ALFABETIZAÇÃO AOS SEIS ANOS

Oser humano está em constante evolução, passando por diferentes fases que se interligam no desenvolvimento e formação mental e orgânica do individuo. Nesse sentido a alfabetização das crianças não deve ter uma idade mínima ou máxima adequada, mas sim períodos, e dentro desses é totalmente admissível que a alfabetização aconteça aos seis anos, o que não pode acontecer é uma determinação inflexível dessa idade.

As crianças de seis a onze anos já podem e deve conviver com o mundo letrado na Educação Infantil, estágio esse chamado por Wallon de “Estágio categorial” e por Piaget de “Pré-operatório”, onde predomina os aspectos cognitivos possibilitando uma plena aprendizagem escolar e o desenvolvimento da inteligência discursiva dessa criança.

O que não pode ser esquecido é que muitas crianças possuem estágios de desenvolvimento humano diferente, podendo encontrar crianças da mesma faixa etária iniciando um novo estagio, enquanto outras ainda estão no estagio anterior ou mesmo em transição de uma para o outro, variando conforme seu ambiente sociocultural.

Por isso a determinação por parte dos governantes ou dos órgãos responsáveis de uma idade exata para essa alfabetização, acaba prejudicando a criança que pode até ter a idade exigida para ingressar no ensino fundamental, mas não possui maturidade emocional, motora ou cognitiva para acompanhar o aprendizado.

Diante disso, o correto seria cada criança passar por um teste de proficiência onde seriam avaliadas suas habilidades e estrutura para depois serem direcionadas à etapa educacional que melhor atender seu desenvolvimento, independente se ela irá iniciar sua alfabetização com seis anos completos ou irá completa-los no inicio, meio ou fim do ano letivo ou mesmo se com sete anos ou mais. O que importa é a condição adequada de aprendizagem dessas crianças e os reflexos positivos dessa aprendizagem em toda sua vida acadêmica e como individuo social.