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A Metodologia Cientifica

Por:   •  26/4/2017  •  Resenha  •  3.275 Palavras (14 Páginas)  •  525 Visualizações

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Trabalho De Metodologia Cientifica

Selma Moreira Silveira

Kátia Ferreira Da Costa

                             UEMG

                                      Ituiutaba 2016

  Este trabalho foi tirado do livro de Rampazzo ,Lino.Metodologia Cientifica para alunos dos cursos de graduação e pos graduação: Edições Loyola,2010 (p.31-48)

  1. Desenvolvimento histórico do método cientifico:Bacon, Galileu e descartes.

         

Segundo Rampazzo o conhecimento cientifico é uma conquista recente da humanidade: entre o fim do século XVI e o inicio do século XVII, desenvolve-se uma linha d pensamento que se propõe a encontrar um conhecimento embasado em maiores garantias, na procura do real, ou seja não se busca as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas e sim compreender as relações entre elas.

     Ainda segundo Rampazzo, da mesma forma que muda o objetivo do conhecimento, o método, sistematização das atividades, também sofre transformações.

2-Conte a história de cada um:                                                                                  

[pic 1]

Francis Bacon (1561-1626)

  É considerado um dos fundadores do método indutivo de investigação científica. Atribui-se a ele a criação do lema “ saber e poder”, que indica o objetivo da ciência moderna: colocar as forças da natureza a serviço do homem

   Segundo Bacon, para chegar a conhecimentos científicos úteis, é preciso criticar todos os preconceitos e erros, que ele chama de ídolos, ainda segundo ele os preconceitos são fruto de uma educação e cultura diferente, de uma linguagem não exata ou da obediência a tradição.

    Bacon propõe o uso de três tábuas: A de Ausência, A de Presença e a dos Graus.

     A  “ tabua de presença” indica,com seus circeenstancias,todos os  casos em que aparece um determinado fenômeno por exemplo,estudando o calor,serão estudadas as circunstâncias que acompanham esse fenômeno.

    Na “ tabua de ausência” são indicados todos os casos em que o fenômeno não se verifica.

Por fim, na “tabua dos graus”se indicam os casos em que o fenômeno variou,com “graus” de intensidade diferente por ter  criado esses principais metodológicos,Bacon,pode ser considerado o fundador da indução moderna,ou cientifica.

[pic 2]        GALILEU GALILEI  ( 1564 – 1646 ).

Galileu afirma a necessidade, para o cientista que queira estudar a natureza,de libertar-Se completamente do peso da autoridade do passado,seja no campo filosófico, seja no religioso.

   No campo filosófico, Galileu contesta os “falsos” seguidores de Aristóteles, que se limitam, passivamente, a repetir o que ele disse. Na realidade Aristóteles tinha afirmado o principio da experiência como norteador da pesquisa; e, se estivesse vivo hoje, aproveitando-se de uma experiência mais rica, chegaria a conclusões diferentes daquelas antes sustentadas.

     Quanto a tradição religiosa, Galileu aceita a validade da Bíblia como texto sagrado. Seria, porém, errado atribuir ás declarações da Bíblia um significado científico que eles não têm. Por exemplo, quando a Bíblia afirma que o sol parou (cf.Josué 10,12-15), não quer ensinar que o sol gira ao redor da terra, mas servindo-se da linguagem comum, entende apenas mostrar a intervenção de Deus em favor do povo judaico.

     Galileu dá uma interpretação quantitativa da natureza e, conseqüentemente, indica como meta de pesquisa científica, a descoberta das “quantidades” que se encontram no fenômeno: figura, lugar, tempo e movimento.

      Passando, de um ponto de vista construtivo, a fixar os elementos do método, Galileu sustenta que a pesquisa científica acontece por dois momentos: um analítico e outro sintético.                                                                                                                                      O momento analítico consiste na observação do fenômeno, em sua complexidade,    analisando-o em suas partes e em seus elementos constitutivos.

         O momento sintético que manda “reproduzir” o fenômeno, por meio da experimentação: e, se a hipótese for assim confirmada, vai se transformar em lei.

          O método de Galileu comparado ao de Bacon, tem um caráter decididamente mais experimental. De fato, enquanto a indução de Bacon se baseava essencialmente na observação, Galileu, ressalta a necessidade da Experimentação.

[pic 3]RENÉ  DESCARTES  1596 – 1650

       Descartes sustenta o método matemático-dedutivo (=do geral para o particular), dando início, assim, ao pensamento racionalista moderno.

       No discurso do método (1637), ele ressalta o contraste, quanto aos resultados, que se percebe entre matemática e filosofia. Enquanto a matemática parte de algumas premissas e, destas, deduz rigorosamente toda uma série de verdades, a filosofia parte de hipóteses incertas e chega, conseqüentemente, a conclusões igualmente incertas.

       Convencido, pois, da superioridade do método matemático e do fato de que tudo ode ser reduzido a uma questão de método, Descartes sustenta a necessidade de estender o método matemático também a filosofia. Ele sustenta que os elementos fundamentais do método matemático são quatro: a evidencia, a analise, a síntese e a enumeração.

       Eis como ele expressa estas quatro “regras”.

  1. Regra da evidencia: “não acolher jamais como verdadeira uma coisa que não se reconheça evidentemente como tal, isto é, evitar a precipitação e o preconceito e não e não incluir juízo, senão aquilo que se apresenta com tal clareza ao espírito que se torne impossível a dúvida”.
  2. Regra de análise: ”Dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quantas necessárias para melhor resolvê-las”.
  3. Regra da síntese: “Ir do mais simples e singelo ao mais complexo”.
  4. Regra da enumeração: “Realizar sempre enumerações tão cuidadosas e revisões tão gerais que se possa ter certeza de nada haver omitido”

Fixadas essas “regras”, Descartes elabora seu sistema filosófico, colocando o fundamento do conhecimento e da verdade na “razão” humana (daí o termo “racionalismo”).Base desse sistema è o “Cogito, ergo sum”(=Penso, logo existo).De fato, diante de todas as dúvidas e erros que o homem pode cometer, ele não pode duvidar da sua existência, pois a “razão” apresenta esse fato como “evidente”.

   No “cogito” de Descartes não se afirma apenas a nossa existência, mas também a “natureza do nosso eu”. “Eu penso”, por isso “eu sou um ser pensante”.

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