A Zona de Desenvolvimento Proximal: Um conceito fundamental para a prática pedagógica
Por: Raquel Silva • 19/5/2019 • Trabalho acadêmico • 847 Palavras (4 Páginas) • 371 Visualizações
Claretiano – Centro Universitário
Licenciatura em Pedagogia
Raquel Leticia da Silva – 8026157
A Zona de Desenvolvimento Proximal: um conceito fundamental para a prática pedagógica
São Paulo
2018
A Zona de Desenvolvimento Proximal: um conceito fundamental para a prática pedagógica
Todos os dias são horas gastas para o pequeno poder aprender algo novo, um passo, uma palavra, um gesto. Observei um desses momentos onde a família inteira se predispõe a ajudar, a acompanhar, falar palavras de incentivo. Estava a avó de 63 anos e o netinho de 1 ano e 6 meses, era hora do almoço e o desafio era fazer com que a criança começasse a se alimentar sozinha. A avó então colocou a criança em uma dessas cadeiras de alimentação, próprias para crianças dessa faixa etária e estavam na cozinha para que dessa forma não houvesse distrações externas como, por exemplo, a televisão. A criança aparentava estar muito empolgada com essa nova atividade, batia freneticamente a colher de plástico na bandeja. A avó veio com o pratinho, também de plástico, e dentro dele tinha o alimento que era de consistência pastosa, talvez dessa forma fosse mais fácil da criança conduzir o alimento até a boca. Então vieram as demonstrações de como a criança faria aquela atividade, a avó mostrava com bastante paciência como a criança deveria fazer, colocando pouca quantidade de alimento na colher e levando calmamente até a boca. Talvez por ter sido alimentado outras vezes, a criança já conhecia o caminho e os meios de como a refeição deveria ser feita. Então lá foi a criança para a primeira tentativa, conseguiu pegar pouca quantidade de alimento, já que não possui tanta coordenação motora e apenas um talher e, foi levando até a boca. Quando terminou o percurso, o que chegou até a boca da criança foi uma quantidade bem menor do que ela havia conseguido pegar. E assim foram várias tentativas, houve muitas demonstrações para a criança e finalmente, a avó decidiu ajudar o pequeno a se alimentar, colocando maior quantidade de comida na colher e auxiliando o mesmo na conduta do utensílio até a boca. O momento do almoço se encerrou, a avó ficou feliz com o pequeno avanço do neto e disse que o processo se repetiria no jantar.
A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento potencial, aquele onde o desempenho é possível através da ajuda de uma pessoa com mais experiência ou mais avançado, e o desenvolvimento real que é o desempenho de tarefas de maneira independente. Segundo Campos et al. (2016) a zona de desenvolvimento proximal refere-se ao espaço/ período em que a aprendizagem acontece, com base em dois níveis de desenvolvimento: o real e o potencial.
Dessa forma, posso dizer que no caso das tentativas de alimentação independente da criança, foi observado o desenvolvimento potencial, pois a criança conseguiu executar a função desde que fosse auxiliada por um adulto, sendo assim “[...] todos têm um potencial para aprender (nível de desenvolvimento potencial), isto é, a capacidade de desempenhar tarefas com o auxílio de uma pessoa mais experiente (adulto ou criança mais velha)” (CAMPOS, 2016, p. 178).
Já o desenvolvimento real, aquele que de acordo com Campos et al. (2016, p. 178) “[...]torna-se capaz de fazer algo sozinho em razão das etapas já alcançadas (nível de desenvolvimento real)”, foi observado quando a criança se alimentava, ainda que com dificuldades, mas já se alimentava sozinha. Sendo assim, o desenvolvimento proximal é observado a partir das tentativas da avó colocar a criança para se alimentar sozinha, e o alcance em certa parte dessa atividade.
A criança pode começar a se desenvolver nessa atividade porque a avó auxiliou e orientou a mesma, então a avó foi a mediadora da ação, do desenvolvimento. O mediador é:
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