A Lingua Linguagem e Sociedade

1 - LÍNGUA, LINGUAGEM E SOCIEDADE

1.1 – Língua E Fala

1.1.1 - O caráter público da língua

A língua é um conjunto de sinais e de palavras por meio da qual as pessos se comunicam e interagem. Deste modo a língua, de fato, sempre será estipulada como uma atividade realizada pelos seus falantes, todos que vivem em sociedade aprendem e dominam a construção verdadeira do ato da fala e aos poucos a língua vai sendo estabelecida pelo meio social que vive dentro da comunidade. Informamos portanto, que a língua é e sempre uma ferramenta de comunicação, a língua, além de ser um conjunto de comunicação dos falantes, também é estabelecida pelo sistema de signos vocais e, sobretudo, signos que fortalecem os membros de uma comunidade. A língua é exterior aos seres e, por isso, estes não podem cria-la ou converter individualmente. A língua portuguesa pertence a todos que dela utilizam. Nessa definição, não há como deixar de declarar a língua como um bem público. (TERRA, 1997). Para Saussare (1975, p. 17): “A língua estará socialmente ligada com a linguagem, ela é a necessidade de convenções para o exercício da linguagem, pois a língua permite a construção de exercício no uso da fala por vários falantes.”

1.1.2 - O caráter privado da fala

De acordo com Terra (1997), por ser um bem exclusivo, a fala é um ato pessoal: Cada falante tem o controle da língua que fala e, em virtude disso, pode usá-la como bem lhe aprouver dentro das regras estabelecidas pelo contrato coletivo ajustado com os demais falantes.

1.1.3 – Língua Oral e Língua Escrita

A comunicação é realizada através da linguagem oral ou pela escrita, embora a língua seja a mesma mas diferente pelo fato comprovado que ninguém fala como escreve ou vice-versa.

A escrita apareceu em estágio mais avançados da civilização, mas até os dias atuais existem línguas ágrafas, isto é sem escrita. A linguagem escrita mantem convívio indireto entre quem escreve e quem lê, o que a torna mais abstrata. Ocorrendo a necessidade de ser mais elaborada exigindo grande esforço para a obediência as regras gramaticais. Seu léxico é mais apurado e conservador (ANDRADE, HENRIQUES, 2010).

A linguagem oral é anterior à escrita, mas esta, através dos tempos, adquiriu prestigio que supera o da oralidade. Algumas especialidades da linguagem oral tais como inflexão, timbre altura, ênfase, pausas, velocidade da declaração e muitas outras, são impossíveis de ser representadas graficamente.

1.2- Linguagem

Segundo, Terra (1997, p.12), “Damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicaçaõ.” Já Fernandes (1998) diz que a linguagem pode ser considerada como uma comunicaçaõ natural ou artificial, ela é ao mesmo tempo uma função da aprendizagem da pessoa, ou seja, o individuo vai vivendo em uma sociedade e aprendendo linguaguem e passando por uma transformaçao. Nesse contexto, dizemos que a linguagem não é definida apenas como uma forma de se comunicar, mais ao mesmo tempo, é uma forma dos falantes utilizarem o uso da fala com os demais falantes por meio de palavras e diálogos no uso da organização, o sujeito que utiliza a linguagem produz e transforma grandes conhecimentos na sua vida. A linguagem é expressa como uma maneira de vivência de cada ser humano, no uso da linguagem o indivíduo revela tudo o que existe em seu interior e utiliza as diversas maneiras de comunicar com o seu semelhante no mundo a fora.

1.2.1 - Linguagem verbal e não-verbal

Conforme Martinet (1978), a linguagem verbal é dotada do uso de palavras para atos de comunicaçao, é dividida em duas modalidades tais como escrita e oral. A oral é utilizada quando se tem dois interlocutores frente a frente em comunicação. Já a escrita é usada quando o interlocutor está ausente.

Linguagem não-verbal é o tipo de comunicação que usa sinais não sendo palavras, empregado pelos surdos-mudos. Do mesmo modo, o conjunto de sinais de trânsito, e a placas utilizadas para orientar as pessoas em determinado local constituiem um tipo de linguagem não verbal.

Os simbolos e códigos linguisticos são linguagens não verbais constituintes no cotidiano dos indivíduos, como para deficientes auditvos e na sinalização de transito. É uma liguagem na qual o receptor identifica rapidamente o sinal e tramita para tomar decisão antecipada ou comunicar com outros individuos. O semaforo é um exemplo de linguagem não verbal capaz de intervir na vida do ser humano, de forma tão impressionante, onde o sentido das cores comanda o transito.

Reiman (2010), fala que a comunicação é essencial na evolução, estando presente em cada momento da vida do indivíduo, sendo grandemente poderosa na comunicação não verbal, revelando