A Neurociência na Educação: Desafios e Conhecimento
Por: Dany2 • 10/4/2018 • Projeto de pesquisa • 2.385 Palavras (10 Páginas) • 288 Visualizações
INTRODUÇÃO
Apesar de inteligente, nosso cérebro é extremamente preguiçoso, por isso, devemos tirá-lo da zona de conforto, atendendo sempre a três requisitos: novidade, variedade e grau de desafio crescente. Assim estaremos estimulando o desenvolvimento de novas sinapses e a produção de neurotrofinas, que aumentam a quantidade e qualidade das sinapses, ampliando a capacidade de processamento, de aprendizagem e a reserva cognitiva do cérebro.
É através da neuroplasticidade cerebral que o nosso cérebro tem a capacidade de se modificar sempre que um novo aprendizado acontece. E é a partir da metacognição que temos consciência dos processos que utilizamos para aprender e orientar as decisões apropriadas sobre quais estratégias utilizar em cada tarefa e, ainda, avaliar a sua eficácia, alterando-as quando não conseguimos os resultados desejados.
Ferramentas para a estimulação cognitiva proporcionam benefícios em curto prazo, relacionados a ganhos de desempenho e superação de dificuldades como TDAH, ansiedade, insegurança e, benefícios em longo prazo, relacionados à saúde e qualidade de vida, prevenindo o declínio mental.
Pesquisas recentes e teorias de influentes teóricos relatam a importância dos jogos para o desenvolvimento da criança, assim como as dinâmicas e a neuróbica, escolas estão aderindo a novas formas de ensino-aprendizagem, a neuroeducação.
JUSTIFICATIVA
A Teoria de Múltiplas Inteligências, apresentada pelo psicólogo e neurologista Howard Gardner, causou grande impacto na área educacional e, descreve a grande diversidade existente de talentos e estilos de aprendizagem, desmistificando assim a teoria que só existe uma única inteligência a ser desenvolvida, o raciocínio lógico-matemático. Hoje já existem estudos científicos e ferramentas para desenvolver essa e outras habilidades trabalhando o cérebro de maneira equilibrada/harmoniosa e, fortalecer as conexões neurais, que uma vez fortalecidas, beneficiará o aluno em suas atividades na escola, em casa, e até mesmo no trabalho (quando adulto). Essas conexões estão relacionadas às várias habilidades como: a atenção e a concentração, o raciocínio lógico-matemático, a memória e habilidade visuoespacial, além de estimularem o relacionamento intra e interpessoal.
Pesquisas recentes demonstram que, o cérebro nunca para de aprender, com novos aprendizados, o cérebro nunca para de mudar. Desmistificando o que por muito tempo foi dito como verdade, que conforme envelhecêssemos as conexões entre os neurônios se tornavam imutáveis.
Isso só é possível graças a Neuroplasticidade Cerebral que é a capacidade do nosso cérebro de se modificar quando um novo aprendizado se consolida. O nosso cérebro tem a capacidade de se reorganizar e formar novas conexões entre os neurônios. Além dos fatores genéticos, o ambiente no qual a pessoa vive e as suas ações têm um papel fundamental na neuroplasticidade.
Vygotsky inclui alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos é o de Zona de Desenvolvimento Proximal, que se relaciona entre o que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que, ao não conseguir realizar, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente.
Para Philippe Perrenoud, o sucesso e o fracasso escolar não são consequências únicas do ambiente escolar. Para ele a aprendizagem deve preparar o aluno para tomada de decisões fora da escola. Desse modo, cada pessoa, de maneira diferente, desenvolveria competências voltadas para a resolução de problemas relativos à superação de uma situação. É o que chamamos e metacognição.
Segundo o site Método Supera:
“Metacognição é a tomada de consciência das estratégias que cada um usa para aprender. A eficácia da aprendizagem depende da construção de estratégias cognitivas e metacognitivas que possibilitam ao sujeito planejar e monitorar o seu desempenho, isto é, que permitem a tomada de consciência dos processos que utiliza para aprender e orientam as decisões apropriadas sobre quais estratégias utilizar em cada tarefa e, ainda, avaliar a sua eficácia, alterando-as quando não produzem os resultados desejados. É o “aprender a aprender” — o que, por vezes, não tem sido contemplado pela escola. A metacognição pode ainda exercer influência sobre a motivação, pois o fato dos alunos poderem controlar e gerir os próprios processos cognitivos lhes dá a noção da responsabilidade pelo seu desempenho escolar e gera confiança nas suas próprias capacidades”.
Jean Piaget defende que o conhecimento é uma construção que se dá na interação entre um sujeito ativo e os objetos do conhecimento.
“[...] os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas, gerando ainda um sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança (Piaget apud Faria, 1995).”
Segundo Vygostsky,
“o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, que sua curiosidade é estimulada, que adquire iniciativa e autoconfiança; os jogos proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração (Vygotsky, 1989).”
Kurt Lewin desenvolveu a prática de Dinâmica de Grupo como técnica e método educativo de treinar as capacidades humanas, com o objetivo de levar as pessoas a novos comportamentos por meio da exposição, discussão e decisão em grupo.
A estimulação cognitiva
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