EDUCAÇÃO INCLUSIVA: TRABALHO TRANSDISCIPLINÁRIO DE TERAPIA PROFISSIONAL

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O TRABALHO TRANSDICIPLINAR DA TERAPIA OCUPACIONAL

INCLUSIVE EDUCATION: THE TRANSDISCIPLINARY WORK OF OCCUPATIONAL THERAPY

Fernanda Pinheiro Babora, Graduando, [e-mail]

Suelene de Jesus Paiva, Graduando, [e-mail]

Maria Tereza Ferreira Rossler,docente,especialista, terapeuta ocupacional, [e-mail]

RESUMO

A educação inclusiva vem ganhando força entre os marcos da educação no Brasil, e nessa perspectiva inclusiva, um significativo passo, foi a implementação dos atendimentos educacionais especializados – AEE, atuando na identificação e elaboração de recursos que promovam a inclusão, num trabalho de equipe que envolve educação e saúde. O presente artigo relata o trabalho desenvolvido no Núcleo de Apoio Integrado ao Atendimento Educacional Especializado Profª Elisabete Guedes Chinali, na cidade de Lins abrangendo a atuação da Terapia Ocupacional neste contexto com atendimento clinico, acompanhamento e orientação a escola, destacando sua intervenção transdiciplinar. Serão explanados ilustrativamente, os atendimento de dois alunos pela Terapia Ocupacional, Pedagogia e Musicoterapia.

Palavra-chave: Terapia Ocupacional. Inclusão. Transdiciplinariedade.

ABSTRACT

Inclusive education is gaining strength among the hallmarks of education in Brazil, and this inclusive perspective, a meaningful step was the implementation of specialized educational visits - ESA, acting in the identification and development of resources that promote inclusion in a work team that involves education and health. This article reports the work in the Center of Integrated Support Service Educational Specialist Prof. Elisabete Guedes Chinalli in the city of Lins covering the role of occupational therapy in this context with clinical care, monitoring and guidance to school, highlighting its transdisciplinary intervention. Are explained illustratively, the attendance of two students by Occupational Therapy, Education and Music Therapy.

Keyword: Occupational Therapy. Inclusion. Transdisciplinarity.

INTRODUÇÃO

No movimento da inclusão, a escola atualmente, busca atender efetivamente toda a diversidade. Nesta direção, novos olhares estão sendo lançados aos alunos com necessidades educativas especiais, vendo-os como agentes ativos na construção de suas histórias e participantes nos contextos em que vivem.

Esse movimento vem crescendo e direcionando gradativamente as políticas educacionais através de documentos e marcos políticos legais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - (1961) LDBN Lei nº4. 024/61 que fundamenta o atendimento as pessoas com deficiência; Política Nacional de Educação Especial, publicada em 1994; Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Lei nº7853/89(1999); Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade – Ministério da Educação MEC (2003); Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006). Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE (2007). (MEC, Brasília, 2010).

Dentre as ações lançadas pela Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva esta o atendimento educacional especializado - AEE, um serviço da educação especial que “[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para plena participação dos alunos, considerando suas necessidades especiais” (MEC, Brasília 2010 apud SEESP/MEC, 2008 p.12).

O AEE vem complementar e/ou suplementar a formação do aluno, tendo sempre como foco principal a autonomia do mesmo na escola, e deve ser ofertado obrigatoriamente por todos os sistemas de ensino.

O atendimento vem sendo oferecido nas Salas de Recurso Multifuncionais nas escolas da Rede Pública, e também nos Centros de Atendimento Educacional Especializados, não podendo haver fins lucrativos.

Nesta concepção de educação inclusiva, a escola é desafiada a se modificar e se reestruturar, desde a eliminação das barreiras arquitetônicas até e principalmente, a superação das barreiras atitudinais.

Para tanto, utiliza-se de várias formas de interação pedagógicas e /ou suportes adicionais e parcerias intersetoriais.

As parcerias intersetoriais onde a escola está inserida, estão entre as prioridades do Projeto Político Pedagógico, pois a educação não é apenas uma área restrita a órgãos do sistema educacional. Indicadores importantes das parcerias intersetoriais são as ações desenvolvidas entre escolas e as Secretarias de Educação de Saúde, Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, instituições, empresas e demais segmentos sociais. (MEC/Ufpr, Brasília 2010 p.22).

Desta forma, o presente artigo tem como objetivo, descrever uma experiência transdiciplinar entre a Terapia Ocupacional e o Atendimento Educacional Especializado - AEE, realizado através de um projeto de extensão do UNISALESIANO em parceria com o Núcleo de Apoio Integrado ao Atendimento Educacional Especializado” Profª Elizabeth Guedes Chinali” na cidade de Lins.

Para descrever o trabalho, enfocaremos dois atendimentos, destacando a intervenção da Terapia Ocupacional junto ao AEE, contribuindo na percepção das diferenças entre a capacidade funcional dos alunos e as demanda funcionais das atividades realizadas.

1 NAIAEE

Criado pelo decreto da Lei nº 5418 de 08/09/2010, o Núcleo de Apoio Integrado ao Atendimento Educacional Especializado Profª Elizabeth Guedes Chinali – NAIAEE. tendo como objetivos: Promover a implantação de salas de recursos, nas escolas municipais; Orientar as Unidades de Ensino por meio de Assessoria, de âmbito municipal, de forma a promover o acesso, a participação e aprendizagem dos alunos com deficiências, transtornos globais e do desenvolvimento de altas habilidades; Oferecer aos alunos atendimento compatíveis com suas necessidades individuais; Oportunizar cursos de formação de educação inclusiva, aos profissionais da educação da Rede Municipal de Ensino; Garantir a continuidade de escolarização, nos níveis mais elevados do ensino; Melhorar a qualidade do ensino inclusivo por meio do aprimoramento do processo pedagógico no âmbito escolar; Considerar o aluno com deficiência como sujeito do processo