A relação divina no ser humano
Por: iaralessa1 • 24/8/2016 • Trabalho acadêmico • 355 Palavras (2 Páginas) • 172 Visualizações
A revelação divina no ser humano e na história
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Falar da revelação divina é, na verdade, falar daquilo que também somos, pois a revelação divina é a auto comunicação de Deus na sua criação. Nós, e toda criação, somos o evento desta ação auto comunicante de Deus. Por isto afirma o teólogo Barth que “cada instante está grávido do mistério da revelação”. Todavia, esta revelação não pode ser demonstrada, e também não é possível ser explicada objetivamente. O ser humano tem acesso a ela por meio da experiência íntima, no encontro pessoal, na escuta ao Deus que se revela “silenciosamente”. Mas devemos frisar que Deus não pode ser descoberto como se fosse um objeto de exploração científica. É Deus quem se auto revela a nós. Não há outra maneira de conhecer a Deus, a não ser a de Ele revelar a si mesmo a nós, agindo sobre nós. Para Bultman, a revelação de Deus é um entrar em si, o que se dá na verdadeira auto compreensão do ser humano.
Ao afirmamos que Deus se auto revela em nós, afirmamos necessariamente que Deus se auto revela ao mundo e no mundo, pois é onde o ser humano está inserido, o local onde ele acontece. Deus se auto comunica no desenrolar da história, na história que é salvífica. Isto significa que a própria história do mundo, com todos os seus progressos no campo da cultura, da ciência e da tecnologia, fazem parte do processo da revelação de Deus e da realização do Reino de Deus. Cada instante desta história é um instante da auto comunicação divina[2]. Dessa forma, os fatos históricos podem oferecer para nós uma luz sobre o próprio Deus que nos comunicam indiretamente algo sobre Ele. Porém, cada acontecimento só pode nos iluminar parcialmente, a plena revelação só será possível no fim, quando tivermos acesso à totalidade da história. A História como um todo é, portanto, revelação de Deus. Em Jesus nós temos a antecipação deste fim,[3] mas somente no momento final é que teremos a clareza de que o mundo ou a história é a teofania e a autorevelação de Deus[4].
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