A preocupação com a formação continuada
Por: Luziane Souza • 17/10/2016 • Projeto de pesquisa • 762 Palavras (4 Páginas) • 264 Visualizações
A preocupação com a formação continuada
Vivemos em uma sociedade que sofre por constantes metamorfoses, dentre elas, se não a mais principal, é o advento da tecnologia e a influência dela na nossa vida. Somos bombardeados diariamente com uma quantidade volumosa de informações e antes mesmo de digeri-las chegam novas, a velocidade de propagação de informações é assustadora. Assim sendo, vivenciamos um momento na história em que a informação e o conhecimento são requisitos básicos e indispensáveis para a formação de profissionais. A escola continua a exercer um papel fundamental para o desenvolvimento humano, os alunos também recebem essa carga de informações, assim, é preciso auxilia-los a transformar as informações em conhecimento, pegar o que lhes é útil, atribuindo-lhe sentido e colocar em prática no dia a dia. No entanto o que ainda vemos é um perfil de escola reprodutora, transmitindo apenas informações, o que já não é mais útil nos nossos dias, já que a internet tem cumprido muito bem o seu papel. É preciso se enquadrar na sociedade atual, rompendo os paradigmas; mas, todos, sem exceção, devem colaborar, reavaliando seus conceitos, práticas e crenças, para que haja renovação e inovação. Sobre o educador em exercício, de quem se é mais cobrado, requer estar sempre atualizado e bem informado, não apenas em relação aos fatos e acontecimentos do mundo, mas, principalmente, em relação aos conhecimentos curriculares e pedagógicos e às novas tendências educacionais. Visto que tais coisas necessárias não se faz presente na formação inicial é de suma importância a capacitação dos profissionais da educação por meio da formação continuada.
A proposta da formação continuada não é novidade, autores por anos já vem discutindo essa temática, porém, como já dito, hoje é ainda mais necessário haja vista a necessidade de mudança da escola. Para conseguir acompanhar as mudanças da sociedade é preciso reformular o perfil do profissional do ensino, ou seja, um profissional que valorize a investigação como estratégia de ensino, que desenvolva a reflexão crítica da prática e que esteja sempre preocupado com a formação continuada.
A formação continuada é um requisito básico para a transformação do profissional nesse novo perfil, pois é através dos estudos, pesquisas e contato com uma nova realidade que essa mudança pode vim, tendo essas oportunidades o professor pode mudar seu modo de pensar o fazer pedagógico, pois irão vivenciar novas experiências, novas pesquisas, novas formas de ver e pensar a escola. É preciso ressaltar que a formação continuada não deve ser encarada como um meio de suprir uma deficiência da formação inicial, devemos encara-la como uma agregadora de valores e conhecimentos, como um processo permanente de aperfeiçoamento de profissional que se faz relevante, uma vez que o avanço dos conhecimentos, tecnologias e as novas exigências do meio social e político impõem ao profissional, à escola e às instituições formadoras, a continuidade, o aperfeiçoamento da formação profissional.
Mas para cumprir seu objetivo, a formação continuada precisa fazer real sentido para o professor, a partir desse momento surge as preocupações com esta, as propostas de capacitação dos docentes têm apresentado baixa eficácia, e algumas das razões apontadas são: a desvinculação entre teoria e prática; a ênfase excessiva em aspectos normativos; a falta de projetos coletivos e/ou institucionais; entre outros. Tudo isso, agregado a outros desafios têm levado ao desinteresse e reações de indiferença por parte dos professores, por perceberem que certas atividades que prometem ser de formação, quase sempre, em nada contribuem para seu desenvolvimento profissional. Como solução para tal podemos dizer que a formação continuada precisa: primeiro, partir das necessidades reais do cotidiano escolar do professor; depois, valorizar o saber docente, ou seja, o saber curricular e/ou disciplinar, mais o saber da experiência; por fim, valorizar e resgatar o saber docente construído na prática pedagógica (teoria + prática).
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