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A PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO

Por:   •  30/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  230 Visualizações

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[pic 1]       UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

NAYANE NARA GOMES BRITO

A PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO

SÃO LUIS-MA

2019

NAYANE NARA GOMES BRITO

A PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO

Fichamento apresentado à disciplina de Metodologia do Trabalho Cientifico do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, para obtenção parcial de nota.

Professor: Marcos Roberto.

SÃO LUIS -MA

2019

CARVALHO, Maria Cecilia M. (org.). Construindo o Saber: fundamentos e técnicas.IN: A problemática do conhecimento.24ºed. Campinas-SP:Papirus,2012.

“A preocupação com o conhecimento não é nova. Praticamente todos os povos da Antiguidade desenvolveram formas de saber. [...] as necessidades práticas de existência foram sempre a força propulsora da busca dessas formas de saber. ” (Pag.15)

“Somente um povo da Antiguidade teve a preocupação mais sistemática e filosófica com as condições de formação do conhecimento: foram os gregos. [...]os gregos desenvolveram um tipo de reflexão -a intuição- que se destacou pela possibilidade de gerar teorias unitárias sobre a natureza e desvincular o saber racional do saber mítico. ”   (Pag.15)

“Essa diferença entre conhecimento prático –que estava ligado ao trabalho, a execução de atividades de produção de bens e coisas necessárias à vida- e conhecimento teórico- ligado ao prazer de saber- chegou a cristalizar-se como formas de conhecimento de diferentes naturezas. Essa diferença que surgiu entre os gregos foi resultado, segundo Farrington (1949), de uma separação de atividades de classe. [...] “ (Pag.16)

“Platão foi o primeiro filosofo a desenvolver uma teoria sobre o mundo, utilizando-se da intuição como forma de pensamento superior. A sua teoria das formas (Platão 1978,1970; Popper 1974) é um exemplo disso e revela a tentativa de fundamentar um conhecimento certo e verdadeiro para além do cambiante e fugaz mundo dos fenômenos. Para Platão, o mundo sensível está em constante mudança [...]” ( Pag.16)

“ [...] A dialética, ou o método socrático, foi de extrema importância na história do pensamento, pois significou o rompimento racional como senso comum ou tentativa de realiza-lo. A dialética é realizada num diálogo em que uma parte leva a outra a reconhecer as contradições e incoerências de suas crenças. ”  (Pag. 17)

“ O conhecimento consistia, então, em saber quais as características ou propriedades das coisas enquanto membros de uma classe. Saber o que Sócrates é, é saber quais são suas propriedades individualizantes, bem como as propriedades da classe a que pertence, a de homem. ” ( Pag.18)

“Outra grande contribuição do pensamento grego foi no campo da geometria, desde Pitágoras – com suas magnificas descobertas como  o teorema das áreas do triangulo retângulo e da irracionalidade da raiz 2 () –até a obra de Euclides, paradigma de cientificidade e rigor até nossos dias.”(Pag. 18)[pic 2]

  1. Opinião X ciência

“Em uma passagem do diálogo Ménon, de Platão (s.d.,p.106), Sócrates faz a seguinte distinção entre opinião e ciência:

E assim, pois, quando as opiniões certas amarradas, transformam-se em conhecimento, em ciência, permanecem estáveis. Por este motivo é que dizemos ter a ciência mais valor do que opinião certa: a ciência se distingue da opinião certa por seu encadeamento racional” (Pag.19)

“Para Sócrates, assim como para muitos de nós, existe uma sensível diferença entre expressões da forma “ Eu acho que” e “Eu sei que”. A primeira das sentenças diríamos que está no nível da doxa, da opinião, e o valor é tal que não difere, quando pronunciada por certa pessoa do valor de expressões do mesmo tipo pronunciadas por qualquer outra pessoa. [...]” (Pag.19)

“O senso comum é um conjunto de informações não sistematizadas que aprendemos por processos formais e, ás vezes, inconscientes, e que inclui um conjunto de valorações. [...]” (Pag.19)

“Valorações e crenças são, portanto, o substrato do senso comum e de nossas ações e comportamentos cotidiano. [...]   Ás crenças se manifestam por meio de proposições, que podem ser submetidas a um teste de veracidade, ou seja, é possível dizer se são verdadeiras ou falsas, ao passo que com as valorações e isso não ocorre (Mydal 1970). ” (Pag.19)

“Apesar das inconsistências inerentes ao conhecimento de senso comum- para onde convergem crenças, opiniões e valores o mais das vezes conflitantes e assistemáticos-, ele se constitui na base a partir da qual se constrói a ciência. É aceitável entre a maioria dos epistemologos (Popper 1978; Quine 1978b; Myrdal 1970; Alves 1983) que a ciência é um refinamento do senso comum, é a sua sofisticação.[...]” (Pag.21)

“ O senso comum é a base sobre a qual se constroem as teorias cientificas científicas. Essas teorias se distanciam tanto quanto possível das valorações e opiniões, gerando um conhecimento mais ou menos racional, entendendo racional como argumentativo e coerente. [...]  Assim, o senso comum vai progressivamente se modificando ao longo das gerações, incorporando novas informações e eliminando aquelas que se tornam imprestáveis para as explicações. ”  (Pag. 21)

  1. A origem do conhecimento no senso comum

“ O pensamento popular concebe o conhecimento como derivando exclusivamente das observações por um processo indutivo. [...] formulamos proposições sobre a realidade que seriam indubitavelmente verdadeiras e qualquer observador poderia checar tais afirmações usando igualmente seus sentidos[...]” (Pag.22)

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