A Tecnologia Assistiva na Inclusão de Alunos Autistas
Por: Tiago Correia • 25/9/2018 • Artigo • 2.620 Palavras (11 Páginas) • 299 Visualizações
INTRODUÇÃO
A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas é uma realidade presente no nosso meio, que ainda possui alguns pontos relevantes a serem discutidos, ao se tratar da deficiência física a discussão gira em torno das condições necessárias para que esse aluno com deficiência seja assistido de forma a desenvolver seu potencial. Neste sentido O presente artigo intitulado nome do artigo tem como objetivo analisar a acessibilidade motora em uma escola no município de Oeiras Piauí.
Para alcançar os objetivos propostos o trabalho foi estruturado em três partes, na primeira realizou-se uma contextualização sobre o processo histórico de inclusão no Brasil que é um ponto essencial para a compreensão da inclusão escolar de pessoas com deficiência, tendo em vista que durante muito tempo foi possível observar o modo como às pessoas se comportavam no que se refere à inclusão de pessoas com deficiência, onde se pôde perceber que essas pessoas eram tratadas de forma excluída e precarizada em meio à população, pois eram consideradas como incapazes de se adaptar ao convívio social e com isso, estudos foram feitos ao longo do tempo para integrar essas pessoas dentro da sociedade.
Na segunda parte foi realizada uma descrição e contextualização das politicas publicas de educação especial e inclusiva no Brasil. Em relação a essas politicas podemos defini-las como um conjunto de ações e serviços prestados pelo Estado, a fim de assegurar determinados direitos que são previstos constitucionalmente. Neste sentido as políticas de educação especial e inclusivas constituem as ações desenvolvidas objetivando garantir o acesso a educação as pessoas com deficiência. A própria Constituição Federal de 1988, ao tratar da educação afirma que é direito de todos e dever do Estado dar condições para uma educação inclusiva, prevê ainda em seu art. 208 “o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. (BRASIL, art. 208,1988).
E por fim será exposta as análises resultantes da pesquisa de campo realizadas em uma escola municipal de Oeiras.
A metodologia utilizada neste trabalho constitui-se de pesquisa bibliográfica alicerçadas em sites e trabalhos já publicados sobre o assunto, e a pesquisa de campo qualitativa realizada em uma escola municipal de Oeiras, buscando assim uma maior aproximação com o objeto de estudo, sendo que foi utilizada para a coleta de dados a entrevista semiestruturada, aplicada ao diretor da escola.
A presente pesquisa se mostra de suma importância, tendo em vista que contribuirá para a ampliação de trabalhos que discutam tal temática, possibilitando assim um olhar crítico e discursivo acerca das práticas de inclusão. Contribuirá ainda, como fonte mediadora por estar mais próximo da realidade e assim estimular reflexões sobre as práticas profissionais de como criar mecanismos de intervenção com o propósito de subsidiar ações que de fato se efetivem.
2 REFERANCIAL TEORICO
2.1 O MOVIMENTO DE INCLUSÃO ESPECIAL NO BRASIL.
O movimento de inclusão das pessoas com deficiência no Brasil é algo recente. Historicamente, sempre aconteceu discriminação a pessoa com deficiência nas escolas e de toda sociedade que sempre limitou à escolarização de um grupo. Para que se possa discutir a educação especial no Brasil se faz necessário falar um pouco sobre o difícil caminho percorrido por pessoas com deficiência e suas famílias que sempre estiveram e estão em busca do direito a uma vida digna e com possibilidade de viver com as mesmas oportunidades das demais pessoas sociedade. A pessoa com deficiência seja ela qual e em todas as épocas sempre encontrou varias barreiras e muitas dificuldades na tentativa de superar limites impostos pela deficiência e também pela sociedade que traz consigo uma serie de preconceitos.
A historia da educação especial no Brasil teve inicio ainda no século XIX, quando os primeiros serviços dedicados a esse publico foram posto em pratica, inspirados em experiências europeias e trazidas para o pais por alguns brasileiros que se organizaram de forma isolada para atender a necessidade de pessoas com deficiência física, mental e sensorial. Apenas um século depois essa educação tornou-se oficial com a denominação de educação para os expressionais. Em 1961,com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da educação(Lei nº 4.024/61) foi que surgiu a noção do que seria a educação especial, pois o documento previa que a educação excepcional deveria ser incluída no sistema geral da educação. Na década de 1971, a Lei de Diretrizes e Bases da educação(Lei nº 5.692/71), já assegurava tratamento especial para este estudante com alguma deficiência. Essas leis trouxeram mudanças na sociedade pois tiveram como principio a individualização, a normatização e a integração e por fim o período de inclusão que muitas vezes ainda é negado a essas pessoa.
Segundo Mazzotta (2011) “ a educação especial no Brasil pode ser dividido em três momentos que são 1854 a 1956 que são iniciativas oficiais e particular isoladas e um segundo momento que abrange os anos de 1957 a 1993”.E a parti de 1993 foi caracterizado por movimentos em favor da inclusão escola. A educação para deficientes no Brasil teve inicio em instituições especializadas, nas quais os mesmos ficavam segregados do convívio com pessoas ditas normais. Em 1854, D. Pedro II, fundou no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos e assim este foi o movimento que marcou o inicio do atendimento educacional especial no Brasil, em 1857 na mesma cidade o Imperador fundou Imperial Instituto dos Surdos-Mudos.
Observa-se que esses períodos citados por Mazzotta(2011) são momentos que estão extremante ligados a exclusão, tendo em vista que essas iniciativas surgem por iniciativa de alguns pais e pelas redes privadas de ensino ,onde o sistema educacional de ensino caminhava de forma paralela ao sistema de ensino regular.
.Na década de 1950 sobre a influencia dos Estados Unidos foi dado inicio a um movimento de integração da pessoa com deficiência em escolas comuns, no mesmo ano de forma experimental foi instalada a primeira sala com recursos para que alunos com deficiência visual pudessem estudar em salas comuns com outras crianças. Essa era uma tendência pela educação integrada e não segregada e a parti desse momento foram ampliadas outras salas de recursos para integração. No Brasil, até a década de 50, praticamente não se falava em Educação Especial. Foi a partir de 1970, que a educação especial passou a ser discutida, tornando-se preocupação dos governos com a criação de instituições públicas e privadas, órgãos normativos federais e estaduais e de classes especiais.
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