A importância da relação sustentável entre a espiritualidade, a natureza e o homem

DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS ALUNOS NOS CURSOS NA MODALIDADE EAD ON-LINE

 

Cibele Crochi dos Santos^[1] 

Rudson Adriano Rossato da Luz^[2]

Resumo

No cenário atual, sabe-se que a realização de estudos nos cursos na modalidade da Educação a Distância (EAD) está em contínuo crescimento devido a diversos fatores, tais como flexibilidade no horário de estudos, redução de custos com deslocamentos até a instituição de ensino e também segurança. Apoiada neste contexto, a pesquisa propõe um estudo tendo como questão principal identificar quais são as dificuldades encontradas pelos alunos na realização de cursos na modalidade EAD on-line em instituições de ensino e a partir disto apresenta sugestões de melhorias nas plataformas de educação das instituições que a ofertam.

Palavras-chave: Ensino on-line. Dificuldades no ensino EAD. Cursos EAD.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, sabe-se que a realização de estudos nos cursos na modalidade da Educação a Distância (EAD) está em contínuo crescimento devido a diversos fatores, tais como flexibilidade no horário de estudos, redução de custos com deslocamentos até a instituição de ensino e também segurança. Com o avanço da tecnologia, o ensino EAD surge como uma boa oportunidade para aquisição de conhecimento e diploma de graduação ou pós-graduação. No entanto ainda existem barreiras no contato com as plataformas de estudo para diversos alunos que não possuem muita prática nestes ambientes.

A presente pesquisa propõe um estudo tendo como questão principal identificar quais são as dificuldades encontradas pelos alunos na realização de cursos na modalidade EAD on-line em instituições de ensino e a partir disto apresentar sugestões de melhorias nas plataformas de educação das instituições. Dentro deste contexto a pesquisa pretende ainda apresentar propostas no ensino EAD on-line que minimizem as dificuldades encontradas por alguns alunos que realizam cursos nesta modalidade.

Para o estudo utilizou-se de bibliografias que abordam a temática da Educação a Distância e dificuldades encontradas por alunos em instituições que disponibilizam ensino EAD. A identificação das fragilidades foi apontada através de pesquisa qualitativa. 

 A coleta de dados aconteceu com a utilização de um questionário estruturado conforme mostra a Figura 1 disponibilizado de forma on-line por meio do Google Docs pelo link https://goo.gl/forms/JLD1i53LcP5DFc2E3, o qual foi encaminhado para alunos que fizeram ou ainda estão realizando cursos na modalidade EAD on-line. Com o objetivo de conquistar maior abrangência no preenchimento do questionário, divulgou-se o mesmo nas redes sociais tais como Facebook, Linkedin e Whatsapp durante os dias 10/11/2017 a 07/12/2017.

Figura 1 - Parte do questionário utilizado

[pic 1]

Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Com a finalidade de um bom entendimento deste estudo, o mesmo está dividido em duas etapas, onde na primeira, são abordados os autores utilizados como referência e os dados obtidos com o questionário e num segundo momento avaliam-se estes resultados.

2 MODALIDADE DE ENSINO EAD ON-LINE E SEUS LIMITES

2.1 ENSINO EAD ON-LINE

A possibilidade de ter flexibilidade no horário e local de estudos é algo que motiva muitas pessoas a buscarem por cursos na modalidade EAD on-line, pois a conquista de um diploma de graduação ou pós-graduação faz diferença em épocas de crise na procura por emprego.

A diversidade de oferta de cursos EAD somada a busca por qualificação contínua, faz com que um público de distintas idades e grau de conhecimento, encontre nesta modalidade de ensino uma oportunidade de crescimento profissional. Neste contexto, encontram-se alunos que dominam as ferramentas on-line e outros que apresentam dificuldades para realizar os cursos EAD on-line.

 Para Azevêdo (2005), em um primeiro momento o contato com novas tecnologias de ensino são uma novidade a qual requer adaptação em termos operacionais, visto que torna-se necessário aprender a mexer com equipamentos, bem como assimilar conceitos e vocabulário próprios de uma nova área.

Segundo Mercado (2007) as frustrações dos alunos no ensino EAD on-line podem estar relacionadas a diversos fatores, tais como: ausência de ajuda ou de resposta imediata por parte de tutores ou colegas, na adequação do modelo pedagógico aos estilos cognitivos e características pessoais dos estudantes e dificuldades relacionadas com aspectos da situação vital dos alunos (aspectos sociais, familiares e pessoais). Para Bates (2016), o modo de transmissão de conteúdo é menos importante que o modelo de design do curso, pois é possível conduzir qualquer um dos modelos sincronicamente ou assincronamente, a distância ou presencialmente.

Estudar de forma totalmente virtual, para muitas pessoas ainda é algo estranho, mesmo que embora o mundo esteja em uma Era Digital. O fato é que tanto para quem ensina quanto para quem está em busca de conhecimento a adaptação nesta modalidade de ensino requer exigências até então pouco exploradas no ambiente presencial. Ensinar e estudar adquirem um novo contexto, onde não existe mais o contato olho no olho, o desenvolvimento da resolução da questão a mão e a sua correção a caneta. Na visão de muitos, isto representa algo como um ensino “superficial” devido a falta de um acompanhamento mais rígido imposto ao aluno. Ao contrário do que muitos pensam, o ensino EAD on-line exige muita disciplina, dedicação e organização nos estudos, pois embora tenha horários de acesso flexíveis é necessário que o aluno adote uma rotina seja ela diária ou semanal para estudar.

A tendência da Era Digital é cada vez mais proporcionar praticidade de acesso a plataformas diversas de ensino. De acordo com Bates (2016)

...existem evidências suficientes de que a aprendizagem colaborativa possa ser desenvolvida muito bem no meio online, o que é importante, dada a necessidade de modelos mais flexíveis de transmissão para atender às necessidades de um corpo discente na era digital. Ademais, as condições necessárias para o sucesso do ensino online já são bem conhecidas, apesar de não serem amplamente aplicadas. (BATES, 2016, p. 171).