ALFABETIZAÇÃO AOS SEIS ANOS

Se partirmos da teoria de Wallon e Piaget, de que o desenvolvimento humano se dá através de períodos e estágios, e que segundo Wallon, o surgimento de um novo estágio não suprime o anterior; e segundo Piaget, esse desenvolvimento não necessita ocorrer em uma determinada ordem rigorosa, não há motivos para dizer que a alfabetização não possa ocorrer aos seis anos.

A alfabetização é um processo contínuo que se inicia no contexto familiar e o incentivo que recebe em casa dos pais é primordial. O interesse para a leitura e escrita parte da influência do meio em que a criança está inserida.

As crianças que desde o nascimento tem contato com livros, desenhos, lápis de cor, giz de cera, presenciam os pais lendo livros, revistas, jornais, podem ter mais interesse e facilidade para aprender a ler e escrever.

Isso não significa que não possam desfrutar da infância, das brincadeiras, da imaginação, da fantasia, do lúdico, pois tudo isso está ligado ao aprendizado da leitura e escrita.

Aos seis anos a criança começa a entender o mundo a sua volta, portanto desperta bastante a curiosidade e sede de aprender.

O que não deve acontecer é a inserção da alfabetização de forma rígida e tradicional. Cada criança tem o seu momento e ritmo de desenvolvimento e a escrita pode ser ensinada através de brincadeiras, desenhos, contação de histórias e não obrigatoriamente com “cartilhas”, pois o simples motivo da criança não conseguir escrever as letras dentro daquele espaço rígido entre as linhas pode desestimulá-la e traumatizá-la, podendo acarretar consequências negativas por toda sua vida escolar.