AAS MEMÓRIAS DE INFÂNCIA E DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA ESCOLA
Por: luhanapaulla • 1/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.880 Palavras (8 Páginas) • 346 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho consiste em algumas reflexões sobre a minha trajetória de vida, relatando algumas memorias de quando entrei na escola até a escolha pelo curso de pedagogia, incluindo minhas expectativas e inquietações.
Começo falando meus primeiros anos na escola, sobre as lembranças doces que ficaram guardadas e que jamais quero esquecer. Em sequência relato sobre as expectativas da passagem do ensino médio para o ensino superior em pedagogia, falo sobre as dificuldades de escolher o curso, porque acabei optando por pedagogia, dos medos, dos anseios e das dúvidas.
Por último, descrevo os conceitos e pedagogia e educação.
2 AS MEMÓRIAS DE INFÂNCIA E DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA ESCOLA
“A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês pode se tornar uma médica, que o filho de um mineiro pode se tornar o diretor da mina, que uma criança de peões de fazenda pode se tornar o presidente de um país.”
Nelson Mandela
Minhas recordações têm inicio no primeiro dia de aula, pré-escola (2000), primeira carteira, encostada na parede. Sempre atenta, falante e super curiosa. Minha primeira professora se chamava Sônia, seu rosto é tão nítido em minha memoria, que consigo me lembrar do seu cabelo loiro ondulado, do seu sorriso e até algumas ruguinhas (marcas de expressão ganhadas provavelmente no difícil ramo da educação), talvez se a encontrasse hoje na rua poderia até ser capaz de reconhecê-la.
Recordo-me das rodas de histórias, das brincadeiras com massinhas, dos lanches feitos pela nossa querida merendeira; Dona Jandira. Dos teatros, dos brinquedos, como se tudo se tivesse sido ontem. Por sorte sempre estive rodeada de pessoas boas; ótimas professoras, funcionários dedicados e colegas maravilhosos.
Não há ninguém que esqueça os primeiros anos de escola, pois eles são simplesmente os melhores. Eu estudei em escola publica da zona rural, talvez seja por isso que tudo foi ainda mais prazeroso. Pois tudo era simples, nada de moderno e exuberante, mas era tudo com carinho, dedicação e muito amor. Mesmo faltando muitos recursos em nossa escola, sempre demos a volta por cima e acabávamos com um sorriso no rosto.
Minha grande motivação para estudar sempre foi e serão meus pais, pois eles sempre acreditaram que o estudo é a única forma de vencer na vida. Desta forma sempre lutaram para que eu e minha irmã tivéssemos uma educação de qualidade. Tenho muito orgulho de meus pais, pelos seus esforços, honestidade e perseverança. Talvez a confiança de minha família tenha sido minha força para sempre lutar pelos meus sonhos e batalhar por um futuro melhor.
Embora já adulta, sempre guardarei comigo todas as pessoas que de alguma maneira fizeram parte da minha vida escolar, lembro-me de todos com muito carinho e admiração, pois foram pessoas fundamentais para meu aprendizado, sempre somando algo novo. E que, de alguma forma contribuíram para a mulher que sou hoje, servindo como fonte inspiradora para o caminho que desejo traçar.
“A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês pode se tornar uma médica, que o filho de um mineiro pode se tornar o diretor da mina, que uma criança de peões de fazenda pode se tornar o presidente de um país.”
2.1 AS EXPECTÁTIVAS QUANTO À PASSAGEM DO ENSINO MÉDIO PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO CURSO DE PEDAGOGIA.
“Quem se rende à tentação do ninho, jamais aprende a voar; quem não se aventura pelos mares, verá o casco de seu barco apodrecer em pleno cais, quem não ousar na vida profissional, ficará superado porque não foi capaz de dialogar com as mudanças que o tempo ofereceu.”
Hamilton Werneck
Terceiro ano do ensino médio, último ano de escola. Um ciclo de treze anos de vida escolar estava prestes a se encerrar e junto com o fim desse ciclo vinham muitas dúvidas, incertezas, medos e anseios. Talvez tenha sido o pior ano de minha vida escolar, pois diferentemente da pré-escola, onde se iniciava uma nova fase, com novos sonhos e alegrias, ali se colocava um ponto final, e uma fase de mudanças ameaçava aparecer. Eu, particularmente detesto mudanças, logo foi uma fase muito difícil de encarar.
Desde o começo do ano só se falava no que íamos fazer depois que terminássemos o colegial, nossos papos eram sobre vestibulares, faculdades e ENEM. Tudo assustador. Pois sabíamos que nossos caminhos iam se separar, que precisaríamos tomar decisões importantes e que tudo mudaria drasticamente.
Visivelmente aquele seria o ano mais importante da minha vida, pois ali tomaria decisões que influenciariam meu futuro. Meu maior medo era não sonhar, ou simplesmente não conseguir realizar meus sonhos. Tinha medo de me acomodar, como a maioria, e não correr atrás de minhas metas.
Desde pequena, morei no sítio com minha família. Meus pais trabalharam a vida inteira na roça. Suas mãos calejadas refletem a quão árdua e sofrida é a rotina de trabalho, mesmo debaixo de sol e chuva nunca desanimaram de construir um futuro diferente para suas filhas. E eles sabiam que o estudo era a única maneira de vencer. Talvez seja por isso, que sempre me esforcei na escola, sempre dando o melhor de mim. Pois minha fonte de força e inspiração sempre foram meus pais.
Mas, mais difícil do que decidir estudar, é escolher que carreira seguir. Pois são muitas as opções, e muitos os medos. Eu sempre me dei bem com crianças, sou apaixonada por elas. Mas mesmo assim, contrariando meu coração optei por fazer faculdade de direito. Pois também era algo que me identificava e gostava, mas ao longo do curso comecei a me sentir um “peixe fora d’ agua”. E aí veio a confirmação. Passei no concurso publico para orientador de alunos, assumi o cargo e fui trabalhar na escola onde também já tinha estudado. E para a minha surpresa, me encantei. Encantei- me pela escola, pelos alunos, pelos colegas de trabalho. Aquele sim era meu mundo! Tudo era perfeito, cada abraço e sorriso me fazia entender que aquilo sim era oque o meu coração queria desde o começo e que ali
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