A Importância de se trabalhar diferentes gêneros discursivos com os alunos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA

INSTITUTO DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO – ICED

LETRAS 2017

Trabalho de Campo: Entrevista com Professores da Escola Almirante Soares Dutra.

Santarém – Pará

2017

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BELLISA SANTOS CAMPOS

FELIPE PEDROSO VIEIRA

GABRIELE DOS SANTOS SILVA

ROSICLEI MONTEIRO DE CASTRO

Trabalho de Campo: Entrevista com Professores da Escola Almirante Soares Dutra.

Trabalho apresentado ao curso de Letras da Universidade Federal do Oeste do Pará, como requisito de nota parcial na disciplina Interação na Base Real - IBR, ministrada pelo professor Leonel Mota.

Santarém – Pará

2017

Questionário com resposta dos professores

1. Qual é sua Formação?

R: Eu sou graduada em Letras, tenho especialização em gestão educacional e tenho mestrado em educação, áreas totalmente diversas né? Graduação, especialização e mestrado, mas enfim essa é a minha formação.

1. Na sua formação houve uma preocupação em se trabalhar práticas educativas referentes ao ensino da leitura?

R: Nós tivemos uma disciplina, mas assim, a disciplina foi muito deficiente, praticamente o professor colocava textos pra gente lê e comentar, então eu não considero isso prática alternativa pra se trabalhar em sala de aula por que todo mundo faz isso, o que eu faço hoje é tentar despertar no aluno o gosto pela leitura como eu te disse, a gente comete muitos erros no início, então praticamente forçava eles a ler os clássicos, achando que eles iam se interessar pela leitura dos clássicos, depois eu parei para pensar e falei como é que eu posso indicar um clássico da literatura para os meus alunos quando eu também achava chato na adolescência lê esses clássicos, então é preferível deixar eles lerem o que gostam, estimular essa leitura que depois despertam outros gostos por outros gêneros.

1. Para o Senhor (a) qual a importância de se trabalhar diferentes gêneros discursivos com os alunos?

R: Nossa, extremamente necessário, hoje nós vivemos assim os gêneros praticamente que constantemente se você for vê você trabalha a notícia, reportagem, charge, história em quadrinhos os alunos muitos deles nem sabem que se trata de gêneros diversos, mas aí depois que você direciona, olha isso aqui é um gênero narrativo é ou um texto argumentativo dissertativo, um artigo de opinião, por exemplo, você vai trabalhar a estrutura aí você mostra pro aluno a necessidade que ele tem se for, por exemplo, trabalhar a questão da produção textual os alunos acham que não é importante trabalhar a narração e a descrição por quê? Porque eles novamente voltando a questão do ensino médio eles estão atentos pro ENEM então eles só querem produzir textos argumentativos, mas não esquece que pra produzir um texto descritivo narrativo, dentro da tipologia textual ele precisa de ideias então para você ter ideias você precisa também de leitura, então leituras é extremamente necessária, aí você trabalha leitura de gêneros, estudos dos gêneros também é importantes não só no ensino médio mais a partir do ensino fundamental também porque já é o primeiro contato que o aluno tem principalmente os gêneros menores que são as histórias em quadrinhos, as charges, as tirinhas que muitos dos alunos do ensino fundamental acham que a história em quadrinhos é só pra entretenimento, que na verdade tem muita coisa ali por trás nas entrelinhas além das linhas, um contexto a leitura de mundo, que as vezes ele só vai descobri quando chega no ensino médio, com uma segunda leitura que nós chamamos de releitura por isso estudo dos gêneros é extremamente importante  não pode deixar passar batido no ensino da língua portuguesa de jeito nenhum.

1. Em sua opinião o que o aluno precisa saber quando interpreta um texto?

R: ele precisa saber lê o texto, gente lê o texto é fundamental eu não tô falando de decodificar o texto, estou falando de lê é você observar todas as informações que o texto trás aquilo que tá além do texto, ou uma segunda leitura, é uma releitura, é a questão da leitura é extremamente importante,  você pede para o aluno lê ele faz aquela decodificação uma coisa meramente, vamos dizer mecânica e superficial quando você lança uma pergunta que exige dele um raciocínio de interpretação ele faz a outra leitura voltada para aquela pergunta, ai ele começa a fazer aquela leitura que nós chamamos leitura mesmo do texto, onde ele vai começar a buscar as referencias, as informações, onde ele descobre quem é o autor, qual é a visão que aquele autor pode trazer né? o que eu sei desse autor, qual é o ponto de vista que ele pode ter trazido no texto, então a leitura por si ela é extremamente importante, mas também precisamos ensinar o aluno a lê, porque a escola se preocupa em ensina a decodificação do aluno, mas ensinar a leitura é muito difícil, não é fácil não,  por que? Porque exige de você uma série de informações você precisa levar o aluno a conhecer o autor, nossa, mas o autor, a gente só trabalha a literatura, ai eu vou vê, por exemplo, um Machado de Assis, Mas quem é Machado de Assis? O que ele trás o Machado de Assis? Quais são as leituras? Em quem ele se inspirou? Qual o contexto que ele apresentou a obra dele? Quanto mais informações nós tivermos sobre o autor, sobre a produção dele mais fácil se torna a leitura.

1. De que maneira o Senhor (a) trabalha a linguagem escrita com seus alunos e quais gêneros?

R: Ah como eu falei para vocês o estudo dos gêneros são extremamente importante, a gente trabalha do 1º ao 3º ano do ensino médio os gêneros mais diversos né? do conto a crônica, a bula do remédio a receita culinária, né? bem variado eu sou bem eclética em relação ao estudo dos gêneros, e sempre trabalho com eles é claro que aqueles gêneros menores eu deixo para o 1° ano a gente vai fazendo uma seleção de acordo com o nível de ensino do aluno, a gente vai é extrapolando o gênero por exemplo, o 3º ano é artigo é, artigo de opinião, carta argumentativa, mais o gênero argumentativo,  é a modalidade argumentativa né? Porque ele está mais preocupado com a questão do ENEM, o 2º ano também, o 3º ano é mais o gênero narrativo, o 1º  mais o texto narrativo, descritivo então a gente vai trabalhando com gêneros voltados para isso aí, geralmente eu peço para eles fazerem a pesquisa explicar o que entenderam, trazer exemplos ai a gente vai explorando na sala esses gêneros, fica uma coisa bem interessante as vezes, as vezes ele fazem Datashow, fazem cartazes, trocam informações dos gêneros então acaba se tornando uma aula mais atrativa, do que você  levar lá pro quadro e dizer olha essa crônica é formada por isso, por isso e por isso, isso aqui é um exemplo de crônica, é um texto curto uma situação corriqueira do dia a dia, ele mesmo percebe a partir do momento que ele faz a pesquisa que a gente explora com eles na sala de aula.