A Resenha Psicomotricidade
Por: Yago Font Julia • 2/12/2018 • Resenha • 1.283 Palavras (6 Páginas) • 197 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG
Curso de Pedagogia
TALITA FIGUEIREDO BALBINO
O CORPO E A ESCOLA
Poços de Caldas
2018
TALITA FIGUEIREDO BALBINO –R.A. 08-13561
O CORPO E A ESCOLA
Trabalho apresentado à disciplina Educação Física do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Minas Gerais, como atividade parcial para compor nota da Etapa I, sob orientação da Prof. Mestre Bruno Vitti Neto.
Poços de Caldas
2018
O CORPO E A ESCOLA
A história do corpo humano perpassa por inúmeras modificações e entendimentos ao longo dos séculos. Para entendermos um pouco sobre o corpo e a escola, precisamos antes, entender o significado de corpo acerca dos tempos.
O corpo grego era considerado atraente e uma referência de força e masculinidade. Estavam sempre expostos uma vez que o corpo nu, representava saúde e eles apreciavam um corpo saudável. Porém, apreciavam também uma mente brilhante e aguçada.
O homem era o único que poderia ter os prazeres da vida, ressaltando que somente os homens livres tinham esse direito o que não cabia os escravos e muito menos as mulheres. Esses prazeres eram de domínio masculino, uma vez que as mulheres deviam obediência aos pais, irmãos e aos maridos. Dessa forma, a civilização não a incluía como concepção de corpo perfeito. Os corpos não existiam apenas para serem expostos, mas também para a luta, mas além de cuidarem do corpo, cuidavam também da alma.
Em relação aos romanos, eles demonstravam a forma artística, e a arte se manteve orientada pela expressão do ideal de beleza grega.
Quando surge o cristianismo, é concebido uma nova ideia de corpo, que passa então a ser uma concepção de pecado, acontecendo assim a separação o corpo e da alma.
Na Idade Média, a perspectiva de corpo se dava em relação a sociedade, mantendo a influência do cristianismo uma vez que o corpo era uma característica da fé. Já no final da Idade Média, a percepção do corpo perpassava pela ideia de bruxaria, pois acreditavam que a mulher era um demônio que queria fazer mal ao homem e, através da sensualidade eram encantadoras e enfeitiçados. Muitas foram mortas e queimadas em fogueiras.
Finalmente, até o final do Século XVIII não se destaca muitas mudanças porém, houve diferentes vivências e movimentos.
Em relação ao Renascimento, o corpo, agora sob um olhar “científico”, serviu de objeto de estudos e experiências (BARBOSA; MATOS; COSTA, 2009, p.27), parte agora do princípio das artes, sendo expostos principalmente nas obras de Da Vinci e Michelangelo destacando o pensamento científico e o estudo do corpo. O pensamento iluminista atribui o corpo um plano inferior dissociando corpo e alma.
Com o sistema capitalista, o corpo se torna oprimido e manipulável acerca da nova forma de poder. Já no século XIX, com a expansão do capitalismo, o corpo passa a ter necessidades de ter uma saúde melhor pois precisa produzir bem como se adaptar a padrões. Dessa forma, evitam o contato físico e se tornam mais individualistas.
Nos dias atuais, a beleza e a estética estão vinculadas a um padrão de beleza também interligados ao consumo, tendo em vista o corpo como o seu maior consumidor. As pessoas querem permanecer jovens e belas, assim fazem uso de remédios, implantes dentre outros.
Com efeito, os cuidados físicos revelam-se, invariavelmente, como uma forma de estar preparado para enfrentar os julgamentos e expectativas sociais ((BARBOSA; MATOS; COSTA, 2009, p.29), ou seja, as pessoas se sentem na obrigação de fazer parte da sociedade e do meio em que vivem, fazendo o possível para se encaixar nas normas sociais.
O corpo passa ser visto como uma forma de desejo para os outros, reduzindo o corpo a um mero objeto, apresentando, de certa forma um uma identidade frágil, mutante e inconstante, pertencente a um corpo fragmentado. Não se trata mais em aceita-lo como ele é, mais sim de corrigi-lo e reconstruí-lo (BARBOSA; MATOS; COSTA, 2009, p.31).
Podemos dizer então que, o contexto social e histórico interferiram e interferem até hoje no que diz respeito ao corpo, enfraquecendo a construção da identidade levando as pessoas a se apropriarem cada vez mais do corpo como forma de expressão.
A forma de conviver em sociedade e conviver com esse novo corpo é um desafio dentro das escolas, uma vez que a cultura dita as normas em relação a ele, o corpo é afetado pela religião, família, classe, dentre outros.
O desfio dos educadores então está intrinsicamente ligado ao respeito da subjetividade do outro mostrando diferentes dimensões em diferentes espaços de tempo.
Desde que a criança nasce, toda aprendizagem passa pelo corpo, uma vez que é através do corpo que ela percebe o mundo. Quando a criança é estimulada, seja através de uma brincadeira ou um jogo, ela potencializa seus movimentos corporais, dessa forma ela, se relaciona harmonicamente com o ambiente, certamente, será um adulto equilibrado, livre para se expressar e lutar por seus interesses e pelas coisas em que acredita (SILVA; WEISS, 2004, p.80).
As escolas ainda são bastante resistentes e tem um certo preconceito sobre o movimento. Para alguns, as crianças precisam estar sentadas, enfileiradas para aprenderem. As crianças são reprimidas a todo momento, são proibidas de falar e se expressarem. Está enraizado a ideia de que apenas nas aulas de educação física as crianças podem extravasar, assim, percebemos um despreparo dos docentes. Sabemos que os elementos básicos como esquema corporal, lateralidade, orientação temporal, interferem na formação integral da criança, pois ela descobre habilidades importantes para seu desenvolvimento como pular, correr, etc.
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