A Supervisão Escolar

Observando estas regras notamos e lembramos que até pouco tempo o Supervisor Educacional agia assim como um fiscal, sua presença muitas vezes até intimidava o professor e, em vez de ajudar o trabalho do professor, prejudicava, pois sua atitude estava sempre voltada para apontar o que estava errado, não era presente a orientação, a ajuda em mostrar caminhos para a prática pedagógica.

Nesta época a educação não considerava o aluno como centro do processo, o que importava era o que ele teria que aprender e o professor ensinar, o resultado estava centrado na preparação de indivíduos que fossem dominados para atuarem no sistema da época.

Veiga (1994) destaca que no período Pombalino a Pedagogia Tradicional defendia a liberdade e os interesses individuais e assim a escola organiza-se com o objetivo de difundir a instrução.

Em 1827 a questão autônoma da instrução pública institui as escolas de primeiras letras, orientadas pelo método do Ensino Mútuo onde o professor exerce funções docentes e supervisor ao mesmo tempo.

Lima (2008, p. 70) salienta que “a Supervisão passou a fazer parte da escola, a partir de 1900, com o fim de controlar e fiscalizar a ação do professor. Embora a supervisão não seja uniforme em todo o Brasil, vai assumindo aspecto administrativo da escola”.

Os profissionais da educação ou técnicos em escolarização surgiram na Educação Brasileira, em 1920, e constituíam uma nova categoria profissional sendo que os setores técnicos pedagógicos e administrativos foram separados, com o surgimento da figura do Supervisor distinta do diretor e também do inspetor, cabendo ao supervisor a parte técnica.

Saviani (2003), afirma que a função do Supervisor surge para emprestar à figura do inspetor um papel de orientador, em lugar da fiscalização e esse profissional passa a ser chamado de Supervisor.

Corrêa e Pereira (2011) destacam que a Supervisão foi oficializada no Brasil com a reforma Francisco Campos, pela promulgação do Decreto Lei 19.890 de 18/04/1931, concebida de forma diferente da que se vinha realizando como simples fiscalização, para assumir o caráter de Supervisão, sob a forma restrita de assistência técnica escolar e nesse período a função do Supervisor assumiu um caráter de liderança, de esforço cooperativo, e os processos de grupo passaram a ser valorizados para a tomada de decisões.