dos professores não pensa assim e nem é alertada para esse fato e se apavora, ao receber alunos com deficiência ou com problemas de aprendizagem em suas turmas, pois presume que o ensino inclusivo lhes exigirá muito.

Uma mudança que é necessária no espaço escolar é a individualização das tarefas, pois é necessário que os alunos se apóiem mutuamente, nas atividades de sala de aula e também é necessário a reorganização administrativa e os papéis desempenhados pelos membros da organização escolar, na qual é necessário que promova uma maior autonomia pedagógica, administrativa e financeira de recursos materiais e humanos das escolas, por meio dos conselhos, colegiados, assembléias de pais e de alunos.

Para ensinar a turma toda, é necessário partir que os alunos sabem alguma coisa, e que todos podem aprender, no tempo e do jeito deles. Também é importante que o professor possua uma esperança que os alunos progrediam e que sempre buscam meios que possam ajudá-los a vencer os obstáculos escolares. Portanto, é necessário ensinar, atendendo às diferenças dos alunos, mas sem diferenciar o ensino para cada um, abandonando o ensino transmissivo e adotando uma pedagogia ativa, dialógica, interativa, integradora, que se contrapõe a toda e qualquer visão individualista.

O ponto de partida para se ensinar a turma toda, sem diferenciar o ensino para cada aluno ou grupo de alunos é entender que a diferenciação é feita pelo aluno, ao aprender e não pelo professor, ao ensinar. Alguns processos pedagógicos indicados para a realização das atividades escolares são: debates, pesquisas, registros escritos e falados, observação e vivências. Para se ensinar a turma toda deve-se ir contra certas práticas aprovadas nas escolas, pois estas se configuram no ensino para alguns alunos, e por isso que a exclusão aumenta, atingindo a todos os alunos, não apenas os que apresentam uma dificuldade maior de aprender ou uma deficiência específica.

As desigualdades tendem a se aumentar quanto mais especializa o ensino para alguns alunos. Não se pode imaginar uma educação para todos, constituindo grupos de alunos por séries, por níveis de desempenho escolar ou quando encaminhasse os que não cabem em nenhuma dessas determinações para classes e escolas especiais, estas ações só aumentam as diferenças, acentua as desigualdades, justificando o fracasso escolar, como problema do aluno.

A maioria dos professores tem uma visão de trabalho própria, na qual quando é proposta uma mudança na sua metodologia, se recusa por medo de não “dá certo” e por estar acostumado com sua própria pratica docente, por isso, é notório que inovações educacionais como a inclusão abalam a identidade profissional. O professor que concebe e participa da caminhada do saber com seus alunos consegue entender melhor as dificuldades e as possibilidades de cada um e provocar a construção do conhecimento com maior adequação. Os diferentes conhecimentos que os alunos atribuem a um dado objeto de estudo e as suas representações vão se expandindo e se relacionando e revelam, pouco a pouco, uma construção original de idéias que integra as contribuições de cada um, antes. O professor deve garantir a liberdade e a diversidade das opiniões dos alunos e deverá ficar atento à singularidade das vozes que compõem a turma, promovendo o diálogo entre elas, contrapondo-as, complementando-as.

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