A importância do lúdico na aprendizagem infantil
Por: 723401 • 11/3/2017 • Artigo • 2.525 Palavras (11 Páginas) • 512 Visualizações
ELENICE CHRISPIM DOS SANTOS SOUZA
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Fayol para obtenção do título de LICENCIATURA em: PEDAGOGIA.
Orientador(a): Profº(ª) Drusila Marques.
SERTÃOZINHO
2016
Resumo
Sabemos que o “brincar” faz parte da infância de qualquer criança, e que essa simples ação possibilita um repertório de desenvolvimentos, seja na esfera cognitiva, quanto na social, biológico, motor e afetiva. Assim o lúdico na educação tem sido um dos instrumentos que promovem um aprendizado de qualidade para a criança, que de forma natural e prazerosa vai construindo “mundos” os quais ela tem domínio. Sendo assim, esse artigo tem a intenção de compreender a inclusão da criança e das atividades lúdicas no contexto da educação e também os benefícios que os mesmos trazem em seu desenvolvimento global. ´Dessa forma, empregou-se uma análise de natureza bibliográfica e elencou-se argumentos relevantes para esse entendimento. Portanto, foi exposta a definição do vocábulo “brincar”, A importância dos jogos e brincadeiras e Como o lúdico auxilia no desenvolvimento e na aprendizagem. A partir dessas ideias houve um entendimento de que as brincadeiras com objetivo pedagógico beneficiam o processo de ensino-aprendizagem, e tornam a criança mais consciente de seu papel na sociedade.
Palavras-chave: Brincar, Lúdico, Aprendizagem, Desenvolvimento infantil.
Introdução
Esse estudo terá em vista pesquisar a importância do lúdico na aprendizagem infantil, pois é um assunto de grande relevância. O mesmo visa o contato com diversas formas de expressão, a qual se desenvolve por meio de um processo divertido e agradável, essa atividade vai muito além do simples ato de brincar, ou seja, transporta o indivíduo ao seu mundo interior, o conduzindo à reflexão as quais serão consolidadas e internalizadas construindo um arquivo mental onde serão estabelecidas bases para uma aprendizagem prazerosa e efetiva.
Baseado nas premissas do tema esse trabalho na primeira parte tentará definir a o vocábulo “brincar”.
Na segunda parte farei uma breve explanação sobre jogos e brincadeiras, pois os mesmos não podem ser vistos como simples recreações, mas como uma forma de linguagem que permite a pessoa comunicar-se com o outro, e de certa forma levá-lo a interagir também consigo mesmo. Possibilitando assim, não só o livre-arbítrio para se expressar, mas também sustentar a criatividade, e ampliar seu conhecimento cognitivo proporcionando seu desenvolvimento social e emocional.
Por fim, na terceira parte discorrerei sobre “Como o lúdico auxilia no desenvolvimento e na aprendizagem infantil”, pois o mesmo proporciona a criança a resgatar sua autoestima de forma prazerosa através de uma autoanálise desenvolvida com o uso de ferramentas pedagógicas.
Definição do vocábulo “Brincar”
Quando nos tornamos adultos, e alguém cita a palavra infância, imediatamente atrelada a ela ocorre em nossas mentes a abertura de arquivos onde está guardada e esquecida a palavra “brincar” O brincar é uma característica da infância, direito assegurado pelo estatuto da criança e do adolescente, no artigo16, inciso IV, no qual a liberdade compreende vários aspectos, entre eles, o brincar, praticar esportes e divertir-se, portanto, privá-las disso é não garantir o seu pleno desenvolvimento.
Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é um ato que faz parte da vida de todo ser, seja ele de qualquer espécie, de forma organizada ou não, torna-se algo muito presente nas nossas vidas.
Mas não é só o dicionário que nos traz reflexões acerca do tema, grandes teóricos tratam o assunto como sendo um dos principais fatores que possibilitam a aprendizagem.
Para Piaget (1967), a brincadeira de faz de conta ou o jogo simbólico, seria a forma o ou refúgio que a criança usa para poder entender e adaptar-se à realidade em que está submetida. Sendo assim, os esquemas do intelecto da criança passam por profundos desequilíbrios, pois é normal que venham agir egocentricamente, arquivando e processando somente o que é de seu importância, procurando primeiramente o seu contentamento e não a busca pela veracidade.
Vygotsky(1998), define a brincadeira como criadora de uma “zona de desenvolvimento proximal”, a mesma seria o caminho que a criança cursará para ampliar papéis que estão em processo de amadurecimento e serão consolidadas em um nível de desenvolvimento real. (Vygotsky, 1998, p. 117).
Vê –se então que o brincar não realiza apenas para satisfazer um momento, mas é também um grande aliado que o levará a construir seu sistema cognitivo futuro.
Levando esse raciocínio adiante: Gilda Rizzo (2001) diz o seguinte sobre o lúdico “… A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual.” (p.40).
Ou seja, além de ser uma forma de aprendizagem diferenciada e significativa, tal pensamento nos expressa, a ficar atentos que o principal papel do docente é incitar o alunado à construção de novos conhecimentos, pois o mesmo aperfeiçoa suas estruturas cognitivas construindo assim, naturalmente estratégias que, o levarão a sentir desafiado e então a necessidade de produzir e apresentar soluções às situações-problemas estabelecidas pelo educador. Tornando-se um fator motivador na percepção e na construção de esquemas de raciocínio,
Diante de tantas afirmações podemos considerar que o ato de brincar não pode ser considerado apenas uma brincadeira sem importância, pois através dessa ação se realizam, despertam e vivem fantasias que, por sua vez, chegam a ter uma ação direta sobre a formação e sobre a estruturação do pensamento.
A importância dos jogos e brincadeiras na aprendizagem
Diante de citações de renomados autores supracitados, observamos que a brincadeira não só estabelece um incentivo ao desenvolvimento de novas habilidades como também à procura de novas elucidações, porquanto, para as crianças, é mais prazeroso construir situações concretas tendo como base circunstâncias fantasiosas e aventureiras.
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