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A METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Por:   •  7/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.201 Palavras (9 Páginas)  •  363 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE

Curso de Pedagogia

Luiza Biasotto, RA 6277181985

Vanuza Tinno, RA 6448325060

Elaine Chaparro da Silva, RA 6658351498

Jucilene Andrade, RA 6622338273

Flavia Garcia, RA 6662397878

Rosemeire Siqueira, RA 6662398021

Tatiane Afonso, RA 6824495115

METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Profª Esp. Mônica Costa da Silva

CAMPO GRANDE, MS

2015

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Atividade Prática Supervisionada – ATPS - Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa,  apresentado ao Curso de Pedagogia  do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande, solicitada pela Profª. Esp. Mônica Costa da Silva, como requisito para a avaliação da disciplina Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa

CAMPO GRANDE, MS

2015

Variação Linguística

A autora neste capitulo fala sobre as várias formas de utilização da linguagem falada pelo o individuo e como as fases, região, história e até mesmo condição social pode influenciar nesse modo de falar. Explica a importância para o professor de língua, seja materna, seja estrangeira. A linguagem humana e a sua relação com a sociedade, pois os seres humanos usam a língua para se comunicar viver em sociedade e com ela se relacionar. Ferdinand de Saussure é considerado o pai da linguística por ter sistematizado os estudos linguísticos, principalmente, através da apresentação de uma terminologia que vem explicar os fatos linguísticos de forma precisa e objetiva. Ele escreveu “a linguagem tem um lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro”.

A esse lado social da linguagem Saussure chama de língua, e aquele individual de fala. Temos a língua portuguesa como uma entidade social que todos nós, brasileiros, adquirimos como falantes nativos e que a nós pertence, como nos pertence à identidade de sermos brasileiros. A língua que falamos é a mesma, isto é, todos nós usamos o mesmo sistema linguístico chamado português brasileiro. A fala de cada um de nós é diversificada, individualizada, heterogênea. Uma tendência forte entre os brasileiros é afirmar que falamos toda a mesma língua e que não existem dialetos no Brasil. “A escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização, etc.” (Bagno, 2005, p. 15).

A sócio linguística vem contribuir para a compreensão da língua, por meio de sua relação com a sociedade, de como a língua varia e muda, de acordo com os contextos e os relacionamentos sociais: As línguas servem para a comunicação; As línguas estão estreitamente ligadas aos seus usuários; As línguas variam; As línguas mudam. Saussure escreveu que a linguagem é a soma da língua e da fala, sendo a primeira o código usado por uma sociedade para a comunicação entre seus membros, e a segunda o uso que esses membros fazem desse código. Sendo usada para a comunicação, a língua está estreitamente língua + fala = linguagem.

A variação fonética é a que caracteriza os diversos sotaques existentes no Brasil, que pode acontecer no nível de segmentos, como a consoante exemplificada, ou numa vogal, como a pronúncia da primeira silaba de uma palavra. E esse ritmo varia muito nas diversas regiões do Brasil. Nesse capítulo, também, nos é mostrado como as pessoas tem o costume de classificar a língua, no caso aqui a língua portuguesa, como correta ou errada. Ou ainda que tal região tenha a forma mais correta e outra não. Quando na realidade não existe isso, e sim uma variação linguística de acordo com sua região e contexto na qual o individuo esteja inserido. Outra diferença de linguagem entre as pessoas é a da faixa etária. O falar do jovem é caracterizado pelo uso de gírias especificas da idade, do grupo em que se insere e da época. Outro fator de variação é a linguagem da mulher em relação à do homem.

As pesquisas têm apontado o preconceito para certa crença de que a fala das mulheres reflete fraqueza e insegurança. As pessoas em geral têm formas diferentes de falar, isto é, vocabulário diferente, estrutura gramatical diferente e até ritmo de fala diferente, dependendo, principalmente, da formalidade da situação. Costumam usar uma linguagem informal e menos monitorada quando estão em seu ambiente familiar ou com um grupo de amigos em momentos de lazer. E quando estão em situações mais formais, em ambientes que exigem um determinado comportamento linguístico, monitoram sua fala para se adequar aquele contexto. A autora conclui que não existe o errado, mas sim o diferente. E regra, nesse caso, não significa prescrição, mas uma sistematização linguística do falante de acordo com a variedade de sua comunidade linguística.

O problema de ser diferente não está no fato linguístico, mas nas convenções sociais e culturais da sociedade em que está inserido o falante. E o preconceito linguístico, através do julgamento, da valorização, da desvalorização de uma pessoa pela forma como fala, não acontece só no Brasil e não é recente. Ao lermos o capítulo sobre variação linguística, concluímos que a nossa língua brasileira é muito rica e como hoje estamos conseguindo integrar essa realidade ao nosso dia a dia. Sabemos que ainda existem pessoas com dificuldades em fazer utilização dessas diversas formas de falar e ainda tem muito para se aperfeiçoar. E a linguística está em constante mudança de acordo com a região, fase da vida e história. Sendo assim as pessoas nunca poderão parar de estudar, devem estar sempre agregando os seus conhecimentos para saber ouvir, falar, ler e escrever melhor.

TIPOS DE VARIAÇÃO:

Variação histórica: acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser identificada ao serem comparados dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso, na modalidade. As mudanças podem ser de grafia ou de significado. Variação geográfica: refere-se a diferentes formas de pronúncia, às diferenças de vocabulário e de estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades lingüísticas menores, em torno de centros polarizadores da cultura, da política e da economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região sob sua influência. As diferenças lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas. Variação social: agrupa alguns fatores de diversidade: o nível socioeconômico, o grau de educação, a idade e o gênero do indivíduo. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional. O uso de certas variantes pode indicar qual o nível socioeconômico de uma pessoa, e há a possibilidade de que alguém, oriundo de um grupo menos favorecido, venha a atingir o padrão de maior prestígio.

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