A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por: CLAUDETEMACIEL • 8/5/2017 • Projeto de pesquisa • 1.722 Palavras (7 Páginas) • 382 Visualizações
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Catarina da C. Martins
Tutora: Alessandra Menezes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED1492) – Metodologia Cientifica
09/05/2016
RESUMO:
O paper sobre organização do trabalho pedagógico na Educação Inclusiva tem como objetivo analisar a importância dos profissionais da área da Educação em organizar seu trabalho pedagógico em prol de uma educação inclusiva, preparando-se para receber no ensino regular crianças com deficiência. Percebe-se que o trabalho pedagógico dos profissionais da educação assim como o ambiente escolar precisa ser reformulado a fim de receber estas crianças, a partir de atitudes mediadas pelos professores construindo um conhecimento significativo para esses alunos. O estudo centra-se na proposta inovadora de Educação Inclusiva, analisando-a com base nos contextos: social e educacional brasileiro, particularmente, num mundo globalizado, onde as discussões em vez de possibilitarem um avanço, acabam por se tornar mais uma experiência frustrada. O estudo tem como objetivo principal realizar uma pesquisa bibliográfica / exploratória sobre a prática das teorias e propostas do espaço da Educação Inclusiva. Portanto é necessário o aprofundamento no assunto, buscando avanços tecnológicos disponíveis, no sentido de assegurar aos educandos currículo, métodos, recursos e organizações especificas que atendam as demandas solicitadas.
Palavras-chave: Deficiência. Aprendizagem. Inclusão.
1 INTRODUÇÃO
Num momento em que a cidadania enfrenta novos desafios, busca novos espaços de atuação e abre novas áreas por meio das grandes transformações pelas quais passa o mundo moderno, é importante ter o conhecimento de realidade que, no passado, significaram e, no presente, ainda significam passos relevantes no sentido da garantia de uma educação de qualidade para todos.
O direito á educação escolar é um desses espaços que não perderam e nem perderão sua atualidade. Hoje, praticamente, não há país no mundo que não garanta, em seus textos legais, o acesso de suas crianças á educação básica e a educação de qualidade para todos.
Para construir uma escola para todos é preciso facilitar a inclusão educativa e social daqueles que têm características e qualidades de aprendizado diferentes das padronizadas e tradicionalmente esperadas pelas escolas. É preciso considerar que todos correm risco de serem excluídos do processo escolar. A escola precisa renovar seus objetivos e superar a distância entre o discurso das teorias pedagógicas inovadoras e as práticas escolares muitas vezes conservadoras. A questão da inclusão representa um movimento do sistema de ensino que, em princípio, já deveria existir abrangendo as diferenças existentes mesmo entre os não portadores de necessidades especiais.
Quando toda a sociedade mobilizar-se, é que estaremos dando um passo definitivo contra a exclusão e a favor da inclusão. Nós futuros professores devemos nos empenhar na iniciação deste desafio por acreditar que tudo começa na infância. A criança por si só não é preconceituosa, somos nós os adultos e principalmente a sociedade que a envolvemos neste processo, criando barreiras e excluindo-os da sociedade a qual possuem direitos tanto quanto nós, ditos normais.
2 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDÁGOGICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Nunca como hoje ouvimos dizer tanto a respeito de inclusão, especialmente nos mais diversos meios de comunicação. De acordo com Sassaki (1997, p.28) “inclusão é o ato ou efeito de incluir-se”, ou seja, é fazer parte de algo, é ser inserido.
O conceito de inclusão ganhou grande importância nas ultimas décadas, e pode-se dizer que no inicio do século XXI, ele está “na moda”. Em relação ás escolas, a ideia é que as crianças com deficiência sejam incluídas em processo de educação regular, em escolas para crianças “normais”. Isso significa, na prática, o fim dos espaços de educação especial que se tornam norma para o trabalho com crianças “diferentes” ao longo de todo o século XX. Segundo Rego (1998, p.52):
A sociedade está desarmada para a compreensão das realidades complexas, porque ao homem foi dada uma educação que lhe ensinou a fragmentar a realidade, ver os fenômenos isolados, fraturar e separar as coisas. O homem pensa que pode compreender os fenômenos retirando-os de seu contexto, compartimentando-os em disciplinas. Assim, quando o conhecimento é associado ao contexto social, está se desvendando a realidade, respaldando-a para uma escola da vida dos tempos modernos.
A escola inclusiva não deve ser considerada em termos de alunos deficientes, mas sim, em termos de como é possível desenvolver a prática dos professores enquanto profissionais da educação, num esforço por um processo de ensino-aprendizagem realmente significativo para estes alunos. Para que as escolas sejam verdadeiramente inclusivas, ou seja, abertas á diversidade, há que se reverter o modo de pensar, e de fazer educação nas salas de aula, de planejar, de avaliar o ensino e de formar e aperfeiçoar o professor. Entre outras inovações, a inclusão acarreta também na junção do ensino regular com o especial e em opções alternativas da qualidade de ensino para os aprendizes em geral. Segundo Stainback (1999, p.54):
Cabe ao educador: analisar sua prática pedagógica, o que é uma fonte de informação riquíssima e pertinente, quando o objetivo proposto é sua mudança de postura; identificar os sucessos significativos de ensino- aprendizagem aos quais sua prática atual o conduz; verificar as regularidades de suas ações docentes e suas contradições. Quais formas de trabalho são mais satisfatória e levam seus alunos com deficiência e construírem conhecimentos novos? Que relações existem entre o que sustenta na teoria e o que efetivamente realiza na prática?
As escolas ainda possuem muita resistência á inclusão, em seu sentido pleno e total, que possa abranger todos os alunos, sem exceção. Rego (1998, p.65) destaca que:
O êxito da integração escolar depende, dentre outros fatores da eficiência no atendimento á diversidade da população estudantil. Como atender a essa diversidade? Elaborar propostas pedagógicas baseadas na interação com os alunos, desde a concepção dos objetivos; reconhecer todos os tipos de capacidade presentes na escola; sequenciar conteúdos e adequá-los aos diferentes ritmos de aprendizagem dos educandos; adotar metodologias diversas e motivadoras; avaliar os educandos numa abordagem processual e emancipadora, em função do seu progresso e do que poderá vir a conquistar: são requisitos básicos para atender a essa diversidade.
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