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A Psicopedagogia na instituição escolar: Uma necessidade

Por:   •  31/5/2018  •  Artigo  •  2.680 Palavras (11 Páginas)  •  619 Visualizações

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A PSICOPEDAGOGIA NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR: UMA NECESSIDADE

Mônica Raquel Cândido Bueno¹ 

RESUMO

O objetivo principal do presente artigo é discutir a necessidade e a importância doprofissional psicopedagogo dentro da instituição escolar, uma vez que se ocupa do processo de ensino/aprendizagem assim como auxilia o aluno que não aprende a se encontrar nesse processo auxiliando-o a desenvolver habilidades para isso. Esse tema é de muita discussão no cenário educacional, pois alem de compreender o porque da criança não aprender ele procura caminhos para que ela constura sua aprendizagem. O tema parte da necessidade que professores e pais estão enfrentando na compreensão das dificuldades de aprendizagem tão comum em nossas escolas. 

Palavras-chave: Aluno, Psicopedagogo, Aprendizagem.

 

¹ Professora licenciada em Pedagogia. Docente da Rede Municipal de Ensino de Serrana – SP. Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Metodologia de Educação Física.


INTRODUÇÃO

Neste artigo vamos discutir a importância e necessidade do profissional psicopedagogo dentro da intituição escolar onde sua intervenção pode auxiliar ou não os alunos com dificuldades e problemas de aprendizagem a encontrar caminhos para resgatar o prazer de aprender e superar suas dificuldades, pois como nos relato BOSSA (2009, p. 67) um dos objetivos da psicopedagogia é possibilitar situações que resgatam o prazer de aprender em sua totalidade.

Se por ventura é esse o objetivo da psicopedagogia, como podemos negar a importância desse profissional dentro das instituições escolares?

Tomamos por exemplo o que diz MIRANDA (2011, p. 01) sobre o papel do psicopedagogo: “ o papel do psicopedagogo é de suma importância, porque ele vai agir como um solucionador para os problemas de conduta e aprendizagem”.

Referenciando o trabalho de BOSSA (2007) sobre os níveis de atuação do psicopedagogo, perceberemos de forma clara e precisa que o papel do psicopedagogo na escola é muito mais importante até que dentro das clínicas, pois o trabalho do psicopedagogo apresenta vários níveis:

O CURRÍCULO DE ENSINO

De uma maneira geral, todo o conteúdo trabalhado em sala de aula deve se integrar a um currículo de maneira a atender a realidade dos alunos, abordando experiências vividas por cada um. O conteúdo em si precisa ser conciso e objetivo, evidenciando habilidades, experiências e competências vividas. O currículo vem a ser as experiências de aprendizagem planejadas a fim de atender as necessidades educacionais da escola. Ele vem com o objetivo central, atender as necessidades de cada escola respeitando as situações vividas pelo aluno dentro e fora do âmbito escolar. Para Arroyo:

A preocupação com o cotidiano, com os rituais, com as relações sociais que se dão nos processos escolares, na produção do conhecimento e socialização, tem aumentado entre os educadores e pesquisadores. Que papel cumprem as relações sociais na escola na formação do trabalhador e dos educandos em geral? A escola está cada vez mais próxima de nossas preocupações. Aproximando-nos da escola descobrimos seus currículos, sua organização e também as relações sociais em que se dá a prática educativa." (ARROYO, 1999, p.13)

 

Vê-se aí a preocupação da formação do currículo escolar em compreender a produção do conhecimento associado a socialização dos educandos. Essa aquisição de aprendizagens pode ser ela dentro ou fora da escola. Para Hernandes (2009, p. 32-33) “Ainda que tenhamos essa impressão sobre educar, como algo próprio para a escola, a educação no sentido total que demos a ela, na nossa sociedade, acontece muito mais fora dela do que dentro de seus muros.”. Independente do espaço educacional e a formação que se dê, a escola pode ser um espaço também de educação não-formal que venha a possibilitar a formação de um sujeito crítico e transformador de seu contexto.

A mesma linha de raciocínio é ditada pela Lei das Diretrizes e Bases (LDB) no artigo 26, parágrafo 1°:

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. (LDB, 1996)

Fica evidente nessa passagem a preocupação em desenvolver uma educação que respeite a “bagagem” trazida pelo aluno e a partir daí nortear um trabalho de saberes múltiplos, sociocultural e educativo.

No que diz respeito ao Currículo, esse deve ter por objetivo principal desenvolver ações juntos aos educandos, ultrapassando as fronteiras do tecnicismo e transcendendo o conteudismo das práticas escolares. É necessário que o professor amplie seus horizontes pedagógicos pois, os mesmos resultarão na criação e recriação do conhecimento. O aluno precisa se reconhecer como sujeito indispensável do processo de construção da aprendizagem.

De acordo com Silva:

O currículo tem significados que vão muito além daqueles aos quais as teorias tradicionais nos confinaram. O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forma nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é documento de identidade. (SILVA, 1999, p.150)

Sendo assim, é essencial que a escola busque novos caminhos para o ensino, desmistificando que o professor é o detentor do saber e os alunos meros receptores de informações. Nos dias atuais é de extrema importância que o professor, ao mesmo tempo em que ensina, aprenda com a riqueza cultural que seu aluno traz para a sala de aula, pois, os caminhos educacionais nos direcionam a uma nova visão de escola, de currículo, de educador e de educação, em que se considera a pessoa concreta, inserida na sua realidade e capaz de traçar junto com a escola, o seu caminho. Cabe aos educadores aprofundarmos nossos conhecimentos para fazer dos vários caminhos uma única rota rumo à formação do verdadeiro cidadão crítico, participativo e solidário.

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