A crise na educação: por quê?
Tese: A crise na educação: por quê?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jaedst • 21/9/2014 • Tese • 627 Palavras (3 Páginas) • 287 Visualizações
Crise na educação: por quê?
Constatamos que nossas escolas estão em crise: elas não conseguem desempenhar com eficácia a função formadora. Inúmeras tentativas já foram feitas no intuito de superar esta crise e melhorar a qualidade de ensino.
Embora o esforço não tenha sido em vão, temos de reconhecer que não apresentou os resultados esperados. O que estava em crise eram os valores, e a escola, sendo uma instituição social, refletia a crise de valores que atingia a sociedade.
O processo educativo sempre se encarregou de difundir valores.
Durante a Idade Média, a meta era a formação do homem moralmente íntegro e do cristão temente a Deus. E assim foi ao longo dos séculos: cada sociedade e cada época histórica, de acordo com os valores sobre os quais se alicerçava, tinham um ideal de homem a ser formado.
Mas, e agora em pleno fim do século XX, que ideal de homem nossa escola pretende formar? Enquanto não se souber que tipo de ser humano precisa ser formado, qualquer tentativa de reformular a escola será em vão.
O que está em jogo é o próprio sentido da educação. E, por estar a educação destituída de sentido aparecem os famosos modismos educacionais: um dia introduz-se uma nova técnica didática; noutro dia, a moda já é uma novo conteúdo, e assim o educador se tornando um professor mecânico numa sala de aula.
Diríamos que a escola precisa definir qual será o resultado do sistema do sistema.
Por termos uma sociedade não definida em seu protótipo de homem, não será uma tarefa fácil.
Há um choque entre os valores proclamados e os valores reais. A sociedade em que vivemos se arvora na grande defensora dos valores humanísticos, que, desde os primórdios da cultura helênica, caracterizam a civilização ocidental.
Portanto, tendo isto como pressuposto, o humanismo se caracteriza pela valorização do ser humano como um fim em si mesmo; pelo respeito à individualidade; pela crença no autoaperfeiçoamento, os valores humanísticos pregam a igualdade de oportunidade e a solidariedade humana. Em síntese, esta seria a profissão de fé de um humanista.
Enquanto a sociedade ocidental do século XX se proclama portadora dos valores humanísticos, seus valores reais são bem outros: o progresso material é mais importante que o desenvolvimento dos padrões culturais e espirituais. Em outras palavras; mais vale ter do que ser, ou seja, o dinheiro acima de tudo.
Este é o choque de valores que atinge a nossa escola. Portanto, a tão alardeada crise da educação não é de natureza metodológica, nem financeira. É antes de tudo de caráter fisiológico. Como toda pedagogia supõe uma filosofia, podemos afirmar que o que este em crise, no fim do século XX, é a própria filosofia, isto é, a própria concepção de homem, de mundo, de vida.
Se a sociedade como um todo, na situação conflitante em que se encontra, frente a valores tão contraditórios, não souber ou não quiser equacionar o problema, cabe a nós, educadores, mesmo que individualmente, cada um em sua sala de aula, com seu grupo de alunos, traçar o rumo a seguir e encontrar a melhor forma de agir para a consecução do ideal a ser atingido.
Portanto, antes de entrar em sala de aula, caro educador,
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