A Uma Aventura Humana

VOCACIONAL: UMA AVENTURA HUMANA

O filme Vocacional: uma ventura humana é um documentário que nos proporciona uma página emocionante e pouco conhecida da história da educação pública no Brasil: os colégios Vocacionais, do estado de São Paulo, que na década de 60 foram reprimidos pela ditadura militar. O documentário recupera a história de um projeto pedagógico sem precedentes, pelo menos de acordo com os depoimentos do filme na educação brasileira. As escolas Vocacionais pretendiam criar um ensino altamente inovador e experimental, no qual os alunos desenvolvessem a capacidade crítica, bem como as capacidades produtivas necessárias para o exercício pleno da cidadania. Além disso, era pensando como um espaço democrático e aberto a todas as classes sociais. Todo esse período em que as escolas Vocacionais funcionaram, foi coordenado por Maria Nilde Mascellani, uma pedagoga que lutava para que os alunos tivessem o direito de pensar e de sair da escola Vocacional como uma pessoa crítica e com uma grande bagagem de conhecimento. As escolas Vocacionais propunham uma proposta pedagógica mais humanizada de integração curricular visando trazer pensamento crítico e realidade social, política e cultural mundial para dentro da sala de aula. No Vocacional, o currículo contemplava não apenas objetivos de conhecimento, mas também objetivos comportamentais voltados para a formação de atitudes e da consciência crítica, o aprendizado da ética e a construção da cidadania no sentido mais amplo do termo. Enfim, a grande meta era o desenvolvimento integral do aluno. No ensino Vocacional, o estudo do meio fazia parte do cotidiano da escola. Sempre tinha alguma classe saindo para algum lugar, para estudar alguma coisa fora da escola. Já o processo de avaliação era rigoroso, pretendiam criar um ensino altamente inovador e experimental, assim forçando os alunos a ter suas próprias críticas são produtivas suficientes para o exercício pleno da cidadania e espaço democrático.

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O que chama atenção nessas propostas é que todas sempre se auto representaram como escolas excepcionais, que torciam radicalmente a logica da escola tradicionais. Porem, os elementos estruturantes, aquela gramática escolar, permaneceram intocáveis. Nenhuma escola reformada conseguiu, de fato, abolir o ideal disciplina de autogoverno e da economia de recursos autoritários que organizou a escola moderna. Apesar dos bons resultados alcançados pelas escolas Vocacionais, o projeto foi bruscamente encerrado em 1970. Os motivos do encerramento são bastante óbvios, as escolas foram considera

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