A educação do homem feudal
Por: Biaarodriigues • 8/4/2016 • Seminário • 1.436 Palavras (6 Páginas) • 946 Visualizações
A educação do homem Feudal
Aníbal Ponce e Maria Lucia Aranha
•O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ter-se-ia iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (em 476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 d.C.) ou com a descoberta da América (em 1492)[1].
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•Depois de assegurar a economia do mundo antigo, a escravidão que a sustentava , desmoronou-se: o trabalho por meio de escravos consumia tantos homens, que quando se acabaram estes homens, esta economia passou a ser inutilizável. Além disso, o escravo passou a produzir menos do que custava a sua manutenção, tornando a escravidão, desnecessária.
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•À medida que os povos conquistados deixavam de fornecer riquezas e escravos, os impostos aumentaram disseminando a miséria. A exploração de grandes terras deixou de ser um bom negócio, voltando o cultivo em pequena escala a ser o que compensava.
•As grandes extensões de terra, estavam subdivididas em pequenas parcelas, confiadas à colonos livres que pagavam ao amo uma renda fixa anual.
•Estes colonos não eram escravos, mas também não eram totalmente livres. Eles se ofereciam para alguém que tivesse terras para explorar em troca de alguma compensação. Este pedido se constituía em um ato chamado súplica. O consentimento do proprietário chamava-se concessão
•Em troca da concessão obtida o colono se comprometia a entregar ao dono da terra, parte do resultado e seu trabalho e a lhe prestar serviços pessoais.
•O colono não era um escravo, pois reconhecia no senhor uma autoridade que ele mesmo queria reconhecer.
•Esse ato de direito privado contém a essência do regime feudal que pressupõe laço contratual entre homens com diferentes poderes e necessidades.
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•Durante o feudalismo a religião cristã perdeu sua primitiva significação revolucionária. Canalizou as inquietações e esperanças dos homens para um mundo extraterreno. Enquanto servo sofria sob seus senhores, o cristianismo proclamava que eles eram iguais diante de Deus.
•Em mãos de um clero disciplinado, os domínios da Igreja foram se dilatando e transformando-se em possuidora de terras. Os monastérios foram, durante a Idade Média, poderosas instituições bancárias de crédito rural. Ele era uma lição de trabalho organizado e racionalizado.
•Toda a riqueza que chegava ao monastério eram entesouradas e aumentadas. Inclusive com a imposição do celibato ao clero, para que as riquezas acumuladas não passassem a herdeiros particulares.
Não há dúvida que se trabalhassem dentro dos monastérios, porém, nem todos trabalhavam. Os monges eram nobres e dedicavam-se aos cultos e estudos e os trabalhos pesados estavam a cargos dos servos.
A cristianização da Paidéia.
•Após a queda do Império, escolas romanas leigas e pagãs, continuaram funcionando de forma precária . Com o tempo essas escolas se extinguiram surgindo as escolas cristãs, ao lado dos monastérios e posteriormente das catedrais.
•As escolas monásticas eram de duas categorias:
•1- As escolas para oblatas- para formar os religiosos.
•2- As escolas monásticas- para a instrução da plebe. Não se ensinava a ler e escrever, mas familiarizar as classes campesinas com as doutrinas cristãs, e, ao mesmo tempo, mantê-las dóceis e conformadas.
•Preocupavam-se com a pregação, pois tudo que não desvia o homem do pecado é positivamente danoso
•A única forma de um filho de um camponês ter acesso à mais conhecimentos era tornando-se membro do clero.
•De maneira geral, a produção intelectual da Antiguidade não possui as mesmas características do pensar cristão: o intelectualismo e o naturalismo grego contrapõe-se ao espiritualismo cristão.
•Os monges temiam a influência negativa da produção intelectual da antiguidade sobre os fiéis e a solução foi adaptar a leitura greco-romana à fé cristã.
•Os senhores feudais, cuja única preocupação era aumentar suas riquezas pela violência e saques, desprezavam a educação e a cultura. Poucos sabiam ler e escrever, pois isto era considerado coisa de mulheres.
•O nobre cuidava apenas da arte militar, porque a guerra era a sua profissão. O cavaleiro era o defensor das viúvas e órfãos e era considerada humilhação ter que lavrar com as próprias mãos um pedaço de terra. No entanto, esse cavaleiro achava natural saquear os camponeses e roubar seu gado. Os senhores feudais guerreavam-se, então, entre si.
•Por necessidades monetárias, o senhor feudal foi abrindo mão de muitos de seus privilégios, quando em seus domínios começou a se formar uma nova classe social que exigia um lugar ao sol.
•Com as progressivas modificações nas técnicas, os senhores feudais passaram a achar interessante que seus artesãos, mediante pagamento, trabalhassem para terceiros. Passou também a permitir a entrada de mercadorias
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